Sergio Fernando Moro, como qualquer cidadão, tem direito à presunção de inocência, embora isso não seja o que pratica.
Mas, candidato à Presidência, ele é agora um homem público, que deve satisfações e transparência nos seus atos de, digamos, “negócios”.
A reportagem de Guilherme Amado, esta noite no Metrópoles, sobre a recente “ampliação” do escopo de atividades da empresa de consultoria que Moro abriu logo após deixar o governo Bolsonaro, para – além da atividade central – atuar também com “ensino de pós-graduação e extensão”, “cursos preparatórios para concursos públicos”, “cursos e palestras de treinamento em desenvolvimento profissional e gerencial” e “cursos e palestras de aperfeiçoamento jurídico e profissional”.
Não se pode imaginar que, numa candidatura tardia frente às demais e tendo que correr o país atrás de contatos políticos e eventos pré-eleitorais, Moro vá dedicar-se a ensino de pós-graduação, treinamento gerencial ou a cursos de aperfeiçoamento jurídico. Muito menos que haja alguém remunerando, a este título, suas andanças pelo país ou mesmo no exterior, não é mesmo?
Quem tem contrato com a sua empresa, num belíssimo prédio de luxo no centro de Curitiba e quais são os serviços prestado e quando são prestados?
Até porque o pagamento de um salário do Podemos, estimado em R$ 22 mil mensais, seria, em tese, a paga por sua disponibilidade em sair em campanha, não a negócios.
Ou é casa de ferreiro, espeto de pau?