O ‘guru’ Olavo de Carvalho rege o coro dos minions contra Mourão

As declarações do general Hamilton Mourão lamentando o episódio em que Sérgio Moro, por ordem de Jair Bolsonaro, “desnomeou a socióloga Ilona Szado de uma insignificante suplência num dos conselhos do Ministério da Justiça, se eram uma provocação, encontraram quem apanhasse a luva na turma do Capitão.

O astrólogo Olavo de Carvalho, guru dos meninos Bolsonaro e maior nomeador de ministros deste governo, aformou, pelo Facebook, que na dirá “na cara dele [Mourão] na primeira oportunidade”, que o vice presidente “é obviamente um inimigo do Presidente e de seus eleitores“.

Carvalho, que fala em sintonia com o que pensam a o núcleo familiar de Jair Bolsonaro, diz que apoiar o general foi “o maior erro da minha vida de eleitor” , que “Mourão abana o rabinho” para a esquerda e que “fingiu-se de companheiro fiel [de Bolsonaro] até chegar ao cargo. Tão logo empossado, começou a declarar-se em rebelião aberta contra tudo o que o presidente prometeu e representa, contra tudo aquilo que o povo escolheu e ama”.

Não sei se alguém discordaria de traduzir-se a frase numa palavra: “traidor”.

E o “astrofilósofo” desconfia que haja outros, pois fica se perguntando “se o Mourão é, no governo, o único remanescente fardado de tudo aquilo que julgávamos ter derrotado nas eleições, ou se há outros como ele”.

Olavo é, como se sabe, uma espécie de Jim Jones dos bolsominions. O que ele fala é mais do que uma opinião, é um caminho. Tosco, mas é.

O que o astrólogo parece ignorar é que generais não são aves solitárias, são gragários. Voam em bandos e, sobretudo, não têm bico apenas para piar.

Fernando Brito:

View Comments (12)

    • Ouch. Uma observação mais longa mostra que ele é muito "Folha" :/ Aliados mais desconfortantes do que convenientes.

  • Olaf von Oak, como diz o Bemvindo Sequeira é um sujeito totalmente fora da casinha. Fico imaginando qual é o QI de quem lê os livros (sic) desse idiota. Tudo que sei para não ser um idiota é: não ler nada do que ele escreve. Ele e o cara do ANTAburrista são seres desprezíveis.

  • Olaf von Oak, como diz o Bemvindo Sequeira é um sujeito totalmente fora da casinha. Fico imaginando qual é o QI de quem lê os livros (sic) desse idiota. Tudo que sei para não ser um idiota é: não ler nada do que ele escreve. Ele e o cara do ANTAburrista são seres desprezíveis.

  • Tão voando em bando, junto com vários da justiça, coordenados pelo departamento de justiça americano há muito tempo e Bolsonaro e trupe foi só uma oportunidade e será descartado em algum momento, pois o elegido por eles seria o Alkmin. Aliás todos os promotores de justiça e policiais federais, além do pessoal do exército faz curso no departamento de justiça americano. Tenho parente em outros países que prestam serviço de tradução na embaixada deles para esses cursos. É uma dominação ideológica completa. Pega os funcionários mais ricos, mais armados para fazer o estrago na América Latina e entregar de não beijada para eles tudo o que querem.

  • Tem toda a pinta de que o Olavinho esteja por trás dessa publicação do vídeo. Quantos conselhos o Olavinho dá ao Bolso por dia? Seguindo fielmente seu escatológico guru, Bolsonaro ainda vai se estrepar de maneira escabrosa.

  • Bolsonaro, por meio de Olavo de Carvalho, está humilhando um general (Mourão). Aí está o preço que o Exército já está pagando por essa aventura em busca de um atalho ao poder.

  • Brito, perdoe-me a pressa de querer ver publicado cada comentário. Continue fazendo bem o seu bom trabalho (inclusive na moderação). Abraços solidários.

  • Pra mim, Bolsonaro e Mourão diferem apenas no estilo.
    Neste caso, Olavo enxerga o que está na cara e é sabido há tempos.
    No dia 14/12/2018, na festa do PRTB, o general Paulo Assis, mentor político do general Mourão e paparicado como cerebral estrategista, afirmou: "Mourão será o futuro presidente. Em 2022 ou ANTES, se ALGO acontecer a Bolsonaro".

  • "aquilo que o povo escolheu e ama" ? Quá quá quá quá O que povo escolheu saiu nos blocos e agremiações carnavalescas, no país todo. (Recadinho para P. Michael McKinley: o Brasil é muito maior e muito mais incontrolável do que ele e seus patrões pensam).

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