A presidente Dilma Rousseff, em café da manhã com os jornalistas da imprensa oposicionista, disse que, ao escolher ministros consultará a Procuradoria Geral da República para saber se contra aqueles que pensa indicar pesa alguma acusação.
Uma atitude, portanto, de evidente respeito pela autoridade do Ministério Público e de zelo pela insuspeição com que deve ser administrada a República.
Dilma não disse que ia perguntar o que pesa sobre quem, em que circunstâncias. Apenas – e com humilde respeito à instituição – se há algum óbice, mesmo que seja uma simples denúncia.
Mas Josias de Souza, do UOL, já antecipa o que teria sido a manifestação do procurador Janot: que “a lei proíbe os membros do Ministério Público de prestarem consultoria” e que Rodrigo Janot “não compartilhará informações contidas em processos que correm sob segredo judicial”.
Esperemos que se trate apenas de uma das muitas intrigas que se procura fazer entre Dilma e Janot.
Porque estaríamos vivendo o “non-sense” de uma instituição da República, o MP, reagindo desta forma a uma manifestação de apreço de outra – a Presidência da República.
E agindo com absoluta leniência com os vazamentos a granel de seus integrantes das mesmas “informações contidas em processos que correm sob segredo de justiça”.
Semana passada, o Estadão publicou uma “lista” de acusados que estaria em poder de Janot.
Se a lista, montada pelos procuradores da República, é verdadeira, lógico é que foi um ou mais deles quem forneceu à imprensa as “informações contidas em processos que correm sob segredo de justiça”.
Se é falsa e não partiu, mesmo que sob a forma de vazamento, da PGR, é a monstruosidade de serem acusadas, diante de todo o país, gente que não foi mencionada com um mínimo de indício.
Não houve indignação, sindicância, apuração, desmentido, seja por uma outra razão.
Mas quando a Presidenta da República, eleita pela população e em vias de inciar um mandato, com uma nova equipe, diz que se quer prevenir com um “não, não é mencionado” do chefe do Ministério Público isso vira “manifestação de autonomia e independência” do MP.
Não há violação de sigilo algum se, num telefonema, a Presidente indagar sobre alguém a Janot e este dizer que não tem conhecimento de qualquer denúncia a respeito desta pessoa ou, ao contrário, dizer “não, Presidenta, eu não lhe posso dar tranquilidade sobre esta indicação, embora não esteja acusando fulano”.
Até porque nomes estão sendo lançados ao linchamento, culpados ou não, sem que haja nenhum “chilique” da Procuradoria.
Se há segredo de Justiça, hoje, é um segredo de Polichinelo.
O país tem uma oportunidade ímpar de avançar em matéria de combate à corrupção, com o julgamento de funcionários, executivos de empreiteiras e políticos associados à propinagem.
Mas é uma evidente distorção tratar tudo o que surge neste caso como protegido por sigilo de Justiça – claro, quando interessa – pois a simples leitura da Lei 12.850, que trata da delação premiada, cuida do sigilo como forma de preservar o delator, tanto quanto as disposições de sigilo do artigo 7º, VIII, da Lei 9.807/99.
Não, é claro, dos delatados.
Porque isso ou protege criminosos ou, ao contrário, difama inocentes, porque o “sigilo” é só para a administração pública que está sendo lesada, ou para os acusados, que não podem se defender.
A população tem o direito de saber quem está sendo acusado e de quê e, como ela, a mais alta mandatária do país.
Ainda mais quando o Ministério Público toma a estranha e infeliz decisão de “deixar para o fim do recesso” o dever de tomar a peito a denúncia de quem merece responder, já, pelo que fez.
O país, roubado por malfeitores, funcionários, empreiteiros ou políticos, não pode esperar as férias de suas Excelências.
Porque senão, além de roubado, fica também sequestrado pela suspeita que paralisa o funcionamento das instituições que, em tese, as ações policiais e judiciais querem proteger.
19 respostas
Hj ela disse q ia abrir o capital da caixa para o mercado, voteo nela achando que quem fazia esse tipo de coisa era o outro lado.
judiciário e imprensa,bando de golpistas….to de saco cheio desses pseudo moralistas…. e também dessa incompetência do governo na comunicação..pó encheu saco,fica o FERNANDO, E TODOS OS BLOG “SUJOS” rsrsr,, alertando de toda a sacanagem e nada muda.
Valeu, Fernando por nos presentear com sua análises.
Boas festas e saúde!!
Ela disse que não desejaria um inquérito,mas apenas se o escolhido estaria envolvido na Op.Lava.J. Esperando apenas SIM ou NÃO.
Dilma apenas está transferindo o problema para o MP. Se algo der errado diz que não sabia de nada, ao estilo Lula, e põe tudo nas costas de Janot.
Não há nada de eduacado no caso. É puro cálculo.
Por fim, o PGR não tem como atribuição vetar ministro, leia a Constituição.
Ademais, se a presidente quer a opinião de Janot, demita Graça.
