Moro, no debate, era a ‘pasta vazia’ de Collor

Não, Sergio Moro não foi ao debate da Band como “assessor para assuntos de corrupção” de Jair Bolsonaro.

Sua função foi ser, 33 anos depois, a “pasta vazia” que Fernando Collor usou, por orientação do então diretor da Rede Globo, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, para enervar Lula, o debate que antecedeu o segundo turno da eleição de 1989, sugerindo que estavam ali denúncias contra ele que seriam feitas durante o programa.

Não havia nada dentro delas, apenas papéis em branco, para fazer volume, como o próprio Boni o confessa, no vídeo abaixo, durante entrevista ao saudoso Geneton de Moraes Neto.

Foi essa a função de Moro estar nos estúdios: fazer Lula acreditar que a Lava Jato seria um dos temas centrais da discussão e tentar desestabilizá-lo. Não foi, exceto para uma tabelinha preparada pelo ex-juiz para dar suposta veracidade a seus xingamentos.

A justificativa de Bolsonaro é, outra vez, na linha do “pintou um clima”, comparando sua briga com o ex-juiz a rusgas de casal: “Você nunca brigou em casa com o marido? Uma briguinha. Acontece, divergências, mas nossas convergências são muito maiores”.

De fato, são dois personagens sem qualquer pingo de ética, no mais sórdido “os fins justificam os meios”.

 

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