Sergio Moro disse à Reuters, em entrevista publicada há pouco, que não é candidato em 2022 e que a candidatura governista é a de Jair Bolsonaro, se este quiser.
Não faltasse um histórico de fidelidade às palavras do ex-juiz – que, antes de aceitar o cargo no governo, negou por sete vezes a ideia de virar político, como virou – falta a ele algo que é mais evidente ainda: as condições políticas para isso.
Moro vive hoje uma crise de credibilidade em dois patamares: um, onde ainda conserva um pedaço da confiança que a Lava Jato, a mídia e o domínio sobre o Judiciário lhe deram, na opinião pública; outro, num campo onde nunca foi bem e agora vai muito mal, justo por não ter mais a força avassaladora: as relações políticas.
Com Moro, a maioria dos políticos brasileiros não quer nem jogo de bolinhas de gude, por falta de confiança e excesso de ambição.
Ao que parece, até mesmo Jair Bolsonaro, que já o trata como o que o juiz aceita ser: um moleque para o serviço de casa.
“Eu particularmente não tenho um perfil político-partidário, me vejo mais como um técnico dentro do ministério com essa missão específica”.
Ainda que estivesse sendo sincero, Moro estaria errado, porque o Ministério da Justiça é, todo o tempo, um ministério político. Mesmo na sua área, a jurídica, é “bypassado” todo o tempo: não tem interlocução com o STF, não conseguiu fazer avançar seu “pacote anticrime” e perdeu o Coaf, no Congresso, e, no Executivo, não consegue dar um mínimo de consistência jurídica aos atos presidenciais, derrubados um após outro, por vezes de maneira que envergonharia um estagiário de Direito.
Na mídia, onde reinava absoluto, sucedem-se os relatos de que ele passou a ser visto dentro do governo como um fardo, um estorvo, um produto comprado com propaganda enganosa, que não suportou seis meses de uso.
Defender a candidatura Bolsonaro, a esta altura, não é apoio, é um pleonasmo para que aceita do “chefe” até brincadeiras de bebum em churrasco como foi a do troca-troca de cadeiras na live presidencial.
Se perdeu o que parecia ter, Moro não ganhou o que precisava ter ganho.
Numa mostra de sua cegueira política, diz que não está ” no governo para disputar concurso de popularidade ou para preocupar com minha imagem”.
Errado, Moro: imagem foi o que o levou ao governo e, quando esta desmorona, leva o personagem junto.
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O triste fim de Sergio Marreco, cagado, por enquanto, dia sim dia não pelo novo símbolo das forças armadas de ocupação, o cu bolsonaro.
Ja previsto desde 2014. Em breve sera descartado
Vai acabar num terceiro escalão do Judiciário e olhe lá. Não serve nem como assessor jurídico. Ou pode ser deputado estadual no Paraná. Ali em seu reduto de imbecis direitistas racistas que o idolatram ele até deve ter votos sobrando.
Lula disse: quem conta uma mentira hoje, vai passar o resto da vida contando mentiras. E mais: Lula avisou ao marreco que "a mesma mídia que hoje o idolatra, amanhã irá massacrá-lo sem dó nem piedade". Qualquer sujeito com pretensões políticas ouviria o Lula. Mas o palmípede não quis ouvi-lo...
O Marreco de Maringá já não é mais candidato não porque não queira, mas pelas inúmeras cagadas e pelo excesso de ambição que o ex-herói coxinha mostrou em pouco tempo.
Quem ele pensa que engana, com essa falsa modéstia?
Apesar de ser um ser humano medíocre, é um megalômano. Sonhava com a presidência de um Brasil colonia, para ser tratado com pompa e circunstância também no império.
E ainda deve ter esperanças de que esse seu "sonho" se torne realidade.
Mas isso não vai acontecer. Seus bons tempos acabaram. Daqui para a frente, ele e sua conge vão ser colocados nos seus devidos lugares.
Foda-se , VAGABUNDO HIPÓCRITA !
Já pensou se esse cara tivesse o perfil político partidário , que ele diz que não tem . Lula seria nosso presidente hoje . Gepeto tem que dá um jeito nele .
"Moro mentiu" é pleonasmo.
Será que o iPad do neto do Lula tinha informações mais relevantes que os celulares do Cunha?
Ele percebe que seu barquinho está fazendo água. Dilma profetizou, certa vez que não ficaria pedra sobre pedra. Cumpre-se tudo agora, da forma mais acachapante. Moro derreteu. Ele mesmo já admite.
Bancar o lacaio agora não livra o rabo do Savonarola.
Já passou pela vertigem da queda. Quero ver o tombo do canalha.