É provável que saia esta semana a pesquisa Datafolha, que se tornou , com o rebaixamento do Ibope (agora, Ipec), a referência dominante nas pesquisas de opinião.
E, por isso, para a parte da politica que se guia pela bússola da popularidade, indicará o Norte de suas atitudes.
Aguarda-se, sobretudo, o desempenho de Sergio Moro que, se abaixo de 12-13% (apesar da campanha de mídia que cobre até a venda dos móveis da sua temporada norte-americana) , vai arrefecer o entusiasmo das redações e dos salões com sua candidatura.
Acima disso, sobretudo se acompanhado com a continuidade do declínio de Jair Bolsonaro, cenário também não improvável, acender-se-á uma guerra na direita, que Bolsonaro já ameaça assumir,
Nada poderia ser melhor para Lula do que esta situação.
Mesmo que não liquide a parada no primeiro turno, o que está próximo e pode ser consumado com alianças ao centro, os dois eleitorados adversários, que precisariam se somar no segundo turno, estão criando incompatibilidades incontornáveis entre si.
Como pólo oposto a Bolsonaro, sempre recebe o efeito do desgaste presidencial que Moro pretende infligir.
Há algum interesse, também, sobre a desidratação de Ciro Gomes. Se acontecer, como muitos espera, deixa o candidato que se abrigou no PDT numa situação em que sua já pequena ilha perde território e, neste caso, é ao moinho de Lula que se leva mais água.
Por último, atenção nos números de Doria. Uma aliança com Moro depende de que o governador de São Paulo não tenda a zero nas pesquisas, com vem sendo marcada sua trajetória nas pesquisas. Como, em sentido reverso, de que Moro pontue o suficiente para que se possa supor competitividade em sua candidatura.
Ainda estamos na fase em que as pesquisas ditam mais o baile dos acordos do que o das disputas.
Neste momento, a pressa é toda de Moro.