Há um excelente texto na internet para mostrar o desastre que é o rebaixamento das relações diplomáticas com a África, ordenado por José Serra.
É de Natália da Luz, no site Por dentro da África .
Está repleto de dados que mostram a loucura que está sendo cometida.
O continente africano é o segundo mais populoso do mundo, abaixo apenas da Ásia.
1,1 bilhão de habitantes, mais que as três Américas somadas.
Segundo a ONU, Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 21% da população mundial habitará a África em 2050. Para você comparar, a Europa, hoje, tem 10% da população do mundo.
Dizer que temos despesas diplomáticas demais por lá não é só uma tolice, é uma mentira deslavada.
Entre missões permanentes e transitórias, temos lá 97 diplomatas, para um total de 55 países.
Do total de 1.557 diplomatas do país representa apenas 6% do quadro do Itamaraty.
E para que? Para uma guerra de influências:
“O continente está sendo disputado palmo a palmo desde o ano 2000 pelos países em desenvolvimento, sobretudo a China, mas também Índia, Turquia, Rússia, Singapura, Tailândia. Além das grandes potências colonizadoras, Grã-Bretanha e França, e os países ricos, principalmente EUA e Japão. Todos percebem que a África é a maior reserva natural de riquezas do mundo, que são essenciais para o desenvolvimento de cada um destes países, sobretudo por conta das terras agriculturáveis para plantação de alimentos, petróleo, gás e minérios.”
Nossas exportações para o continente africano multiplicaram-se por seis, em uma década e meia. É um mercado de produtos de média-baixa tecnologia, onde temos condições competitivas.
E onde há vários e importantes países de língua portuguesa, plataforma de oportunidades que não pode ser subestimada.
Não, o desmonte de nossa diplomacia na África não é só burrice ou preconceito.
É um favor a quem quer o controle do mundo.
