O panfleto de Moro

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Nas acusações contra Sérgio Cabral não há conexões, senão genéricas, entre a propina que ele recebeu e a Petrobras.

Embora ele próprio o reconheça,  isso “não veio ao caso” e ele  assinou um mandado de prisão para “garantir a autoria” da prisão do ex-governador.

E, assim, assinar sobre os despojos do troféu abatido.

Numa semana difícil, na qual tinha de enfrentar o adeus – ou será, como  da outra vez, um “até logo”? –  de Alberto Youssef à cadeia.

E na qual os desvairados fascistas invadiram a Câmara e sapatearam sobre a mesa de Ulysses Guimarães aos gritos de “viva Sérgio Moro”.

Mas hoje, finalmente, nas bancas o panfleto – ou o cartaz promocional, porque cada vez menos gente a compra -, glorioso, do grande caçador de corruptos.

Como, há quase 30 anos, estavam os do “caçador de marajás”.

A tragédia brasileira não se repete como farsa.

Ela própria é uma farsa. E uma tragédia.

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