Moro vai buscar ‘modernidade’ nos tempos de João Figueiredo

A vaidade de se colocar como último biscoito do pacote – “estou pronto para ser um líder” – não surpreende na entrevista ‘amiga’ de Sergio Moro a Pedro Bial, o adulador de patrões.

Noticia, mesmo, foi que Moro foi ressuscitar Afonso Celso Pastore, 82 anos, ex-presidente do Banco Central no governo de João Figueiredo – e de quem Paulo Guedes diz que “era um bom amigo”, antes que o provecto economista passasse a criticá-lo.

Deus meu, nem economistas conservadores – e isso sobra no mercado – Moro está conseguindo arranjar?

Pastore assumiu o BC em setembro de 1983, com a inflação a 9,48% (ao mês, ao mês!) e a deixou, no fim do triste período do general, a 13,36% só no mês de dezembro de 1985.

Outros tempos, claro, mas foi o auge do descontrole inflacionário que, logo depois, ajudou a viabilizar a farsa do Plano Cruzado.

O ideário econômico de Moro, aliás, limitou-se a um “é preciso controlar a inflação”, uma obviedade atroz.

Se alguém precisava de mais confirmações de que Moro não empolga, só arrumar Pastore para a coordenação de seu “programa” econômico é a prova de que muito pouca gente – e gente de ideias anquilosadas – está disposta a apostar nessa aventura.

O pretendente a Imperador do Brasil está mesmo mal na fita. Pastore não impressiona nenhum dos “mauricinhos” moristas da Faria Lima.

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