Lira dá golpe e cria votação do “avisa lá que eu tô”

O deputado Arthur Lira mostrou que não há limites para a avacalhação do parlamento brasileiro.

Depois de ter ameaçado violar o regimento interno, que o impedia de manter “suspensa” uma sessão de um dia para o outro, o que levaria à inevitável anulação de tudo o que se fizesse na sua retomada, optou por um método ainda mais escandaloso.

Encerrou a sessão, editou um ato que permite que os deputados registrem “presença” virtualmente, pelo telefone, ainda que estejam a milhares de quilômetros de distância, e convocou uma nova sessão, enquanto os deputados do Centrão, com que conta para confirmar o “estado de emergência”, são caçados para darem seus votos de cabresto.

Se a regra não permite, revogue-se a regra e faça-se o seu desejo.

O sujeito é um autocrata: vale o que ele quer, revoguem-se as disposições em contrário.

Tudo indica que a tramoia funcionará e teremos a Constituição reformada pelo telefone celular.

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