O que fica sem resposta vira “verdade”. Depois, não adianta provar

tucapapagaio

Se alguma coisa aprendi na convivência com Leonel Brizola é a não deixar nada sem resposta.

E a Petrobras vem deixando tudo, ou quase tudo, sem resposta imediata.

Ou, como diria o Lula, cadê o blog da Petrobras?

Espero que, a partir do depoimento de Graça Foster ao Senado, na terça-feira, isso mude.

Porque, como disse outro dia, a Petrobras, silente, ficou “boa de bater”.

Ainda mais porque, ao não se defender, vai deixando que se consolide uma ideia de que a mais organizada e profissional empresa do Brasil é uma bandalheira.

Ontem, O Globo publicou matéria de um executivo de uma empresa – a Jaraguá Equipamentos –  que diz que seus antecessores pagaram uma consultoria ligada ao doleiro Alberto Yousseff, para “validar” o preço proposto em uma concorrência da Petrobras.

Como os ex-executivos saíram em litígio com o dono da Jaraguá, não se sabe o que este novo executivo pretende. Mas ele deixa claro que o tal contrato foi firmado em preço que considera “inexequível”.

Traduzindo, baixo demais.

Ou seja, a eventual fraude concorrencial, milagrosamente, teria produzido um preço sub e não superdimensionado.

Original, não é?

Eu, pelo menos, aprendi que quando vejo fornecedor muito agressivo, é que algo está querendo a mais.

Quanto a Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento, é, sem meias palavras, um ladrão.

Agora, é preciso ver com quem e para quem e como ele agia.

Porque Costa foi demitido por  Dilma Rousseff e Graça Foster  em abril de 2012, provocando, segundo o insuspeito O Globo, a ira de políticos ligados ao PP.

Ou seja, o Governo e a empresa expeliram essa figura há dois anos e certamente apenas isso porque não têm, como a Polícia e a Justiça, o poder de fazer buscas em sua casa ou interceptar suas ligações e e-mails.

Alguns, como os reproduzidos pela Época, referem-se a negócios de 2013,  quando já não era mais nada na companhia.  Pior: já era, em função das condições em que foi demitido por Graça e Dilma, figura “queimada”.

É bom ressaltar que Costa nunca foi homem do PT na Petrobras: funcionário de carreira, já tinha sido nomeado por Fernando Henrique Cardoso diretor da Diretor da Petrobras Gás S.A. , a Gaspetro. Não havia nada contra ele, tanto que teve, ali, suas contas aprovadas pelo Tribunal de Contas da União. Não havia razão moral para se opor a uma indicação de um partido da base aliada.

Portanto, Graça Foster, no Senado, não terá de dizer nada além do que fez com Paulo Roberto Costa: que o demitiu, assim que entrou.

Não posso adivinhar, mas creio que será isso o que Graça, em nome da Petrobras, dirá, como é de seu dever.

A Petrobras, se tem alguma relação hoje com este senhor, é a de vítima, não a de cúmplice.

O problema é que dizer a verdade, dias e dias depois da acusação, é algo que tem de ser muito, mas muito contundente mesmo, para reverter a impressão que se forma.

Tenho evitado entrar neste tema, aqui, exatamente por isso.

Não é possível fazer defesa técnica da Petrobras se ele, ao contrário do que fez em 2009, não tiver uma pronta resposta para cada ataque que a ela se faz.

Até porque não é não é esta a essência do problema.

Porque o ataque à Petrobras, como ocorre há 60 anos, é político.

E é na política que terá de ser, sem  descuidar da informação objetiva, combatido pelos que defendem a soberania do Brasil.

E para os que fazem isso, sempre, a honradez será sua maior força.

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16 respostas

  1. [AINDA SOBRE A NECESSIDADE DA LUZ DAS VERDADES!]
    “Nem notei”, diz Barbosa sobre esculacho que levou em Brasília

    FONTE: http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/nem-notei-diz-barbosa-sobre-esculacho-que-levou-em-brasilia/

    LÁ VEM O MATUTO QUE SENTE CHEIRO DE GOLPE DESDE O DIA EM QUE NASCEU EM PINDORAMA!

