Há muita bobagem sendo dita sobre a pandemia do novo coronavírus.
A começar das besteiras propagadas pelo sr. Jair Bolsonaro que, hoje, no Twitter disse ter discutido com Donald Trump as maravilhas da hidroxicloriquina, até agora uma mera esperança, jamais uma realidade cientificamente comprovada.
Mas eles se fantasiam mentalmente de bioquímicos e discutem questões de altíssima complexidade, não é?
Outro, embora bem intencionados, falam que a curva “está se achatando” em internações, sem nenhuma base estatística, há quem anuncie que o pico da infecção será entre “domingo e quarta-feira”, fazendo o mal de induzir pessoas a de que, “na quinta”, seja mais seguro ir à rua, e também os que – há louco para tudo – espalham teorias sobre o sol curar a doença, chás de todos os tipos.
Na falta de Governo, estas coisas proliferam, quando não vêm dele próprio, como o anúncio, em coletiva, de Sergio Moro tentando vincular a prisão de um traficante – que nunca esteve preso – tinha sido libertado por razões humanitárias (será que Moro sabe o que é isso?) por conta da pandemia.
Mas estas são as “fake”; há outras, reais, ainda mais perigosas: ônibus lotados, metrô cheio, grupos reunidos sem necessidade, etc…
Isso é criminoso, porque acelera o desastre para um sistema de saúde já cheio de precariedades.
Portanto, mata.
Os jornais falam agora num convite de Bolsonaro a médicos, sem o conhecimento do Ministro da Saúde, para promover seu remédio milagroso. Como se já não bastasse o presidente reproduzir imagens irreais de uma central de abastecimento vazia (está cheia) e dissesse que a fome matará as pessoas…
Generais não ganham guerras sozinhos, mas generais – ou capitães – que erram grosseiramente levam à morte seus comandados.
14 respostas
É uma grande besteira ou uma farsa escrever diariamente coisas como “Bozo é um louco”, “Bozo é um genocida”, “Bozo precisa ser afastado”, os partidos “w”, “x’, “y” e “z” fizeram representação contra o Bozo, entidade tal entra com pedido de afastamento de Bozo, partido “k” coleta tantas mil assinaturas pelo impedimento de Bozo, ministro fulano, do STF, envia à PGR pedido para que Bozo explique pronunciamento contra isolamento social feito em rede nacional, sem mencionar a finança transnacional, o Deep State estadunidense, as oligarquias, o generalato golpista, vira-latas e entreguista e também os baixos escalões do exército e os gorilas/milicianos, abundantes nas PMs estaduais. Sem essas hostes armadas o Bozo jamais falaria o que fala. Há sofisticação e método na diabólica trama dessa corja de criminosos que controla totalmente o Estado Brasileiro. É preciso denunciar os generais (heleno, etchegoyen, fernando azevedo, mourão, villas bôas et caterva), pois sem o tácito apoio dessa escumalha os bozo-milicianos não durariam seis meses no poder.
Tudo bandido fardado!
Na falta de um governo não estaríamos tão mal assim.
O duro é termos um governo que desinforma e confunde um terço da população, colocando toda a população em risco.
na mosca
Na primeira semana realmente havia menos gente na rua. Essa semana estou vendo mais, assim como o número de carros também aumentou.
Se nós brasileiros, formos depender dos : “presidente, ministros, generais, coronéis, tenentes , cabos, recos e etc ; para combater pandemias, estaremos todos FODIDOS !
Brito, ele é tenente, nunca foi capitão. Capitão é a patente de reformado.
Moro num bairro classe média meia boca. Estes são os mais ferrenhos pobres de direita que há porque acham não são pobres. Bozonaristas, nem precisaria dizer. O comportamento irresponsável deste povo estúpido daqui que come merda se o Bozo mandar me faz ter certeza de que a desgraça será grande pela região.
O país precisando enormemente de um condutor, e nós temos isso aí.
Cheio de auxiliares, generais de palácio, que deviam ser pelo menos responsáveis, mas não são.
Que desastre.
Golpistas, vocês destruíram o país.
Meu testemunho, de Uberlândia, MG: sexta-feira da semana passada saí de casa uma vez, para passar no banco e no supermercado. As ruas estavam desertas. Não tinha movimento. Hoje saí novamente, para ir nos mesmos lugares – banco e supermercado. Fiquei muito surpreso ao constatar a intensa circulação de automóveis e pessoas. Inclusive gente reunida em volta de mesas na calçada – como se não houvesse um vírus mortal circulando. Hoje temos 19 casos confirmados na cidade (46% a mais que ontem). O prefeito anunciou testes em massa, mas ainda não aconteceu. Os pronunciamentos irresponsáveis do presidente afrouxaram sim o isolamento, e muito.
Mas a culpa é do PT, que infiltrou seu afiliado Helenão na ABIN…
Na Europa, o único país que resolveu apostar no não-isolamento em quarentena, foi a Suécia. Como ela vinha em processo acelerado de desmanche de suas famosas conquistas sociais, por governos aventureiros que estavam a fazer o país se render ao neoliberalismo vulgar, resolveram mesmo assim apostar na excelência do sistema de saúde sueco, que seria capaz de dominar tranquilamente a pandemia.
Sabemos que o isolamento geral não é um método da medicina em si, já que “nenhum médico jamais receitaria isolamento para um homem são”, como já foi dito. Trata-se entretanto de um instrumento de gerenciamento do sistema de saúde pública. O isolamento é adotado para, diante da virulência da pandemia, tentar evitar que aconteça o abarrotamento de hospitais por doentes sem atendimento adequado, levando ao colapso do sistema.
A Suécia pensou que poderia dispensar o isolamento, apostando na capacidade de seu sistema de saúde. A Alemanha já havia tido essa ideia, mas afastou-a diante do avanço colossal da doença. Vamos ver quanto tempo a Suécia aguenta. Há poucos dias, ela se gabava da doença apresentar por lá números insignificantes. Hoje, dia 1 de abril, ela já tem 5000 casos e 400 mortes, o que é muito para um país com apenas 10 milhões de habitantes.
Imaginem o Brasil, onde o sistema de saúde pública está destroçado e onde não há sequer políticas que garantam insumos os mais elementares. O SUS, sucateado e mutilado por alguns anos de desmonte deliberado da saúde pública dentro da doutrina neoliberal radical dos últimos governos do país, será que terá condições de enfrentar a doença? Reportagens agora feitas de dentro de hospitais reservados para doentes do coronavirus, em São Paulo, deixam antever uma situação muito além de calamitosa.
O quadro é MUITO preocupante, porque nosso isolamento é “meia boca”. Pra mim já constitui um fenômeno não ter acontecido ainda a “explosão de casos” tão anunciada. Continuo ainda com fortes esperanças de que haja fatores que impeçam isso de acontecer. Até porque de nada adianta, na minha opinião, proclamar o apocalipse. Tudo que podemos fazer é fazer o melhor que pudermos.
A foto já diz tudo. Quarentena só está acontecendo da classe média para cima. O povo está totalmente exposto ao vírus, não há máscaras disponíveis, o preço do álcool-gel é proibitivo. E, ainda por cima, diversas prefeituras REDUZIRAM o número de ônibus.