O incrível reveillon de bobagens de O Globo

amarelo

É a crise, é a crise, é preciso gritar a cada minuto.

Ontem à noite, a poucas horas da virada do ano, O Globo saiu-se com a “pérola”: Crise econômica faz público trocar o branco pelo amarelo no réveillon.

Ridículo.

Algumas pessoas, por superstição, sempre vestiram amarelo para “chamar dinheiro” no Ano Novo.

Mas, por causa da crise, quem trocou foi o “público”. Público, como se sabe, são aquelas seis pessoas que são selecionadas pela reportagem “cumpre pauta”.

– Ih, olha lá, tem um de amarelo , vamos falar com ele

Incrível. O Rio de Janeiro “bombando”, com 900 mil turistas e hotéis lotados e uma multidão nas ruas e praias.

E quase todo mundo de branco, óbvio.

A “reportagem” chega a “pagar o mico” de ouvir uma arista de rua, que oferece um boneco carnavalesmo com roupas amarelas para que os turistas se fotografem. E o texto vem, claro, com o bordão permanente:

Apesar da crise, ela diz que o ano não foi ruim e que espera um 2016 melhor. Já prevê a cor na virada do ano que vem:

— Vai ser branco ou azul, pode apostar. Pra mim, desde que cheguei no Rio, não tem ano ruim. Já me considero carioca.

Não tem espírito de confraternização. Só espírito de porco.

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26 respostas

  1. Fernando, toda vez que alguém fala em crise comigo, eu digo :”É a crise da Globo!” Temos que viralizar isso como um mantra, igual eles conseguiram de tanto repetirem crise, crise e crise. Vamos voltar o veneno contra eles mermão! Chegou um prego falando em crise, tasca logo: “É a crise da Globo!”

    1. Eu não assisto à Globo, mas sinto no bolso a inflação. Acho que a receita de Paulo Henrique Amorim do “desliga a Globo que melhora” não é coisa que deva ser levada a sério.

      1. my friend, good reading,

        https://theintercept.com/2015/12/30/spying-on-congress-and-israel-nsa-cheerleaders-discover-value-of-privacy-only-when-their-own-is-violated/
        In January 2014, I debated Rep. Hoekstra about NSA spying and he could

        not have been more mocking and dismissive of the privacy concerns I was

        invoking. “Spying is a matter of fact,” he scoffed. As Andrew Krietz,

        the journalist who covered that debate, reported, Hoekstra “laughs at

        foreign governments who are shocked they’ve been spied on because they,

        too, gather information” — referring to anger from German and Brazilian

        leaders. As TechDirt noted, “Hoekstra attacked a bill called the

        RESTORE Act, that would have granted a tiny bit more oversight over

        situations where (you guessed it) the NSA was collecting information on

        Americans.”

  2. Testando hipótese: devido à crise, economiza-se em alvejante. O amarelo vem do encardido das roupas. Cabe aos desesperados focas de O Globo provar que a venda de alvejantes despencou. Quem tem um Ali Kamel na folha de pagamento não precisa de blogs sujos, a perda de credibilidade vem no pacote.

  3. O Globo, o JN et caterva podem falar o quê quiserem, pois ontem, 31, último dia do ano, o PCO, no horário nobilíssimo da televisão, e de graça, nos presenteou com o melhor programa político do ano, contando e mostrando, em cinco minutos, toda a história do golpe, dos golpistas, a mídia golpista (com direito à imagem da bancada do JN), além do grande mico do ano protagonizado pelos facistinhas que agrediram Chico Buarque, mostrando o vídeo. dando nomes, descendências e crimes cometidos pelos seus descendentes.

  4. A Globo tentando sujar a festa de ano novo dos brasileiros. O terrorismo preferido da media criminal neste ano novo foi a previsão de que o desemprego vai aumentar muito. Óbvio que isso, induz e até licencia, empresários a praticarem a demissão oportunista.

  5. O globo um residuo da ditadura..(criada com o dinheiro do pobre povo brasileiro)
    O que acho mais interessante e como pessoas de baixa renda como bronco e allison se aderem a plutocracia(defendem)chega a ser um absurdo(uma aberracao)…

  6. Tão cretina quanto o Desserviço do globo, é a altitude da presidenta Dilma de utilizar o canal dos Frias, para fazer a mensagem de fim de ano.

  7. Este tsunami da sinistrose catastrófica lançado e alimentado pela mídia plutocrata,já está manjado.O chefa do golpe, aecim,fala n isso todo santo dia
    na balada (balada etc.) do quanto pior melhor:fabricar crise para tirar proveito “subsidiando” seu discurso pária.Desmentido por tudo que é indicador,
    não se dá por achado.Afinal, tem que manter seu mentor FFHH com aquele sorrizinho(zinho???) escarrapachado.

