Inflação zera, mas Miriam Leitão não perde a pose

Miriam Leitão “anunciou” hoje o Índice de Preços ao Consumidor que o IBGE irá anunciar amanhã: inflação zero em julho.

Não é, apesar de parecer, inside information.  Toda a torcida do Flamengo e do Corinthians nos meios econômicos sabe disso.

É possível que venha até ligeiramente negativo o IPCA, embora não se possa, de boa-fé, fazer projeções com centésimos de pontos.

Sabe, porque dois índices muito semelhantes, em sua conformação, ao IPCA foram anunciados no final da semana e hoje: os Índices de Preços ao Consumidor da Fipe e da Fundação Getúlio Vargas, que caíram 0,13 e 0,17%, respectivamente.

Mas, claro, Miriam Leitão, em seu comentário do Bom Dia, Brasil, não deixa a peteca catastrofista cair.

Primeiro, fala da pressão do dólar, que pode elevar os preços.

Sim, pode. Mas há sinais disso?

O Índice Geral de Preços da FGV, que abarca também a variação de preços no atacado (60% do indicador), mais sensível à variação cambial, foi divulgado hoje e caiu de 0,35% em junho para 0,14%. Em relação a julho passado, queda muito forte: era de 1,52%. No item  “Matérias-Primas Brutas”, a taxa de variação passou de 1,39%, em junho, para -0,02% e no grupo Bens Finais, expurgado da baixa dos  de alimentos in natura registrou estabilidade: de 0,45%, ante 0,46%, em junho.

Mas Miriam volta à carga: diz que o BC quer “aproveitar a janela de oportunidade” para o combate à inflação – inflação em queda – e talvez prossiga na escalada de aumento das taxas de juros.

É incrível: gripe ou resfriado, chuva ou sol, juros são o melhor remédio, sempre, para esta gente.

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