A delicadeza com que os portais dos grandes jornais tratam o flagrante de tráfico internacional de drogas no avião presidencial reserva da comitiva de Jair Bolsonaro ao Japão, quando um dos militares foi detido com 39 kg de cocaína.
A palavra “tráfico”usada aqui com qualquer rapazote pega com meia dúzia de papelotes, com algumas poucas gramas, não se aplica a um militar pego com esta quantidade que, para você fazer ideia, é quase o peso de dois aparelhos de ar condicionado de 7 mil BTU. Sequer pode ser carregada por alguém sozinho, por muita distância.
Para uso próprio não era, porque, segundo a literatura médica, a quantidade suficiente de cocaína capaz de causar uma overdose, seguida de parada cardíaca é de 1,2 g. Portanto, o suficiente para 32.500 overdoses.
Nos jornais, não se usa tráfico nas manchetes dos principais sites de notícias.
Entenda o caso do militar preso por transportar cocaína em avião da FAB, diz o Estadão. Militar preso na Espanha com cocaína já fez outras viagens no escalão avançado da Presidência, diz o Globo, na mesma linha da Folha que chama com um “Sargento preso com cocaína na Espanha fez 29 viagens e acompanhou três presidentes“.
É evidente a tentativa de “repartir” a responsabilidade pelo agente pelos outros governos. Ora, mas em nenhum deles foi transportada drogas com o fim de tráfico, ao menos que se saiba e isso nem é o principal.
É evidente que não haveria maior gravidade se o militar tivesse sido preso com alguns gramas, para consumir ele próprio ou com amigos, numa festinha. Não se trata de discutir vício pessoal.
Mas, sim, de discutir como um avião da comitiva presidencial, que tem a prerrogativa de ser “território brasileiro” no exterior, pode ser abastecido com uma enorme quantidade de droga, pela falta de controle o mais elementar em aviação, inclusive, como referi aqui, pela possibilidade de embarcarem-se, por falta de controle, até mesmo explosivos que ponham em risco de vida uma comitiva presidendial.
É fora de dúvida que se tratou de tráfico e essa, além da falta de controle, além da falta de segurança no avião, é a notícia.
Que nossa imprensa evita, de toda forma, assumir.
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... O escândalo do 'Bolsococa' não dá nem para fazer coceirinha no golpe!
Portanto,
***
13 episódios que provavelmente estão na #VazaJato (post colaborativo)
GGN lista nesta publicação uma dezena de eventos da Lava Jato, entre 2015 e 2018, que podem ter sido objeto de conversas entre os procuradores de Curitiba e o ex-juiz Sergio Moro
26/06/2019
(...)
FONTE: https://jornalggn.com.br/noticia/13-episodios-que-provavelmente-estao-na-vazajato-post-colaborativo/
BOMBA!
Sérgio Moro já estava atrás do presidente Lula muito antes da Lava Jato
Por jornalista José Augusto Ribeiro
26/06/2019
(...)
https://nocaute.blog.br/2019/06/26/sergio-moro-ja-estava-atras-do-lula-muito-antes-da-lava-jato/
Lula era uma encomenda dos americanos, que no entanto não haviam detetado nada contra ele em sua vasta espionagem sobre o Brasil. Por isso o Dalagnol disse que teve um orgasmo quando viu a reportagem do Globo de 2010, sobre a qual depois ele mesmo falou que se tratava de um indício muito precário, e que lhe estava deixando em dúvidas se poderia ser usado para uma condenação do Lula. De qualquer modo, na falta de coisa mais concreta, Moro foi mesmo nas águas dessa reportagem, elaborando um primor de enrolação na sua famosa sentença de 200 páginas, que o presidente do TRF 4 disse que era impecável, embora não a tenha lido. E por isso o Janot foi elogiado em Washington pelo procurador americano Kenneth Blanco, por sua procuradoria ter conseguido efetuar a prisão de Lula, tal como queriam os americanos.
