O Brasil não tem imprensa de verdade. Por Mario Marona

Do jornalista Mario Marona, no Facebook, a quem certamente doeu escrever como a mim dói ler.

“O Brasil não tem uma imprensa independente.

O Brasil não tem uma imprensa isenta que não seja pobre, alternativa, e feita com o sacrifício pessoal de uns poucos jornalistas que abrem mão do conforto que poderiam dar às suas famílias para suprir a carência de informação confiável na mídia tradicional.

Como fazia a Última Hora, nos anos 50, como fez a “imprensa nanica” durante a ditadura.

Já é assim há muito tempo.

A imprensa brasileira formal é facciosa, venal e criminosa.

Liderou, apoiou ou sustentou politicamente as piores tragédias políticas e econômicas da história contemporânea do Brasil.

Não é apenas porta-voz do atraso, é por si mesma parte e causa do atraso.

A imprensa brasileira levou Vargas ao suicídio.

Destruiu a reputação de JK.

Derrubou Jango.

Propiciou a radicalização do golpe militar com o AI-5.

Permitiu, escondendo e distorcendo fatos, a tortura de milhares de militantes políticos de oposição.

Escondeu os crimes cometidos pela ditadura militar.

Além de omitir ou fraudar informações sobre os crimes da ditadura, ofereceu apoio logístico e veículos para a polícia política.

Fez aprovar uma anistia que perdoou assassinos de presos que estavam sob a custódia do estado.

Impediu as eleições diretas, quando o país já estava pronto para elas.

Promoveu uma eleição indireta de caráter conservador.

Inventou e elegeu Fernando Collor, derrubando-o depois, quando ele já não interessava mais ao poder.

Mentiu e manipulou para enfraquecer politicamente Leonel Brizola e impedi-lo de se eleger presidente da República.

Fraudou a lisura da disputa entre Lula e Collor no segundo turno daquela eleição.

Apoiou todos os planos econômicos liberais que empobreceram a população.

Sabia da compra da emenda da reeleição por Fernando Henrique Cardoso e silenciou.

Reelegeu Fernando Henrique quando o Plano Real já havia cumprido seu papel e o país afundava economicamente.

Criou o medo do agravamento da crise econômica para tentar impedir a eleição de Lula em 2002.

Superdimensionou e deturpou o mensalão, e intimidou o STF para que o PT passasse a ser odiado pela população.

Tentou impedir a reeleição de Lula, apesar de sua enorme popularidade.

Mentiu, criou denúncias falsas e cobriu de maneira facciosa a campanha que elegeu Dilma Rousseff em 2010.

Em 2013, apoiou enquanto julgou necessário os atos de protesto violentos e manipulados pela direita contra um governo democrático.

Cometeu todas as fraudes de informação possíveis e sequer imagináveis para forçar a vitória de Aécio Neves na eleição de 2014.

Liderou com o PSDB e a oposição conservadora a maior sabotagem econômica e política já cometida contra um governo na história, comparável apenas ao que havia feito contra Vargas.

Criou, com o boicote ao governo no Congresso e no mercado, o ambiente propício a queda da popularidade e do apoio a Dilma.

Convocou, apoiou abertamente e amplificou as manifestações de protesto contra o governo em 2015.

Transformou Eduardo Cunha no homem poderoso que acabaria por liderar no Congresso o impeachment da presidenta, escondendo da população a sua verdadeira face corrupta e criminosa, que já conhecia.

Por meio de notícias, colunas e comentários, pressionou o STF a fugir covardemente do papel de garantidor do cumprimento da Constituição, que poderia ter impedido um impeachment sem crime de responsabilidade e por motivos fúteis.

Apoiou abertamente o golpe de estado e está enganando a população sobre os verdadeiros efeitos desastrosos de todas as medidas regressivas que tem coagido o governo ilegítimo a adotar.

Inventou, exaltou e sustentou as arbitrariedades cometidas pela operação Lava a Jato, pelos procuradores de Curitiba e pelo juiz Sérgio Moro.

