O Brasil tem um arruaceiro na Presidência da República.
Não é possível dizer nada diferente do comando que Jair Bolsonaro deu, hoje, a seus apoiadores no Rio Grande do Sul, para que permaneçam em cercando as seções eleitorais, esperando o resultado.
“No próximo dia 30, de verde e amarelo, vamos votar. E mais do que isso. Vamos permanecer na região da seção eleitoral até a apuração do resultado”
Para quê? Será que é para impedir a saída de funcionários da Justiça Eleitoral que levam os resultados processados pelas urnas para a totalização nos centros de totalização? Porque se eles não puderem sair, por medo de agressão de bolsonaristas inconformados com a derrota que se avizinha, não vai haver “apuração dos resultados” tão cedo e, aí, estarão abertas as portas para tumultos.
Vão ficar postados nas seções para fazer “boca de urna”? Não pode, é ilegal. Ou para intimidar eleitores de Lula?
Bolsonaro está, evidentemente, estimulando o conflito. Que haja gente que se intimide e, por medo de confusão, não vote.
É este o tipo de bandido que temos de tirar do poder, porque ele usa verdadeiras falanges contra o livre exercício do voto.
Bandido, porque isso é proibido pela lei que diz ser ” vedado, no dia da eleição, até o término do horário de votação, com ou sem utilização de veículos (Lei nº 9.504/1997, art. 39, § 5º, III e art. 39-A, § 1º) :I – aglomeração de pessoas portando vestuário padronizado” e ” II – caracterização de manifestação coletiva e/ou ruidosa”.
Como se vê, nem mesmo se não for ruidosa é proibida, se for uniformizada e/ou coletiva, como quer Bolsonaro.
Não vai funcionar, como não funcionaram as ameaças de golpe militar, mas está escancarado o chamado à sedição.