Lula era uma encomenda dos americanos, que no entanto não haviam detetado nada contra ele em sua vasta espionagem sobre o Brasil. Por isso o Dalagnol disse que teve um orgasmo quando viu a reportagem do Globo de 2010, sobre a qual depois ele mesmo falou que se tratava de um indício muito precário, e que lhe estava deixando em dúvidas se poderia ser usado para uma condenação do Lula. De qualquer modo, na falta de coisa mais concreta, Moro foi mesmo nas águas dessa reportagem, elaborando um primor de enrolação na sua famosa sentença de 200 páginas, que o presidente do TRF 4 disse que era impecável, embora não a tenha lido. E por isso o Janot foi elogiado em Washington pelo procurador americano Kenneth Blanco, por sua procuradoria ter conseguido efetuar a prisão de Lula, tal como queriam os americanos.
Lula era uma encomenda dos americanos, que no entanto não haviam detetado nada contra ele em sua vasta espionagem sobre o Brasil. Por isso o Dalagnol disse que teve um orgasmo quando viu a reportagem do Globo de 2010, sobre a qual depois ele mesmo falou que se tratava de um indício muito precário, e que lhe estava deixando em dúvidas se poderia ser usado para uma condenação do Lula. De qualquer modo, na falta de coisa mais concreta, Moro foi mesmo nas águas dessa reportagem, elaborando um primor de enrolação na sua famosa sentença de 200 páginas, que o presidente do TRF 4 disse que era impecável, embora não a tenha lido. E por isso o Janot foi elogiado em Washington pelo procurador americano Kenneth Blanco, por sua procuradoria ter conseguido efetuar a prisão de Lula, tal como queriam os americanos.
O bicho vai pegar agora é na veja!
Avião presidencial transporta 39 kg de cocaína e isto não é tráfico internacional de drogas? Avião presidencial do presidente miliciano Bozo, o mesmo que tem relação muito forte com milícias do Rio de Janeiro!
"Isso nao vem ao caso"
E do jeito que ele chegou brabo no Japão, o que é aquilo, abstinência? Kkkk
A imprensa brasileira, como de hábito, é mais realista do que o rei. Até o Mourão já admitiu de primeira que se trata de tráfico e que o militar é "mula". Mas os editores das primeiras páginas tupiniquins são gentlemen ingleses de finais do século XIX, cheios de elegâncias vernaculares e de cuidados com as donzelas leitoras.
Resta saber, é mula dos milicos ou do milicianos?
O Gen. Heleno, o heleninho bate estaca, disse que não tem bola de cristal para prever a cocaína. Se ele acha que é preciso ter bola de cristal para evitar a presença de drogas ou explosivos no avião da presidência, então ele arranje uma ou peça demissão.
Há pouco, comentávamos em outro blog o escarcéu da imprensa com o CD pirata no avião do Lula e a tapioca paga com cartão corporativo por um ministro que, salvo engano, foi demitido. Imagine D. Marisa recebendo um cheque do motorista do filho do Lula.
1,2g dá overdose. Péssimo para o cérebro.
Bem, sendo assim, nenhum problema para Bolsonaro!
Milícias também vendem drogas ilícitas.
Expansão de negócios, talvez.
O general Heleno não controla nem os afins.
Insulta-me o trato como incidente esse tráfico internacional de cocaína.
Convenhamos, vamos simplificar a coisa. Essa quadrilha bolsonarista miliciana faz dinheiro com o tráfico. Tanto Bozo quanto seus filhos estão enterrados até o pescoço com o negócio das drogas no RJ e que a milícia tomou dos "traficantes". É o mesmo caso de Aécio e Perrela, que retiraram Abadia do mercado para ter para si o negócio. Simples assim. O Brasil virou uma Colômbia, para alegria de quem detesta a Venezuela.
Eh curiosa como nunca se investigou a ligacao entre o aeroporto de Claudio e o narcotrafico. Pra mim sempre foi claro que o proposito do aeroporto sempre foi esse. Tem tambem o episodio na fazenda do Aloysio Nunes, e outro na fazenda do Blairo Maggi. Nada mais natural a ligacao entre politicos, que lidam com muito dinheiro vivo, e o narcotrafico.
Ia dar isso colocar o heleno na "segurança". Colcar na inteligência um completo idiota.
Como este senhor chegou a general?
Da mesma forma que o Bolsonaro chegou a presidencia, e da mesma forma que o William Bonner consegui o trampo de ancora da Globo: fazendo o gado de trouxa
"Colando..." Assim como o Bozo chegou a capitão.
Consumo pessoal 39 na ida e o da volta .?
Perrella vai a justiça: Se o exército pode traficar 40 quilos de cocaína, pq. ele senador não pode traficar 400 quilos da mesma droga???