Há cinco meses (22 semanas), as previsões dos bancos e financeiras para a inflação só sobe.
Hoje, como se antecipou ontem, deu mais um salto, chegando a estimativa de fim de ano em 7,58% e, nas atualizações dos últimos cinco dias, até em 7,76%, segundo o Boletim Focus, do Banco Central.
Ainda muito abaixo do acumulado em 12 meses, que irá a perto de 9,5% na divulgação do IBGE.
O site Metrópoles, com ironia, diz que os bancos “ainda” esperam um crescimento do PIB cima de 5%. Dificilmente será, ainda que a base de comparação com 2020 favoreça isso.
Para 2022, como se esperava, também, ficou abaixo dos 2% (1,93%) e tende a baixar a 1,5%, talvez menos.
É impossível tomar decisões de investimentos no curto prazo no Brasil. E muito difícil no médio prazo.
A partir de amanhã, ficará mais, seja qual for o resultado da manifestação bolsonarista.
Abaixo do esperado, atestará a fraqueza óbvia do presidente.; acima ou mais radicalizada do que já é, indicará mais perigo de um golpe, que precisará se legitimar com intervenções na economia que nos tirem do plano inclinado da perda de renda real da população e isso tem reflexos fiscais para os quais o mercado torce todos os seus narizes.
E se não for nem uma coisa nem outra, seguiremos nesta “qual é a próxima que o Jair vai aprontar” em que vivemos há vários meses.