  8. O melhor a fazer com a capa da Economist sobre o Brasil é ignorá-la.

    Por conspícuo e impávido jornalista Paulo Nogueira
    Postado em 01 janeiro de 2016

    Uma das maiores surpresas que tive ao me mudar para Londres como correspondente em 2009 foi a seguinte: lá, ninguém liga para a Economist.
    e os britânicos.
    Assinei-a, no automático. Com o correr do tempo, ela ficava intocada em casa, no saco plástico em que chegara. Até que desisti da assinatura.
    Ignorada na Inglaterra, ela é citada desvairadamente no Brasil, em boa parte por paroquialismo, e sobretudo quando o PT é atacado.
    É o caso da última edição.
    (…)
    É como acontece no Brasil: a Globo não consegue resolver sequer o problema de sua novela das 9 e no entanto produz copiosamente editoriais dizendo como salvar o Brasil.
    Em suma: desligue a Globo e ignore o resto da mídia que o Brasil melhora. Aproveite e faça o mesmo com a Economist.

  9. Vamos ter que trazer o velho bordão de volta contra os pessimistas “!NÃO FALEM EM CRISE TRABALHEM’

  10. Eles escreveram e eu assino embaixo:

    Galeano:«Quando foram expulsos do Paraiso, Adão e Eva transferiram-se pra Africa, não pra Paris. Tempos depois, quando seus filhos ja estavam esparpalhados pelas estradas do mundo, foi inventada a escrita. No Iraque, não no Arizona do Barry Goldwater.»

    Rachel de Queiroz: «um dos aspectos mais invariáveis da natureza humana é a capacidade de acreditar sinceramente e até mesmo fanaticamente, naquilo que lhe convém. Se eu preciso de um negro para trabalhar no meu roçado ou na minha mina, imediatamente me convenço que o bem e o destino do negro não é viver no mato, mas plantar a minha cana ou cavar a minha mina. Para a mina ou para o eito é que Deus o pôs no mundo, não para uma—inútil— liberdade».

    Emir Sader: «O Brasil, marcado por ser o país mais desigual do continente mais desigual do mundo, vive, pela primeira vez profundos processos de combate à pobreza, à miséria e à desigualdade, que já lograram transformar a estrutura social do país, promovendo formas de ascensão econômica e social, com acesso a direitos fundamentais, de dezenas de milhões de brasileiros»

    John Kozy: «Nas economias capitalistas, o capital não existe para ser gasto em empreendimentos: ele existe para ser acumulado. Empresa não existe para criar empregos. No capitalismo, o capital não existe para ser consumido: existe para ser acumulado. Empregados são simples meios para essa finalidade, e, se um empresário puder acumular capital sem usar empregados, ele o fará. Empresa só cria novos empregos se servir para fazer dinheiro. Por que um empresário criaria empregos para, simultaneamente, arriscar na acumulação de capital?

    Prof. Lawrence Davison: «É estranho, mas, nas democracias, os que não se empenhem nas discussões políticas, que não se esforcem para influenciar o curso dos acontecimentos, acabam por ser responsáveis por tudo que seus governos façam. É assim, porque, nas democracias, quem não participa abdica do direito potencial de atuar no mundo. Ninguém pode recolher-se completamente à existência privada. Quem o faça, logo verá que a gangue dos ternos caros ganha novas chances de o derrotar. E afinal, a gangue dos ternos caros lá estará, agindo também em nome dos que abdicam do direito de participar e influir.»

    Fernando Brito: «Em 2001, o sertão nordestino vivia uma seca semelhante à deste ano. Em 2001, o Brasil tinha na Presidência um sociólogo que montara em jegue e usara chapéu de couro para se mostrar “nordestino” como milhares de nós, ou de nossos antepassados (os meus, de Alagoas). Em 2001, Aécio Neves era Presidente da Câmara dos Deputados. Em 2001, não havia Lava Jato, Sergio Moro, Joaquim Barbosa e o Ministério Público, ao que se tenha notícia, não tomara nenhuma providência contra os negócios da privatização feitos “no limite da irresponsabilidade”. Em 2001, não se pedia impeachment, não davam importância a “pedaladas fiscais” e não era pecado estourar a meta de inflação: bastava uma carta se desculpando ao FMI. Em 2001, morria uma criança a cada cinco minutos no Brasil. De fome.»

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