O “fenômeno Moro” só existe, mesmo, na mídia engajada na candidatura do ex-juiz de Curitiba.
Os resultados da pesquisa Quaest, encomendada pela Genial Investimento, revelados hoje pela Veja, com um comovente esforço de boa vontade como o lavajatista, mostra que Lula se mantém disparado em primeiro, com resultados entre 46 e 48% das intenções de voto no primeiro turno em qualquer cenário de candidatura. O percentual, sobre os votos totais, significa mais que o necessário para alcançar os 50% que definem vitória na volta inicial das eleições.
Bolsonaro se mantém com os mesmo índices, até com oscilações positivas, o que refuta qualquer tese de que seu eleitorado estaria migrando para o ex-juiz, que, apesar da intensa exposição de mídia que vem tendo, varia apenas entre dois e três pontos de crescimento, não à custa dos seus principais adversários.
Mas a Veja consegue produzir um título espetacular: Pesquisa mostra Sergio Moro consolidado na terceira posição .
Mesmo? Ora, Moro não chega à metade de Bolsonaro ou a um quarto de Lula e é o ponto de interesse da notícia.
Sim, é, porque a política real começa a se mexer, a menos de 11 meses da eleição e Moro não tem com que se oferecer às forças político-eleitorais que se articularão para a disputa. Como se diz no jargão da realpolitik, não é “uma perspectiva de poder”.
E deixou, neste mês inaugural de sua festejada candidatura, de ser uma surpresa.