A defesa – e o ataque – de Sérgio Moro, hoje, na Câmara, não o levaram um passo além do que teve domingo, com as manifestações de apoio dos grupos de extrema-direita que faz.
Dificilmente acontecerá algo de novo na audiência, que se prolonga até este momento e, portanto, já é possível avaliar o comportamento do atual ministro da Justiça.
Suas evasivas e as negativas de assumir peremptoriamente que não tinha dito o que tinha sido revelado o deixa na mesma posição de fragilidade que está desde o dia 9 de junho, quando o The Intercept publicou a primeira reportagem.
Depende do que vai aparecer.
Não posso, é claro, adivinhar o que Glenn Greenwald tem em seu arsenal.
Moro não melhorou sua defesa além das alegações de hachker e manipulações sobre as quais não pode dar informações.
Mas a piorou, em muito, quando não foi capaz de responder sobre a investigação da Polícia Federal e do Coaf sobre o autor das reportagens.
Isto é, não foi capaz de negar que estivesse zelando para que as investigações não preservassem a proteção constitucional de fonte jornalística.
Colocou o jornalista como objeto de perseguição policial.
Moro está pendurado na hipótese de não haver um diálogo explícito, de um áudio comprometedor.
Não inverteu as pedras e deixou com seus acusadores, em breve, o próximo movimento.
View Comments (21)
Em março de 1990, policiais federais armados invadiram a sede da Folha de São Paulo [1], sob pretexto de análise contábil. Cumpriam missão bandida do ministro da justiça Bernardo Cabral (o Sergio Moro da época), por ordem de Collor (o Bolsonaro da época), para intimidar o jornal, vários de seus jornalistas e a imprensa crítica ao governo. O vagabundo e desprezível ministro ficou conhecido no rodapé da história por este fato e por ter dançado, agarradinho, Besame mucho com Zélia Cardoso, a do confisco da poupança popular.
Como reagirá agora a Folha contra a violência ditatorial de Sergio Criminoso Moro contra o Intercept e seus jornalistas? A ver.
https://www1.folha.uol.com.br/folha/80anos/images/cadesp_p6f4.jpg
- - - - - - - - - - - - - - - - - - -
[1] https://www1.folha.uol.com.br/folha/80anos/tempos_cruciais-04.shtml
Sempre foi um canalha com viés fascista. Medíocre, burro e covarde. Vai se agarrar à turba messiânica que o idolatra justamente por ter descumprido a lei e rasgado a constituição. Assumiu de vez o seu bolsonarismo.
Moro é VENAL,SALAFRÁRIO,HIPÓCRITA DESCARADO e um GRANDESSÍSSIMO PULHA !
Lembremo-nos da condução coercitiva do Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania.
O juiz ladrão está nu! E 'mor(T)o'!
Lava Jato e Inquisição – PARTE V
Nação dos cristãos-novos
Homens da nação, gente da nação, os da nação, gente da nação dos cristãos-novos, os da nação hebreia. (...) a verdade é que o termo passou a abranger totalmente os oriundos da “raça” hebreia, os descendentes dos convertidos à força no tempo do de D. Manuel (...)
(...)
Sobre essa gente dos cristãos-novos se exerceram os atos de caça dos inquisidores. Mas quantos eram os cristãos-novos, qual o tamanho dessa comunidade? Uns contabilizam um quinto da população do total do país, isto é, 195 mil pessoas, das quais 75 mil originais a que se somaram outros 120 mil expulsos de Espanha pelos reis católicos (Lúcio de Azevedo). Outros falam em 100 mil, sendo 30 mil portugueses e 100 mil vindos de Espanha. Nos primeiros anos do século XVII deveriam exceder um pouco 100 mil
pessoas ou um décimo da população total do país. Quarenta anos depois já se fala em 60 mil cristãos-novos o que leva a concluir ou que eram exagerados as cifras de 100 mil ou que milhares tenham desaparecidos, fugido ou assimilados como cristãos-velhos ou ainda todas essas causas e coisas, morte, fuga ou assimilação. Em 1605 chega-se a uma cifra de 30 mil pessoas baseado na lista de
contribuintes do pagamento do perdão geral nessa data, em 1631 esse número não chega a 10 mil pessoas.
Como é possível que menos de 2 mil famílias provocassem tanto ruído na primeira metade do século XVII e marcassem tão profundamente a vida portuguesa?
Nota Introdutória do Professor António José Saraiva
“A única realidade da dicotomia entre Velho e Novo Cristão só existia na taxonomia Inquisitória. A definição religiosa ou étnica dos cristãos novos eram, em última análise, meramente formais e burocráticos. Além disso, a etiqueta do Novo Cristão pode se basear em rumores originários de genealogias duvidosas, calúnia e intriga.” No livro “Account of the Cruelties exercised by the inquisition in Portugal, 1708” o autor escreve que “o rótulo Novo Cristão é baseado em meras presunções, acolchoado e inchado com invenções e mentiras”.
