O mundo vai acabar, mas com todo mundo empregado

O crescimento do número de empregos com carteira assinada, no mês passado, quando foram gerados 211 mil novos postos de trabalho é, sim, um resultado extraordinário, que não pode ser ignorado por quem quer que seja, inclusive pelos catastrofistas que preveem, todo dia, que a economia brasileira está estagnada e a caminho de uma grande crise.

Este número não é estatística, pesquisa, amostragem. É documento contábil com repercussão sobre a escrituração de empresas e suas folhas de encargos.

Não é apenas o melhor resultado para o mês desde 2010, como é o quinto maior dos últimos dez anos, só perdendo – e não de muito –  para os do período de maior expansão da economia brasileira, como você vê no gráfico. Não estranhe o número de 2008, ano da crise econômica: lembre-se que ela eclodiu em outubro, quando os empregos começaram a cair, para só se recuperarem no segundo trimestre de 2009.

Claro que o amigo e amiga leitora, assim como as pedras da calçada, sabe que empresário nenhum contrata novos empregados se não estiver vendendo ou sentindo, pela procura, que vai vender mais e precisa ter o que entregar.

No total, a massa de empregados registrados cresceu 0,52% no mês, com destaque para a construção civil (+0,92%), a indústria (+ 0,75%) e comércio (+0,6%). Portanto, não foi um resultado setorizado, restrito a uma área da economia. E, é claro, indica expectativas de um final de ano mais aquecido na produção e nas vendas.

Como já chegamos ao menor índice de desemprego já registrado nas pesquisas do IBGE – que registram, além do emprego regular, também o trabalho informal – ninguém se surpreenda se batermos novos recordes.

Isso numa economia mundial em crise e num Brasil que, segundo os jornais, está a caminho do caos. Ou da disruptura, para usar a palavra da moda.

Com todo mundo empregado, entretanto.

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13 respostas

  1. A teoria economica do Boi da Cara Preta, esta a cada dia mais desmoralizada. O Povo Brasileiro deixou de ter medo dela, quando ainda era crianca.

  2. “Disruptura”… Quem talhou essa expressão devia estar pensando em partes muito pouco populares do corpo humano…

    1. Trata-se de um neo-mafagafologismo amazonico capaz de fazer banqueiro suico ficar com o bolso excitado. (fonte: O Tijolaco)

  3. O fim do mundo de 2012 “crise de geração de energia” não ocorreu, aí passou ser “o descontrole inflacionário de 2013” que antes de se chegar a 2014 com índices nos parâmetros e em queda migraram para a quebra iminente da Petrobras que continua exibindo sólida situação financeira. Foi revogado o fim do mundo em 2013. Resta agora ao Pig se valer de seus aliados internacionais Financial Times, NYT, alavancar um fim de mundo de maior credibilidade. Tão bom quanto o rating AAA dos EUA

  4. Eu só gostaria de ressaltar que a crise não foi só em 2008 somente e continua aí firme e forte.Com essa década perdida para a economia mundial,o Brasil vai precisar mais do que nunca aumentar os investimentos no PAC principalmente no segundo Governo Dilma e vai precisar mais do que nunca do Agronegócio e do setor de serviços para crescer 1.5 a 3.0% ao ano até a crise mundial passar um pouco.

    No mais gostaria,gostaria de saber de Marina Silva e não de seus porta vozes(seguranças) do pig,a opinião dela sobre o agronegócio.

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