O ex-presidente Lula levou hoje o megafazendeiro e senador Blairo Maggi para conhecer a fazenda da empresa agrícola militar (militar, vejam) Cubasoy, em Ciégo de Ávila, para conhecer a produção experimental de soja e feijão em Cuba.
É feita com sementes e tecnologia da Embrapa, uma estatal brasileira, e máquinas compradas no Brasil.
Maggi convidou os cubanos a conhecerem toda a a produção soja, milho e algodão de suas fazendas no Mato Grosso, cuja produtividade é o dobro e até o quádruplo da que se obtém em Cuba, hoje.
Será que estamos fazendo um mau negócio ensinando os cubanos a plantar soja ou feijão com alto rendimento?
Claro que não, porque Cuba não será nunca um grande exportador de soja e não competirá nisso com o Brasil. Mesmo nossas exportações de grão ou farelo para lá jamais significarão muito, porque Cuba tem pouco mais de 11 milhões de habitantes, muito menos do que o Estado do Rio de Janeiro, que tem 16 milhões.
Mas Cuba pode se tornar um país comprador de sementes, de máquinas agrícolas, de caminhões para o transporte de grão produzidos no Brasil, mercadorias com alto valor agregado.
Será que Blairo Maggi se converteu ao “castrismo”?
O episódio, entretanto, serve muito bem para ilustrar a idiotia da “onda” feita com o financiamento brasileiro ao porto cubano de Mariel.
Que aliás, foi acertado, em seu governo por Lula, não por Dilma.
Lula foi e é um “caixeiro-viajante” dos interesses comerciais brasileiros.
A direita política brasileira não gosta de “vender Brasil”, gosta só de “vender o Brasil”.
6 respostas
Como um bisturi…
Um corte só, de ponta a ponta.
nada Mais.
Programa MAIS CUBA.
Para esquerda MAIS TRABALHO.
Para direita, MAIS CUBA mesmo,
com gelo e limão..
O Blairo é vermelho pois pegou muito sol no Mato Grosso. Vao faltar sal grosso nessas eleições contra os agouros dos analistas do PIG. Partiu #VaiFaltarSalGrosso.
É bem capaz que a merda da globo e os idiotas de plantão ficaram nervosos. Até porque eles são inimigos do BRASIL.
Nada mais pertinente às necessidades cubanas – tecnologia para aumentar a produtividade.
Vídeo do Heródoto Barbeiro entrevistando o Diretor do departamento de relações internacionais e comércio exterior da FIESP(símbolo do capitalismo brasileiro), Thomaz Zanotto, mostra o que são os investimentos brasileiros em Cuba. O diretor da FIESP mostra o quão pequena é a mentalidade de parte da elite brasileira e daqueles que acreditam em pessoas fanáticas e golpistas:
http://noticias.r7.com/jornal-da-record-news/video/convidado-avalia-importancia-do-porto-em-cuba-para-economia-brasileira-52e845cc0cf2d62c8c5a8dfa/
É assustadora a bajulação da esquerda prograssista ao agronegócio. O negócio é tratado como uma atividade exclusivamente benéfica.
Fernando, há de se separar o que é desenvolvimento do Brasil com o de uma casta. Exportar é importante? Nenhum louco negaria. Mas o agronegócio brasileiro alcança altas produtividades ao preço de uma degradação ambiental irreversível (ou reversível em uma escala de tempo inviável). Não apóio o verdismo; pelo contrário, os conceitos dos marinistas que, sim, deturpam os argumentos e servem às mesmas castas, mas por outro caminho.
O sucesso do agronegócio brasileiro (neste caso, soja) é baseado em dois grandes pilares: tecnologia intensa no campo, que é “inimigo” do homem no campo (as taxas de êxodo rural nas fronteiras agrícolas brasileiras são as maiores do mundo); e degradação ambiental. Sabemos, hoje, que degradação ambiental gera ônus econômico direto para a população mais frágil. Preto no branco: nascentes aterradas com soja em cima significa pobreza nas cidades. Pode-se argumentar que a contrapartida é o lucro da exportação dessa mesma soja, que poderá ser usada para mitigar esses efeitos colaterais. Uma certa ingenuidade achar que o Blairo Maggi faz essa conta.
Blairo Maggi concentra terra. É o maior fazendeiro do mundo. Eu sou louco pra achar isso ruim? Por que tanta cegueira? Agronegócio é inimigo da igualdade social. E isso, embora não seja nenhuma novidade, é escondido pela esquerda.
Fernando, sugiro uma abordagem do assunto: quanto as fazendas do Blairo Maggi empregam, por hectare? Qual a taxa de êxodo desses centros? Índices de desigualdade? Para onde foram os pequenos produtores das fronteiras agrícolas, e como vivem? Qual o histórico de grilagem de terra nessas áreas, e nas fazendas do Blairo Maggi?
Rei da soja venerado pela esquerda é curioso, senão preocupante. Abraços