Num evento tragicômico, o senhor Luciano Bivar lançou a sua candidatura, numa esvaziada reunião em que, várias vezes, também faltou luz no sentido literal, além do político.
Ele é um nada mas, em sua defesa, registre-se que nunca foi coisa alguma, senão mais um dos espertalhões que fazem da política um negócio pessoal, não surpreende vê-lo dizer, com as faces encarangadas, que é a juventude e a renovação. O seu slogan já diz tudo: ” “Se o Brasil quer melhorar, deixa o meio de campo jogar. Vem, Bivar!”
É apenas um biombo para o voto bolsonarista.
O personagem trágico, portanto, não era ele, mas uma figura que perambulava pelo palco, sem receber muita atenção: o ex-“herói nacional” Sergio Moro, agora reduzido a “aspone” de Luciano Bivar, e autor do suposto plano de segurança pública do suposto candidato do União Brasil.
Virou um sujeito, apoiado maciçamente por ninguém, roda como um marreco com labirintite naquele meio abjeto, já nem mesmo convencido de que é um candidato viável ao Senado por São Paulo, onde o que resta é dar a mão – se este ainda a quiser – a Rodrigo Garcia, o órfão de Doria que se apresenta como candidato fadado à derrota na disputa pelo governo do Estado.
Isto se este não preferir Milton Leite, “correligionário” de Moro no União Brasil e oriundo, como Garcia, do DEM.
Moro ainda não se acostumou à ideia de que é, no máximo, uma cadeira de deputado federal o que pode ambicionar – e ao que dele desejam – porque os 15 ou 20% que pode atingir de votos – sendo muito, muito otimista – não o elegerão para a Câmara Alta do Parlamento.
Fica, no máximo, em 3° lugar, atrás do tosco José Luz Datena, se este for adiante, e isso se não for ultrapassado também por sua afilhada de casamento, a bolsonaristíssima Carla Zambelli. Porque Márcio França, que está em seu calcanhar nas pesquisas, certamente avançará assim que tornar-se o candidato ao Senado da chapa Lula-Haddad.
O ex-juiz tornou-se um pária, que viu cair sobre si o que procurou fazer a Lula.
Moro não é uma lenda, é uma fábula, aquelas que terminam como uma “moral da história”.