Motocaço, tratoraço e caminhonaço. Teremos o pistolaço?

Caminhões de frotistas e pickups de luxo.

As máquinas que comparecem hoje à “Feira Agropecuária” de Jair Bolsonaro pertencem, quase todas, a homens e mulheres de mãos macias e bem cuidadas, não às calejadas dos trabalhadores rurais.

Diz o Correio Braziliense que carregam “faixas pedindo a intervenção militar, uma nova constituição e a criminalização do comunismo” , seja lá o que isso signifique. Não se espante: não faz muitas décadas que lamentavam o fim do chicote e de correntes.

Marcham, diz ainda o jornal, “sem máscara e desrespeitando as medidas de distanciamento social, aglomeram-se entoando palavras de apoio à Jair Bolsonaro, orações e cânticos de louvor.”

Seu tamanho é o tamanho de seus “brutos”, apelido dos caminhos dos quais tiram seu própria definição. Poderiam, pelo muito que lhes dá a terra, suficiente para luxos, viagens e pickups ser patronos da educação e do progresso das vilas do interior, das quis só conhecem a poeira que o ar condicionado evita, com os vidros escurecidos. quando vão fazem os churrascos da casa grande, com picanhas como aquela que o presidente usou domingo passado, a R$ 1.800 o quilo.

Dá quase para dois empregados do chão por mês o que vai ali em dois ou três pratos.

Bem, domingo passado, Jair Bolsonaro valeu-se de um de seus grupos de apoio, os motociclistas. Durante a semana, ficamos sabendo do tratoraço, a compra de parlamentares com a distribuição de máquinas no interior. Agora, temos o caminhonaço do agronegócio.

Quem sabe logo teremos a manifestação das milícias e dos tarados por armas de grosso calibre, aqueles que são a prioridade das prioridades do “Mito”.

Já tem até nome: o “pistolaço”.

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