Dedicou-se com persistência, todos os dias e sem qualquer concessão ao pluralismo de opinião, a atacar a reputação de Lula, destruir sua imagem pública e induzir o Judiciário a condená-lo por crime do qual não existem provas.

Neste momento, defende a confirmação da condenação de Lula e pressiona o TRF a sujeitar-se aos seus interesses.

Trata como verdade inquestionável qualquer notícia negativa para Lula e esconde de seus leitores, ouvintes e telespectadores informações que possam ser favoráveis ao ex-presidente em sua luta legítima por absolvição.

Prepara-se, em desesperada busca por um candidato, para interferir e vencer a eleição deste ano.

É a maior produtora e reprodutora de notícias mentirosas ou parciais que causem danos à imagem de governos progressistas do Brasil e de qualquer país.

Inspirou, pelo exemplo de seu vocabulário crescentemente grosseiro contra adversários, a linguagem de esgoto que se tornou corriqueira nas redes sociais.

Vale-se da ignorância, da truculência, do preconceito e de impunidade das redes sociais para dar credibilidade às suas próprias mentiras.

Enquanto o Brasil não tiver uma imprensa independente e isenta, que sirva de alternativa e contraponto, será governado por uma imprensa inescrupulosa e canalha.”

Fernando Brito:

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    • Copiar para guardar, além de mentirosa, manipuladora, é alienante, promotora de valores culturais estrangeiros, racista, colonialista, promotora do ódio, usa máscara da moralidade sendo uma dos maiores fontes de sonegação com bilhões de dólares em paraíso fiscal, usando sua força midiática de manipulação para acovardar e chantagear uma justiça que já vil por natureza. Uma investigação verdadeira sobre essa Máfia midiática brasileira revelaria fatos estarrecedores a iniciar pela Veja e Globo.

  • Em contrapartida, o povo começa a perceber o monstro que é a GLOBO, será o fim da manipulação,
    Os coxinhas como são cegos e ignorantes, precisam do berrante da Globo para saírem de verde amarelo, vão pra mesma vala.

  • A globo é uma organização de mídia criminosa. Que além disso sonega, faz contratos corrompidos e corrompedores. Excita o canlahas da violência.
    Da globo nada se salva. É o câncer deste país, não há dúvidas.
    E dá lições de honestidade e aponta para outros com um extraordinária hipocrisia. Da nojo.
    Não haverá futuro em país onde reina esta desgraça.

  • A imprensa é um instrumento do qual se vale a classe dominante para manipular a opinião pública e manter o povo, sobretudo classe mérdia, na rédea curta. Desta maneira, a classe dominante consegue que seus interesses sejam empurrados goela abaixo da população ou então consegue, também, transformar a população em massa de manobra que atua de acordo com os desejos desta classe dominante. A imprensa é instrumento de doutrinação. A grande imprensa brazileira e a manipulação do povo se assemelham mesmo é com a imprensa que Orwell descreve no 1984. A imprensa também tem papel fundamental no emburrecimento daqueles que se deixam levar. Não há possibilidade de democracia enquanto a grande imprensa não for colocada nos eixos.

  • Magnífico esse artigo. A história brasileira dos últimos 80 anos, desde o suicídio de Vargas, tem sido essa depravação. Um grupo minúsculo de pessoas controlando toda a imprensa escrita, falada e das telecomunicações manipulando,, mentindo e controlando e ditando o que acontece e só acontecendo o que ela deixa acontecer. É uma vergonha e uma infâmia. O papel desses delinquentes e moleques da Lava-Jato, o Brasil governado por um crápula como Eduardo Cunha, que comandou o processo do impeachment apoiado e endeusado pela grande imprensa, liderada despudoradamente pela Globo.
    O Brasil precisa de uma convulsão e nessa convulsão vomitar a Globo e toda a imprensa criminosa e canalha.

  • MUITO PODER NAS MÃOS DE UMA GLOBO, QUE FOI CONSTRUINDO IMPÉRIO NOS GOVERNOS DE JK, DE JANGO. TRAIU ESTES DOS EX-PRESIDENTES. E DERAM O GOLPE DE 64. AGORA, EM 2016.
    ENVOLVIDA EM FIFAGATE, "OFFSHORES", DEUS SABE MAIS NO QUÊ.

