Seis juízes e desembargadores, todos ex-presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho e até da Associação dos Juízes Militares dos Estados, divulgaram, através do site Conjur, uma carta (aqui, na íntegra) em que condenam Sérgio Moro e Deltan Dallagnol por nada menos que 11 irregularidades, processuais e éticas, diante do material que está sendo divulgado pelo The Intercept, pela Veja e pela Folha.
Não são leigos, são pessoas que conhecem a fundo os códigos processuais e as leis que regem o comportamento dos magistrados, que dizem que Moro e os procuradores produzem uma “verdadeira maré montante de ilegalidades, que atinge a honorabilidade e a imparcialidade da magistratura”.
Veja a lista de transgressões apontadas pelos magistrados, apenas com o que veio á tona até agora.:
a) troca de impressões privadas sobre atos processuais, com Moro fazendo sugestões oficiosas de diligências;
b) o ex-juiz reclamando da demora de novas operações [policiais];
c)insinuando que ações penais contra potenciais “apoiadores políticos” da Lava Jato estavam clamorosamente prescritas e não deveriam prosseguir;
d) indica a troca de procuradora para a audiência de réu (que seria depois por ele condenado), o que foi atendido e providenciado, porque “não teria adequado preparo para tarefa;
e) sugere ao Ministério Público (e não à sua própria entidade de classe) “emissão de nota contra o showzinho da defesa”;
f) indicar ao MPF que deveria incluir nos autos prova contra um réu, antes do julgamento (“ainda dá tempo”);
g) cobrar o procurador Dallagnol sobre pedido de revogação de preventiva de um preso e dele receber “sugestão de algumas decisões boas para mencionar quando precisar prender alguém”;
h) indagar sobre “rumores” de delação de Eduardo Cunha e, pede “para ser mantido informado, porque é contra essa iniciativa, como sabe”;
i) permitir adiantamento informal de peças, pelo MPF, ao exame do exjuiz, “para facilitar preparo da decisão”, em episódio de
evidente e descabida combinação entre ambos, inclusive com o juiz alertando o MPF para o cumprimento do prazo, via aplicativo Telegram;
j) omitir informações ao Ministro Teori Zavascki (em ato do qual também teriam tomado parte outro procurador e uma delegada da PF);
l) sugerir datas para a realização de operações.
Logo a lista vai aumentar…
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Em bom português, juiz ladrão!
Ladrão pagá pelos crimes, juízes não!
Muito bom mas uma curiosidade: por que só depois de aposentados desembargadores se tornam corajosos?
Faltou nessa lista o apontamento do artigo de transgressão no Código Penal e no Código de Ética da Magistratura, e indicar quais as penas previstas para os crimes cometidos. Senão fica parecendo que Moro e Dallagnol são pessoas que não prezam pela boa educação, o que não configura crime, transgressão penal. Dizer que cometeram pecados, num país marcado pela cultura católica, onde os pecados são resolvidos por confissões a um padre e dele recebendo indulgência já estariam livres de críticas. Aliás, foi Moro quem disse sobre confissão recentemente, a de Onix, e recebendo a benção do "Padre" Moro, aquele que garantiu ter havido um pedido de perdão por parte de Onix, assim sendo indultado pelo crime de caixa dois.
Faltou nessa lista o apontamento do artigo de transgressão no Código Penal e no Código de Ética da Magistratura, e indicar quais as penas previstas para os crimes cometidos. Senão fica parecendo que Moro e Dallagnol são pessoas que não prezam pela boa educação, o que não configura crime, transgressão penal. Dizer que cometeram pecados, num país marcado pela cultura católica, onde os pecados são resolvidos por confissões a um padre e dele recebendo indulgência já estariam livres de críticas. Aliás, foi Moro quem disse sobre confissão recentemente, a de Onix, e recebendo a benção do "Padre" Moro, aquele que garantiu ter havido um pedido de perdão por parte de Onix, assim sendo indultado pelo crime de caixa dois.
Moro + Dallagnol: dois dos principais articuladores VAGABUNDOS.
CANALHAS !
Bom lembrar que Moro, ao dizer que não queria melindrar FHC pois seu apoio era importante, deixa transparente que o apoio ao qual se referia era político e não jurídico. Afinal, quem deu aos competentes órgãos de justiça as necessárias condições para iniciarem um combate sério contra a corrupção no Brasil foram os governos do PT, tanto Lula quanto Dilma. FHC limitou-se, como seus antecessores, a nomear "engavetadores" gerais.
Como estamos sob o tacão de uma ditadura midiático-judicial acho que nada abalará a posição do marreco e nenhum tribunal, entre os ditos "superiores", vai puní-lo e, muito menos, libertar Lula, um preso político e refém do regime neofascista em vigor.
Brito, aos integrantes da LJ, artigos 8, 9, 13, 16 da Lei de Segurança Nacional. Acrescentarei outros.
todos argumentos jurídicos...na verdade...tudo isso está ligado a uma coisa chamada golpe...golpe é um ato eminentemente político..embora calçado em alguns frágeis pretextos administrativos e jurídicos...então no balanço geral,,a justiça ou a verdade dos fatos depende da força das partes...e não da pretensa legalidade..e isso não será revertido juridicamente ...mas politicamente .
As conversas de Gilmar Mendes com Aecio Neves e os diversos HCs suspeitos não tiveram tanta repercussão. Acabei de crer que a mídia COLABORA e muito para que o Brasil seja o país MAIS CORRUPTO DO MUNDO. PQP viu?
Brito, o que tem aumentado é a minha revolta (imagino que não apenas , eu).
Diante de tudo o que temos visto e a população não tomar de assalto as instituições...ir lá, apontar o dedo na cara daqueles.....bom, não posso escrever o que pensei....
Com todo o respeito ao que vc pensa, quem assistiu ao comício da Central do Brasil e poucos dias depois teve que ver, impotente e em estado de choque, a deposição do presidente João Goulart, não se espanta com a reação do povo diante do que acontece. Não lembro quem mas alguém já disse que o Brasil não tem povo, tem plateia. Estão aí os 57 milhões de voto do "messias"