A intimação para que Carlos e Eduardo Bolsonaro deponham no inquérito sobre o financiamento dos atos pedindo intervenção militar e o fechamento do STF – este sublinhado pelo lançamento de rojões contra o prédio do Tribunal – é como um fantasma que aparece para assombrar o “Jair Bolsonaro quase civilizado” que surgiu há cerca de três meses.
Possivelmente não haverá – até porque deporão como testemunhas e não investigados – maiores consequências para ambos, até porque não são financiadores, mas sustentados politicamente por estes grupos de aloprados.
O perigo maior é a ira que está ardendo, neste momento, em Jair Bolsonaro.
Num só dia, abre-se uma investigação sobre a notícia de fato de que também em seu gabinete teriam acontecido “rachadinhas” de salários de assessores, coordenadas pelo amigo Fabrício Queiroz e se convoca a sua prole para sentar em uma delegacia da PF não para conversar alegremente sobre pistolas e fuzis, mas para responder perguntas sobre o que – aliás, publicamente já exposto – dizem a respeito de intervenção militar e fechamento da corte suprema.
O pai, vê-se a toda hora, tem uma imensa dificuldade em manter um comportamento civilizado e as juras de amor ao STF feitas na “festa da Covid” da posse de Luiz Fux já se tornaram ranger de dentes.
Hoje está bufando por não poder reagir à carta dos líderes europeus que reclamam dos incêndios florestais.
Agora, vem essa. Com família não se mexe, talquei?
Jair Bolsonaro está usando mais passiflorina do que cloriquina.
Mas acho que a primeira, como a segunda, não funciona para estes casos e é provável que a semana, já pródiga em patadas, tenha novos coices.