Juíza que proibiu Caetano já foi afastada por corrupção

É fácil ser intransigente com os outros.

A Dra. Ida Inês Del Cid,deve ter sentido isso quando foi afastada da magistratura ao ser flagrada  em conversas telefônicas com Sidnei Garcia, vice-presidente da Associação Comercial da cidade e acusado de compor um grupo de 18 pessoas que usariam, segundo o Ministério Público, 22 postos de combustível para lavar dinheiro para o PCC.

Quem o publicou a foi a a Folha, em 22 de junho de 2007 , dizendo que “o suposto envolvimento (…) com pessoas apontadas como integrantes do PCC começou a ser investigado quando o empresário Prado comprou, no fim de 2005, uma casa de R$ 600 mil de Gildásio Siqueira Santos, também acusado de colaborar com a facção criminosa.

Após a conclusão do negócio, Santos entrou na Justiça e alegou não ter recebido integralmente o valor do imóvel. Prado, por sua vez, afirma ter feito, a pedido de Santos, parte dos pagamentos em contas de terceiros indicados por ele.
Coube a magistrada Maria Eugênia Pires julgar a causa. Ela deu ganho a Santos, que conseguiu ficar com o imóvel. Prado alega que a juíza não apreciou as comprovações de que quitou o imóvel.Revoltado com o que classifica como golpe, Prado investigou Santos e descobriu a rede de postos. As informações dele acabaram na polícia e vários telefones foram grampeados.
Nos grampos para rastrear Santos, a polícia flagrou conversas de Sidnei Garcia com Ida Inês.
Garcia tratava Ida Inês como “My Love” e ela devolvia: “palhaço”, “trouxa” e “amore”. Em outra gravação, a juíza diz a Garcia: “Ei…Eu podia estar matando, roubando, me prostituindo. Estou me arrumando”.

Pois é, Meretíssima – não a tratarei de “My Live”,por compostura – a senhora invadiu a liberdade de milhares de pessoas com as suposições que, talvez, tenham justificado invadir a sua, provavelmente de forma injusta.

Possivelmente aquele processo foi parar no nada, mas no nada não há de parar o que tira a barraca onde aquele povo pode morar.

Risco de incêndio, desastre , catástrofe, eles vivem todo santo dia.

O que a senhora fez foi lhes tirar o dia santo, em que se veriam algo da amizade e da solidariedade do “Brasil famoso”.

Deus lhe dê em dobro, Excelência, todo o cuidado que a senhora tem o os sentimentos morais dos pobres, certamente muito menores que os seus, se acabam na humilhação pública que a senhora lhes impôs, a mesma que, por acusações mais graves que aquelas um dia a senhora sofreu.

 

Fernando Brito:

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