As balsas ilegais de mineração no Rio Madeira – nem se pode chamar de clandestinas, depois de exibirem-se às centenas – começaram a dispersar-se hoje e já não há as “barricadas” que se viam até ontem.
Nenhuma surpresa, zero.
Foi a “ordem” do governo, expressa no inacreditável “estamos preparando uma operação”, em lugar de, simplesmente, fazê-la.
Ontem se disse claramente que era isso o que estava acontecendo: “Governo não tirará garimpeiros, fará só um “espalha”. escreveu-se.
O “espalha” foi feito e não se apreenderão as centenas de dragas que praticavam a mineração ilegal e, com isso, dar um golpe necessário e profundo nas práticas de devastação dos rios amazônicos.
E não foi por acaso que se “desfez o flagrante”. Não há explicação em se juntarem ali, às centenas, a apenas 150 km de Manaus, onde existem lanchas da Polícia Federal e do Ibama, barcos-patrulha da Marinha, helicópteros do Exército e da Aeronáutica.
Todos sabiam, há vários dias, o que estava acontecendo.
Não agiram porque não quiseram agir, porque não só há elementos nestas instituições ligados ao garimpo ilegal como, também, sabem que se tratade um grupo que conta com a proteção e a simpatia do Presidente da República.
A “reação” oficial foi organizada e agendada de forma a permitir que todos, ou quase todos, possam sair impunes da afronta que fizeram ao Brasil.
Não são autoridades, são cúmplices.