Marcelo Queiroga, convertido em sabujo das vontades de Jair Bolsonaro “armou” uma incompreensível ‘consulta pública’ para criar mais confusão na vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid, possivelmente com a ideia de que as falanges cibernéticas do bolsonarismo fosse registrar uma oposição à aplicação de uma vacina testada e aprovada em milhões de pessoas desta faixa etária.
A convicção da população em que a vacina é boa e necessária, porém, fez desabar a armação, mesmo ainda existindo que, na área médica, ainda pratique o negacionismo vacinal e o charlatanismo da indicação de cloroquina e outras mezinhas do curandeiro do Planalto.
Sem revelar números exatos, integrantes do Ministério da Saúde revelaram que a maioria dos quase 100 mil participantes da “consulta”, via internet, foram contra a exigência de prescrição médica para se se aplique a vacina, o que a tornaria virtualmente impossível que ela fosse ministrada às crianças das camadas e regiões mais pobres, sem acesso a pediatras e sujeitas ao receio de um profissional em assumir responsabilidades de segurança que cabem as próprias autoridades sanitárias e aos seus órgãos de vigilância, como a Anvisa.
Menos mal, porque pretender tomar decisões médicas na base no método Chacrinha – a vacina vai para o trono ou não vai? – é uma das maiores bobagens que já se viu na medicina brasileira. Só o estado de putrefação mental e ética a que o país foi levado explica este “plebiscito vacinal”.