Há muito barulho sobre o anúncio de abertura de inquérito contra Jair Bolsonaro pela violação do sigilo de um inquérito sobre tentativas de invasão cibernética ao Tribunal Superior Eleitoral.
Não vai dar em nada, com em nada deram ou darão ações assemelhadas que se desenvolvem por lá.
Desde o início da Lava Jato, a Polícia Federal, não obstante tenha muitos integrantes corretos, seduziu-se pelo protagonismo que lhe deu a Lava Jato e atrelou-se à política como só ocorreu nos tempos do regime autoritário.
Um ou outro delegado pode levar investigações um pouco além do que gostaria o governo, mas a corporação está “dominada” e mais ainda ficará com o generoso aumento dos seus vencimentos, que consumirá a bagatela de R$ 3 bilhões no ano eleitoral, retirados do “fura teto” que tanta polêmica criou.
E a razão é absolutamente eleitoreira, garantindo que fique com o governo e não com Moro o apoio de policiais federais e os policiais rodoviários federais, além do grupo de agentes penitenciários.
Embora, como toda categoria profissional, tenham o direito de desejar melhor remuneração, delegados e agentes da PF estão muito longe de estarem mal-remunerados, com salários de delegado variando entre R$ 28 mil e R$ 31 mil, excluídas gratificações.
É Bolsonaro reunindo e reagrupando forças que o levaram à vitória em 2018, assim como vem tentando fazer com a hierarquia evangélica e, em tese, pretende fazer com os militares com a possível indicação do general Braga Netto para vice.
Não creio que Bolsonaro, num quadro de popularidade limitada, confie no apoio militante dos candidatos dos partidos do Centrão. Deixá-los neutros já é bom resultado para seus planos.