O IBGE divulgou a prévia da inflação (o IPCA-15) de junho e o resultado é o de uma retomada da elevação de preços que leva o indicado a 4,23% desde janeiro e a 8,13 em 12 meses.
É bom notar que a medição ainda não incorpora a elevação do preço da energia, com a elevação das bandeiras tarifárias – que, mês que vem, terão aumento ainda maior.
A repetição deste índice na medição final, o IPCA de junho, a inflação acumulada em um ano irá a 8,7% e, dependendo do que vier de reajuste na tarifa de luz, em julho estaremos rondando os 10% de perda de valor de compra da moeda.
A “recuperação econômica” concentrada no setor exportador e no mercado financeiro significa, literalmente, nada quando não se reflete no aumento da renda do trabalho e esta se corrói na elevação dos preços de consumo.
Pior, leva a uma dinâmica de custos e preços que passa a embutir a perspectiva da corrosão da moeda, uma máquina perversa que nós, brasileiros, conhecemos muito bem.