A informação que a inflação oficial de setembro, que o mercado esperava já imensa, em 1,16%, e chegou à marca espantosa de não é, infelizmente, a pior notícia que se poderia ter.
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal da Fundação Getúlio Vargas, que acaba de ser divulgado, mostra que a primeira semana de outubro seguiu no mesmo ritmo de elevação do final de setembro e apontou uma alta de 1,43%, com um dado preocupante: o grupo alimentação teve forte subida e registrou uma alta de 1,25%.
Ainda mais havendo, como parece ser iminente, uma alta da gasolina, objeto de conversa, ontem, entre Jair Bolsonaro e o presidente da Petrobras. Por via das dúvidas, desde o início da semana, postos de gasolina de vários estados já praticam preços mais altos.
É bom registrar que a alta do IPCA, que mede a inflação para a média das famílias com renda de até 40 salários mínimos, é muito menor que a do INPC, que analisa as altas para cerca de 80% dos brasileiros, que têm renda de até cinco salários mínimos.
Este índice, com a taxa de setembro (1,2%), alcançou um acumulado de 10,78 % no acumulado de 12 meses.
Não cair em outubro deixa só novembro e dezembro para uma possível queda até o final do ano, o que até poderá acontecer, uma vez que estes meses tiveram resultados muito altos em 2020. Mas nada que seja significativo e isso quer dizer que salário mínimo, pensões, benefícios e aposentadorias devem ter um reajuste pesadíssimo em janeiro.