    … Barbosa também “notou que o ex presidente do PTB, José Carlos Martinez, morreu meses depois da data da própria morte (sic)”! “Cuma?” Sim! ENTENDA como Joaquim Barbosa conseguiu aplicar penas ainda mais gravosas aos condenados – literalmente – no julgamento de exceção, o tal MENTIRÃO!

    VÍDEO: Erro de data em julgamento do mensalão no STF
    https://www.youtube.com/watch?v=fzsYd5g-k7U

    República de ‘Nois’ Bananas
    Bahia, Feira de Santana
    Messias Franca de Macedo

  2. “Nem notei”, diz Barbosa sobre esculacho que levou em Brasília

    FONTE: http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/nem-notei-diz-barbosa-sobre-esculacho-que-levou-em-brasilia/

    LÁ VEM O MATUTO QUE SENTE CHEIRO DE GOLPE DESDE O DIA EM QUE NASCEU EM PINDORAMA!

    … Barbosa também “notou que o ex presidente do PTB, José Carlos Martinez, morreu meses depois da data da própria morte (sic)”! “Cuma?” Sim! ENTENDA como Joaquim Barbosa conseguiu aplicar penas ainda mais gravosas aos condenados – literalmente – no julgamento de exceção, o tal MENTIRÃO!

    VÍDEO: Erro de data em julgamento do mensalão no STF – no youtube

    República de ‘Nois’ Bananas
    Bahia, Feira de Santana
    Messias Franca de Macedo

  3. A maior constante na existência da Petrobras tem sido a permanente campanha contra. Dos que sempre negaram capacidade de se fazer no Brasil uma indústria de petróleo, de ter os combustíveis de qualidade, de ter gás para geração elétrica em volumes sempre crescentes, de se ter tecnologia nacional que nos dá liberdade, da imprensa movida por interesses econômicos e escusos, dos eternos entreguistas de nossas riquezas, e dos alienados que nunca se interessaram neste tema. O que vemos hoje na imprensa é mais do mesmo. O desconhecimento e a má fé portanto são os maiores inimigos da Petrobras. Neste sentido, a presença Graça no Senado será uma oportunidade para dar visibilidade a empresa e reduzir preconceitos

  4. A RESPOSTA DA GLOBO A DILMA
    Eduardo Guimarães EDUARDO GUIMARÃES
    12 DE ABRIL DE 2014 ÀS 14:17
    A Globo gastou metade de seu principal telejornal para atacar o governo com atraso nas obras da Copa, críticas à economia e, claro, com ataques à Petrobras
    A coluna da jornalista Monica Bergamo na Folha de São Paulo da última quinta-feira feira (10) deu uma informação algo surpreendente: na segunda-feira (8), a presidente Dilma Rousseff recebeu o vice-presidente das Organizações Globo, João Roberto Marinho, que foi a ela com pleitos sobre a suposta interferência da rede de telefonia celular 4G na transmissão de tevê digital.

    Segundo a jornalista em questão, Dilma teria manifestado a Marinho desconforto com o noticiário da Globo contra o governo federal. A matéria, tal como foi veiculada na coluna de Bergamo, deixa entender que a presidente teria, de alguma forma, vinculado o atendimento do pleito do barão da mídia a maior comedimento no partidarismo político da Globo.

    Não se sabe se houve mesmo algo nesse sentido, mas não parece verossímil que Dilma propusesse tal barganha. O mais provável é que ela apenas tenha aproveitado a oportunidade, mas sem proposição de qualquer troca de favores. Até porque, para os barões da mídia seria uma troca muito aquém de suas pretensões hegemônicas.

    Seja como for, Dilma teria ponderado com Marinho que sua emissora vem “carregando nas tintas” do noticiário contra o governo federal, e não só no caso Petrobrás. O Jornal Nacional da mesma terça-feira em que o vice-presidente da Globo e a presidente da República se encontraram teve 16 minutos de pancadaria contra o governo.

    O telejornal em questão tem duração de pouco mais de 30 minutos. Ou seja: a Globo gastou metade de seu principal telejornal para atacar o governo com atraso nas obras da Copa, críticas à economia e, claro, com ataques à Petrobrás.