Este último, sendo um livro que ao não identificar o autor não é propriamente aceite, mas que da sua análise fornece "lógica" com descritivos que na sua avaliação fazem corresponder, inteerligar, os factos omissos, ocultos, na forma que a Inquisição relatava os seus procedimentos. [1][2] António José Saraiva reviu o seu trabalho cinco vezes, com discussões de décadas com outros autores como I.S. Révah, tendo em sua última revisão apresentado moderadamente uma visão que leve para a frente o estudo de tão complexo assunto, tratando-se de antissemitismo. A primeira consequência da história é informar, educar, para que os erros do passado não se voltem a repetir. Nem Jesus Cristo defendia a catalogação de pessoas humanas, indivíduos, sua perseguição, quer pela cor de pele, religião, cultura, etc. , mas sim a compreensão e irmandade entre indivíduos da raça humana. A Inquisição portuguesa advogava extirpar os Judeus pela heresia de praticarem a sua própria religião, e assim, purificar o catolicismo Português tinha realmente outros fins. O resultado seria oposto inculcando pessoas ao judaísmo, que não o eram, tornando a Inquisição em uma “Fábrica de Judeus”. O “Cristão Novo” era co-extensivo socialmente aos Portugueses de classe média mercantil que os Portugueses feudais da alta sociedade não queriam tolerar. As vítimas da Inquisição ascenderia a quarenta mil, assim categorizados, que eram em maior parte distintos Cristãos,devotos, parcialmente senão ficcionalmente com ancestralidade Judia. Era esse o seu único crime. O procedimento da Inquisição Portuguesa não estava desenhada com a concepção de distinguir Culpados de Inocentes, considerando quaisquer defensores, uma vez categorizados "Novos Cristãos", uns Judaizadores. [3] Os “Marranos” foi um termo que cairia em desuso para os
“Cristãos Novos”, e a palavra “Judeu” tomou conta da função acusatória, tendo muitos autores conjugado ou juntado as designações, em uma história tão complexa. Esta foi a ostensiva justificação desde 1536 e que perduraria durante 230 anos. [4] Quem eram os Judeus? Quem eram os Inquisidores? Ainda hoje é um puzzle cheio de paradoxos. Um dos autores, Julio Caro Baroja, baseava-se na
“autenticidade” dos documentos inquisitoriais, o que não implica a sua veracidade, e fê-lo com um ponto de vista Marxista, que António José Saraiva não usa. [5]
Saraiva, António José (2001). The Marrano Factory: The Portuguese Inquistion and Its New Christians 1536-1765, 402 páginas. [S.l.]:
BRILL Inquisition, One of the secretaries to the (1708). Account of the Cruelties exercised by the inquisition in Portugal. [S.l.]: printed for R. Burrough and J. Baker, at the Sun & Moon in Cornhill “O império português é talvez o mais flexível a gerir populações coloniais até ao século XVIII”, entrevista a Francisco Bethencourt por Isabel Salema, jornal O Publico, Londres, 27 de Junho de 2014
Bom dia Policarpo.
Em qual post você publicou a parte III? Obrigado pelas suas contribuições!
E obrigado Brito! Não há dúvidas de que você é o guerreiro mais valoroso da nossa (parca) mídia progressista!
Avante!
As coisas estão tão distorcidas no Brasil, que muita gente até na esquerda, acha que os áudios até agora não são tão graves assim. Como ? Onde não são ? Será preciso surgir a voz do Conge dizendo: "Vou condenar esse Lula mesmo sem provas. Odeio esse nordestino" ?
Exatamente. Muita gente pensa isso mesmo, que tem que surgir um áudio explícito do SM dizendo que condenou sem provas ou conversando com o Gebran combinando sentença. Só pelo o que já apareceu está mais que provado a conduta ilegal do juiz e dos procuradores e dever da Justiça de anular todo o processo.
E foi esse argumento que ele utilizou em afirmar em que nenhum momento ele disse que condenou um inocente. Não se trata somente disso, mas sim da atuação ilegal de um juiz, contra as regras da Constituição Federal e do código da magistratura.
Não é que não seja grave, mas depois do absurdo do áudio do Aécio pedindo dois milhões a serem entregues ao primo Fred porque da pra mata-lo antes de delatar e nao acontecer absolutamente NADA...
E ele ainda ser eleito (fraude)...
Ainda levara algum tempo para uma verdade fática ser aceita, outro tempo ainda como verdade politica, e mais outro, como jurídica.
Desculpe eu te plagiar Fernando Brito.
A história se repete, mudam-se apenas os personagens.
Abaixo, discurso de Marcus Tullius Cicero, (Da obra "Catatilinaes), defenestrando Lucius Catilina, notório e corrupto tal qual os deformados irmãos siameses: Moro&Bozo, no intuito de destruir uma nação inteira:
Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência?
Por quanto tempo a tua loucura há de zombar de nós?
A que extremos se há de precipitar a tua desenfreada audácia?
Nem a guarda do Palatino,
nem a ronda noturna da cidade,
nem o temor do povo,
nem a afluência de todos os homens de bem,
nem este local tão bem protegido para a reunião do Senado,
nem a expressão do voto destas pessoas, nada disto conseguiu perturbar-te?
Não te dás conta que os teus planos foram descobertos?
Não vês que a tua conspiração a têm já dominada todos estes que a conhecem?
Quem, dentre nós, pensas tu que ignora o que fizeste na noite passada e na precedente, onde estiveste, com quem te encontraste, que decisão tomaste?
Oh tempos, oh costumes!
A audiência teve seus momentos patéticos, por exemplo com um deputado de codinome boca aberta. Foi de cair no queixo
Houve o fato novo.
Gláuber Braga, chamou com todas as letras e ênfases o juizeco do que ele é......UM JUIZ LADRÃO !!!!
Se tivesse meu domicílio eleitoral no RJ, este rapaz teria eternamente o meu VOTO.