Hoje começou outra rodada de protestos contra os impostos na gasolina, com a ação de um posto de combustíveis de Belo Horizonte, que vendeu o produto por R$ 1,835, contra o preço normal de R$ 2,799.
O posto é o único que participa, faz tempo, do movimento organizado desde 2003 (curioso, não é? Não tinha imposto com FHC?) pelo Instituto Millenium, sustentado por grandes empresas – inclusive de mídia – e notória vinculação à cartilha neoliberal pela qual reza o tucanato.
Acontece que a turma do Millenium deveria pensar que essas ações podem ser um tiro no pé do seu pré-candidato Aécio Neves, que fixou as alíquotas de imposto sobre combustíveis em Minas Gerais. Lá, o ICMS sobre combustíveis é até maior (27%) que o cobrado na maioria dos Estados, que taxam a gasolina em 25%.
Os impostos federais representam apenas 10%, menos da metade dos estaduais. E só na gasolina, porque a União zerou a alíquota tributária no etanol.
O gráfico aí de cima é retirado do excelente blog Infopetro, do Grupo de Economia da Energia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Dispensa explicações.
Portanto, é bom o pessoal do Millenium ir bater na porta do governador Antonio Anastasia ou de seu “elegedor” Aécio Neves.
9 respostas
Sugiro que criemos o Sonegômetro, com o objetivo de mostrar o quanto de imposto é sonegado por empresários no Brasil.
Perguntar não ofende: Quem ressarce este Posto, após o “protesto”?
Corja, abutres
O sonegômetro já existe, ainda falta o “lucrômetro”.
Quem cobre os custos dos postos de gasolina que aderem a esse protesto? Será que é grana do Millenium?
No posto que fez aqui no Rio, foi o Millenium