  • Em Davos, no Fórum Econômico Mundial, Temer o usurpador, entregará o Aquífero Guarani à Nestlé:

    TEMER ENTREGA O JOGO... E A ÁGUA

    por Franklin Frederick

    O Estado de São Paulo publicou ontem um artigo revelador sobre a ida do Presidente Temer, João Dória e Henrique Meirelles a Davos, na Suíça, para participarem do Fórum Econômico Mundial que começa no próximo dia 23 de janeiro.

    O artigo informa que:

    “Na programação, o Fórum Econômico Mundial colocou na agenda o debate: “Moldando a nova narrativa do Brasil”. No dia 24 de janeiro, mesma data do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Porto Alegre (RS), o presidente Michel Temer apresenta sua agenda para 2018 em defesa da necessidade de reformas. O debate contará ainda com o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), com Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco, Candido Botelho Bracher, CEO do Itaú Unibanco, e Paul Bulcke, CEO da Nestlé” (grifo meu).

    Esta é a única mesa redonda com a participação de Temer dentro da programação do Fórum. Chama a atenção, no entanto, que o único CEO estrangeiro a participar deste debate em que, além de Temer e Dória, os outros dois participantes são banqueiros, seja Paul Bulcke. Faria mais sentido, dentro deste contexto, ser um representante de um banco estrangeiro, o Crédit Suisse ou o UBS, por exemplo. Mas, dentre tantas empresas e CEOs que estarão em Davos, foi justamente o CEO da Nestlé o escolhido para participar deste debate com Temer e dois grandes banqueiros privados brasileiros. Por quê?

    Para responder a esta pergunta devemos lembrar, primeiro, de um importante artigo publicado pelo jornal ‘Correio de Brasília’ no dia 22/08/2016 com o título: ‘Multinacionais querem privatizar uso da água e Temer negocia” .

    O artigo informa que, “segundo revelou um alto funcionário da Agência Nacional de Águas (ANA), em condição de anonimato (...). O Aquífero Guarani , reserva de água doce com mais de 1,2 milhão de km² , deverá constar na lista de bens públicos privatizáveis (...) As negociações com os principais conglomerados transnacionais do setor, entre elas a Nestlé e a Coca-Cola, seguem ‘a passos largos’.”

    É importante lembrar também que, na data deste artigo, a Presidente eleita Dilma Roussef ainda enfrentava o julgamento do processo de impeachment, mas Temer já atuava como Presidente ‘de fato’, ou seja, mesmo antes do golpe consumado, já se negociava a privatização dos recursos naturais brasileiros, a verdadeira razão por trás do golpe. Porém, têm-se escrito e falado mais sobre o acesso ao petróleo brasileiro, privatização da Petrobrás e de outras grandes empresas públicas como razões para o golpe, deixando de lado um outro recurso natural brasileiro enormemente cobiçado pelas multinacionais por trás da onda conservadora neoliberal que toma o planeta: a água. A participação de Paul Bulcke num debate com o Presidente Temer em Davos entrega o jogo: não é o CEO da Shell ou de qualquer outra grande empresa petroleira que estará sentado ao lado do Presidente do Brasil na vitrine do Fórum Econômico Mundial na Suíça, mas o CEO da Nestlé. A mensagem não podia ser mais clara.

    Dentro do que se poderia chamar de ‘divisão do trabalho’ na construção da ideologia e das estratégias do capitalismo internacional, a multinacional Nestlé tem um papel fundamental. Peter Brabeck, antecessor de Paul Bulcke, tomou para si e para a Nestlé parte da tarefa de legitimar o capitalismo neoliberal através de várias iniciativas e projetos, dirigindo um poderoso lobby do big business internacional através de uma ampla rede que se estende por vários países e instituições.

