Matéria publicada no Washington Post neste final de semana é leitura bem interessante para se entender o que chamam de “modernizar as relações trabalhistas” no Brasil, usando os Estados Unidos como modelo.
Pois o Post mostra que o grande irmão do Norte é uma das únicas nove nações do mundo onde não há previsão legal para licença-maternidade.
Esta na companhia de “desenvolvidíssimos” países como o Suriname, as Ilhas Palau, Nauru, Micronésia, Tonga e uma ilhazinha chamada Niue, tão importante que usa figuras de “pokemons” em sua moeda. Juro, não estou brincando, é verdade…
Existe licença maternidade nos EUA, claro, , mas só por acordos sindicais e liberalidade das empresas, mas não em todos os casos. Quem não tiver cobertura e quiser ter a criança, perde o emprego.
Porque a política atual dos EUA não obriga a pagar licença-maternidade, muitas mulheres sentem que têm de escolher entre trabalhar e criar uma família”, afirma o jornal, referindo-se a especialistas que diz que o problema afeta desproporcionalmente as mulheres de estratos socioeconômicos mais baixos. Um estudo do Departamento de Trabalho dos EUA constatou que 23 por cento das mulheres que se afastaram do trabalho para cuidar de uma criança tiveram menos de duas semanas de licença, aumentando os riscos de saúde para mães e crianças.
O Brasil, com seus quatro meses (18 semanas) de licença maternidade – os seis meses são de adesão voluntária para as empresas, com benefício fiscal – está apenas no grupo intermediário, que concede entre 14 e 25 semanas de afastamento.
Não apenas muito menos que países de alto nível de desenvolvimento, mas também de outros bem menos desenvolvidos, que respeitam em alto grau a mãe trabalhadora: Mongólia, Cuba, Irã, Gâmbia e, aqui na América Latina, o Chile e a Venezuela.
7 respostas
Agora o temer usurpador vai criar a licença PATETICIDADE, exclusiva para os PATETAS ESTATIZADOS DO TEMER.
Com o perdão do trocadilho, os golpistas vão mandar os direitos trabalhistas “para a Tonga da mironga do caboletê”. Mas vale a pena uma digressão sobre o perfil do trouxinha pobre que tem muito que ver com o assunto pautado. Na verdade, esses, os trouxinhas pobres, constituem um tipo peculiar de lupensinato. Muitos deles “formados” em faculdades de segunda ou terceira linha, incultos (por exemplo, acham que 100 reais numa metrópole é igual a 100 reais no interior), acreditam piamente no papo da burguesia para cooptá-los. Incapazes pela sua própria debilidade de formação em conseguir um bom emprego, seja em empresa privada, seja por incapacidade de passar em bons concursos públicos, se agarram a ilusão que vendem para eles de que seriam uma tal “geração Y”. Meio que como a fábula da raposa e as uvas. Se satisfazem com a ilusão que lhes é vendida seja como pseudo-estagiários ou pseudo-trainnes ou pseudo-empreendedores. Todos eles terceirizados e sem qualquer direito são ludibriados pelo patrão de que só não recebem mais porque tem um custo Brasil que não deixa sobrar nada para eles, tão merecedores, tão “meritocráticos” que seriam. E, o tal custo Brasil, seriam os trabalhadores organizados que conquistaram os seus direitos. Sejam estes públicos ou privados. Assim, esses terceirizados não lutam por direitos. Pois se acham sócios dos seus patrões. Acham que se seus patrões pagarem menos impostos (ou, de preferência, sonegarem), não pagarem direitos trabalhistas, etc, sobrará mais para dividirem com eles. Férias, licença-maternidade? Quem precisa disso? Na ilusão de serem sócios de seus patrões, nutrem a esperança que ao serem exterminados os direitos trabalhistas, sobrará mais para seus patrões dividirem com eles, que se sentem convencidos que são merecedores. Não precisam de SUS, também. E nem de aposentadoria. Acham que receberam tanto que poderão pagar por conta própria planos de saúde e de aposentadoria privados. Assim, poderão poupar para tirar férias ou faltar ao trabalho sempre que quiserem. Obviamente que a grande maioria desses auto-iludidos não têm filhos e acham que o tempo não passa. Também acham que não precisam estudar de forma mais rigorosa e formal. Teoria? Bobagem. Se acham práticos. Aprenderam num cursinho qualquer do senac como fazer caixa, controle de estoque, pesquisa de mercado, preencher duplicatas e faturas, recolher inss (maldição), etc. E acham isso o máximo da sofisticação. Talvez seja, para quem não teve uma escolaridade mais adequada. O pior é que quando se derem conta da empulhação que estão engolindo será tarde de mais para eles. Enquanto isso, enquanto a retirada de direitos dos trabalhadores não se completa, fazem uns bicos vindo trollar aqui no tijolaço em troca, possivelmente de um fardo de capim. Ou cocaína batizada do xerécio never.
E a licença-maternidade nos EUA, quando negociada em dissídio, significa apenas que a mulher não perde o emprego ao se afastar em razão da maternidade. Não recebe pagamento durante o período. Dependendo de como for negociada a licença-saúde, a mulher pode usar esta para garantir pagamento. Mas é comum que as empresas privadas, não permitam o acúmulo de horas de licença-saude de um ano para outro. Isto faz com que mulheres trabalhando em empresas privadas tenham apenas uns poucos dias remunerados (como licença-sau’de) ao se afastarem para a maternidade, por isso o retorno quase imediato ao trabalho.
Na verdade a licença-maternidade negociada em dissídios não é um benefício, apenas uma deferência.
De jeito que esses golpistas pilantras enxergam os trabalhadores não duvido nada que em breve queiram que até os nascituros trabalhem.
Nessas discussões falta sempre frizar que com 1,9 filho por mulher x. 25 semanas não haverá prejuízo à empresa.
A Argentina já tem o equivalente a uma cidade de catadores de lixo.
Aos 100.00O catadores que já existiam em todo o país no final do ano passado, estima-se que outros 15.000 tenham se somado para procurar no lixo de outros o dinheiro do dia.
De uma Argentina quase rica a situação foi-se deteriorando com os diversos choques econômicos pro elite, com alguma atenuação durante o Kercherismo, e a queda continua.
Uma amiga minha, coxinha, foi a Argentina agora, e voltou horrorizada como tudo esta muito caro. Nao comprou nada. Isso que ela já tinha estado la anos anteriores. Pois é, isso a globo nao passa, nem a correspondente que ficava lá so mandando noticias ruins, fazendo terrorismo de Cristina Kirchner esta mais la. Todos pianinhos. So os trouxinhas acreditam na globo e veja. Nao se dao conta do quanto sao manipulados.