Ciro Gomes, com seus rompantes, e as mudanças de posição que tem ao longo do tempo, não é das figuras mais fáceis de ser compreendida.
E saiu-se com mais uma destas extravagâncias que o têm marcado desde a viagem a Paris. Porque não cabe outro nome senão o de incompreensível esta expectativa de Ciro ser o “herdeiro” do eleitorado minguante de Jair Bolsonaro e de Sérgio Moro e, por isso, acenar com uma aliança nacional com ACM Neto, o prefeito de Salvador, em entrevista ao jornal Valor Econômico.
Para “compensar” diz que Lula é “o maior corruptor da história do país” e que ele é o mair “inimigo” a ser combatido.
Ora, Ciro passou uma década e meia a seu lado sem percebê-lo, também pode reivindicar para si o título de “maior tolo da história do país”.
Deve estar usando o mesmo tipo de sabedoria para encontrar alguma vez em que os Magalhães estiveram ao lado de algo bom para o povo brasileiro. Nem nas diretas, seu Ciro, nem nas diretas…
Não é sequer o caso de “receber apoio”de ACM, o que até seria compreensível, com os dedos em pinça no nariz, mas de celebrar uma aliança, um pacto eleitoral com o coronelismo baiano, apostando que o pacto que ele tem com Bolsonaro vá ruir por falta de votos. Nem é preciso ser grande cientista social para entender “carlismo” e o bolsonarismo são dois conjuntos de intersecção quase absoluta.
Como dizem os baianos, as cobras andam aos pares e que acha que pode fazer carinho em uma se descuidando dos dentes da outra, sabe que vai dar barril, o baianês para aquilo que é perigoso ou arriscado.