    O Water Resources Group – WRG – que reúne a Coca-cola, a Pepsi e o Banco Mundial com o objetivo de privatizar a água em todo o mundo através de parcerias público-privadas, para citar um exemplo, foi criado por iniciativa da Nestlé. Paul Bulcke recentemente substituiu Peter Brabeck dentro do ‘Governance Body’ do WRG.

    O programa da Nestlé ‘Creating Shared Value’ realiza anualmente um importante evento internacional, sempre em países diferentes, com a participação de governos, altos fun

    cionários de instituições como a ONU e o Banco Mundial, com uma visão estratégica muito bem planejada. Em 2013 o Creating Shared Value Fórum aconteceu na Colômbia com o claro propósito de promover a Colômbia como país ‘modelo’ do capitalismo latino-americano, em oposição à Venezuela e aos países da ALBA.

    Em 2011 o Creating Shared Value ocorreu em Washington em parceria reveladora com o ‘Atlantic Council’, uma associação do big business internacional, principalmente dos EUA, em torno da OTAN, a aliança militar ocidental. Por que uma empresa multinacional produtora de comida para bebês, chocolate e água engarrafada procuraria uma parceria com o ‘Atlantic Council’ e, através deste, com a OTAN? Uma resposta muito simples se encontra dentro do próprio programa deste evento: oportunidades de negócios relativos à nutrição, água e desenvolvimento rural na África e América Latina. Traduzindo a linguagem orwelliana do big business contemporâneo, este programa informa que ‘oportunidades de negócio’, ou seja, recursos naturais a serem tomados pelas grandes empresas, se encontram em vastas quantidades na África e na América Latina. E caso os países desses continentes não queiram disponibilizar estes recursos para o capital internacional, é sempre conveniente ter o poder militar da OTAN para fazê-los mudar de idéia ou de política. E recentemente, não por coincidência, a Colômbia e a OTAN entraram em um acordo de parceria.

    Esta influência da Nestlé é tão grande que mesmo dentro do Fórum Econômico Mundial um dos temas escolhidos para ser discutido pelos vários participantes internacionais é justamente ‘Creating Shared Values in a Fractured World’, uma clara alusão ao programa da Nestlé. A conferência de imprensa que o Presidente Temer realizará no Fórum no dia 24, aliás, esta justamente dentro deste tema reforçando ainda mais a ligação de Temer e das atuais políticas de privatização de seu governo com o discurso desenvolvido e promovido pela Nestlé.

    Em março próximo o Brasil vai sediar o Fórum Mundial da Água em Brasília. A Nestlé e o Water Resources Group estarão lá, já que este é o Fórum das grandes empresas privadas. As empresas públicas de água brasileiras e ainda mais as águas subterrâneas e as fontes de água mineral são os ‘alvos’ que esta proximidade entre Temer e Paul Bulcke indicam. A privatização destas empresas e recursos naturais será naturalmente apresentada como a ‘solução’ dentro do Fórum Mundial da Água.

    Espero que o Fórum Mundial ALTERNATIVO da Água que se organiza também em março como resposta da sociedade civil às políticas neoliberais, reserve um bom tempo e espaço para trocar informações e analisar as diversas práticas da Nestlé no mundo. Trata-se de uma questão fundamental.

    • Se for mesmo verdade isso, só posso dizer uma coisa só : ridículo.

      Quem esses sujeitinhos da nestlé, coca e pespi pensam que são? Com que direito esses pulhas pensam que um bem tão precioso e vital pra vida como a água tem que ser restrito a poucos como esses degenerados?

      A partir de hoje, não compro mais nada desses degenerados. Não vou dar meu suado e sagrado dinheiro pra bancar vagabundos que querem roubar pra si todos os recursos naturais tão vitais a sobrevivência de qualquer ser humano,

  • A imprensa só consegue fazer isso porque o Latino é um povo asqueroso e nojento cujo membros só pensam em si e “dane-se a sociedade”. Só querem ver o outro pior que eles, não importa se estão na merda. Celebram a prisão dos outros ao invés de refletir sobre as falhas que levaram o cidadão ao cárcere.

    Vamos mudar muito quando admitirmos que o problema do Brasil é o povo.

    Enfim, latinos são um povo LIXO!!!

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