Equiparar Dilma, presidente da república, eleita pelo soberano cidadão brasileiro, a Janot, ainda que esse senhor fale, por direito, pela instituição a qual é responsável, fica a impressão de que alguma coisa está errada na estrutura de poder do país. E esse estranhamento se deve, naturalmente, ao desprestígio que os operadores da justiça têm acumulado nos últimos tempos, cujo caso do “Mentirão” foi o mais estarrecedor.
Mais um gol de Dilma. Mostra sua intenção de compor um ministério honrado e ainda levanta a questão dos vazamentos golpistas.
Cada dia tenho mais certeza que a Dilma está completamente perdida e que esse segundo governo dela será como um barco sem rumo.
O MP é um monstro que criamos que embora tenha suas qualidades, algumas vezes erra na mão. Engraçado que o MP em todo lugar quer governar junto com o Executivo sob forte ameaça e quando é chamado à razão pra ajudar na indicação, simplesmente lava as mãos. Acusar as pessoas depois é fácil, agora se comprometer antes da indicação deixa pra presidenta? Realmente Dilma é coração valente pra aguentar mais essa hipocrisia do MP>
O erro está em reconhecer a mídia pig como interlocutor válido.
Tenho esperança que o governo dos trabalhadores passe a reconhecer a real credibilidade da mídia PIG partido da imprensa golpista:Nenhuma, Zero, NULA!
Um partido (PIG) sem registro no STE que utiliza-se de concessões públicas para atacar o governo eleito pela maioria dos brasileiros. Com ou sem provas, mas sempre com o viés consagrado por Rubens Ricupero(coligação psdb pig) que até hoje ainda escreve m. no PIG (foia di sampa, o jornal da tortura):
“Eu não tenho escrúpulos. Eu acho que é isso mesmo: o que é bom a gente fatura, o que é ruim a gente esconde”.
Aqui a prova da “formação de quadrilha” e da ilegalidade do PIG https://www.youtube.com/watch?v=NOb_3z-7yds#t=192
Mais um joguinho de mostra-esconde, de morde-assopra do MP. Lemos nas últimas semanas sobre os nomes de políticos vazados pela Lava Jato, somente alguns, a gente tem certeza de que não são todos. Um dos nomes publicados é de Henrique Alves do PMDB, postulante a um ministério do governo pelo partido do vice-presidente. Dilma ao agir dessa forma, não está pedindo assessoria, mas inteirando-se e antecipando inúmeros problemas se empossar algum nome que está sob suspeita grave. A República é de todos os brasleiros e, como cidadãos, exigimos que o governo tenha acesso a informações que podem ajudar a presidenta a bem governar. O judiciário é independente, mas deve zelar sobretudo pela harmonia entre os poderes e não incitar a discórdia, como ainda faz um novo advogado na praça, ex-ministro e ex-presidente do STF. Além do mais, ontem no Uol e no G1 saiu uma declaração do Janot aprovando a queda do sigilo em processos envolvendo políticos na ativa. Ora, isso já não é uma tremenda contradição? Libera as informações, senhor procurador geral. Não seja mais um Gurgel, muito menos um Barbosa. Chega desses tipos excusos.
A população está cançada de saber, e já bastante tempo, que julga o judiciário a instituição que faz, de forma indireta, mais apologia ao crime quando usa doi pesos e duas medidas para fazer justiça.Da mesma forma, estamos cançados da covardia, da omissão, da proteção, do respeito e da conivência que o judiciário adota com determinadas celebridades envolvidas na prática de malfeitos de toda ordem. São do mundo empresarial, político e, claro, jurídico, que recebem uma espécie de proteção e blindagem tão vergonhosa quanto criminosa. Antes que alguém fique escandalizado com esse comentário, basta acessar os arquivos de jornais e revistas politicas e policiais, que lá encontrarão farto material para se uma enciclopédia das aberrações do judiciário brasileiro.
BANDEIRA BRANCA
Para tucanos, petistas, gregos, troianos, democratas, republicanos, coreanos, judeus, palestinos, etc. Recomendo o texto do link abaixo. Feliz Natal a todos!
http://reino-de-clio.com.br/Blog.html
Não estamos ainda na fase de “Guerra de trincheiras”, mas na fase de “Guerra de Movimento” e não há possibilidade de troca de “souveniers”, o momento é de guerra total, já que a direita reacionária quer a rendição incondicional do campo progressista, que desista de governar e lhe seja entregue o poder de Estado, ainda que o poder econômico lhe pertença desde sempre, à luta, sem tréguas, até a derrota da direita, incondicionalmente, é o que espero!!!!!!
Jogada de mestre: Dilma “esnucou” MP e vazadores seletivos.
Se o Governo da Dilma fizesse 1/10 das propostas para a área d comunicação e mídia, não estaríamos nesta situação de ditadura da “grande” mídia.
Me parece desastrada essa posição da Dilma. É republicanismo de mais frente aos que perecem conspirar contra a vontade do povo. Essas instituições estão instrumentalizadas de golpista vergonhosamente impunes.