    Naquele mesmo dia, enquanto Dilma e Marinho se encontravam, Lula dava entrevista a blogueiros…

    Na noite do mesmo 8 de abril, o Jornal Nacional começou a artilharia com uma matéria sobre atraso em obras da Copa que durou 4:01 minutos. Mais 2:27 minutos foram gastos com o tema que levou Marinho a Dilma, a interferência da rede 4G na TV digital. E mais pancadaria sobre o governo com matéria sobre baixo crescimento da economia que durou 35 segundos, com o caso do deputado André Vargas por 2:47 minutos, com ataques à Petrobrás por 3:08 minutos, com a CPI da Petrobrás por mais 2:36 minutos. No total, foram 15 minutos e 56 segundos de espancamento do governo.

    Até aí, a ponderação de Dilma com Marinho talvez não pudesse ter surtido efeito; tinham conversado horas antes da edição massacrante do JN. Vejamos, então, o que ocorreu nos dias seguintes.

    Em 9 de abril, em 5 minutos de Jornal Nacional, durante 21 segundos o primeiro ataque ao governo Dilma se dá na questão da energia elétrica, supostamente subfaturada aos brasileiros por razões políticas. Eis que, como que para afetar “isenção”, o JN apresenta uma reportagem de 1:05 minuto desfavorável ao PSDB, sobre o racionamento de água que já ocorre na grande São Paulo, mas a Globo não diz. E a reportagem não toca na responsabilidade do governo Alckmin, apenas apresenta o problema que pode se abater sobre a grande São Paulo. Porém, logo o telejornal retoma o ataque ao governo. Foram 2:38 minutos para o deputado André Vargas, 2:04 minutos para a inflação, 2:58 minutos para a CPI da Petrobrás. Ao total, foram 7:23 minutos contra o governo do PT e 1:05 minuto contra o do PSDB.

    Em 10 de abril, dia da nota na Folha sobre a queixa de Dilma a Marinho, mais 2:19 minutos para inflação, 2:02 minutos para incentivar as pessoas a economizarem água em São Paulo (uma bela ajuda a Alckmin), 2:39 minutos para criticar atraso nas obras das Olimpíadas de 2016, 38 segundos (isso mesmo, 38 segundos) para noticiar que o ex-ministro de FHC e candidato de Aécio ao governo de Minas Gerais (Pimenta da Veiga) foi indiciado por lavagem de dinheiro, 43 segundos contra o deputado André Vargas, 4:25 minutos para vincular Dilma e Lula a compra por FHC em 2001 de usinas termelétricas da Alstom (o que obrigou os petistas a manterem contratos que o tucano assinou), 23 segundos contra a Petrobrás e 1:44 minutos para dar razão à oposição contra o governo na ampliação do escopo da CPI da Petrobrás, atacando decisão de Renan Calheiros de permitir a investigação, também, de escândalos envolvendo PSDB e PSB. No total, foram 12:23 minutos contra o governo, 2:02 minutos a favor de Alckmin e 43 segundos contra o PSDB.

    Em 11 de abril, o JN começa com Dilma na defensiva, dando explicações sobre a inflação em matéria de 52 segundos. Em seguida, notícia distorcida de 2:21 minutos de duração sobre recuo na atividade econômica, reportagem de 23 segundos sobre problemas nas obras da Copa, reportagem de 1:57 minuto sobre corrupção na Petrobrás, mais 1:36 minuto sobre o mesmo tema e mais 33 segundos sobre o doleiro envolvido com o deputado André Vargas. Desta vez, foram “só” 7:10 minutos, mas só contra o governo Dilma e o PT, sem nada contra a oposição.

    Em ano eleitoral, quando a mídia escolhe maioria tão avassaladora de matérias desfavoráveis a um lado e gasta tão pouco contra o outro lado, provoca efeitos eleitorais. Alguns dirão que tudo que o JN noticiou contra o governo Dilma e o PT tinha que ser noticiado. Só que não existem problemas só desse lado.

    O caso de Pimenta da Veiga, candidato do presidenciável Aécio Neves ao governo de Minas e que foi indiciado por lavagem de dinheiro, por certo mereceria bem mais do que 38 segundos. O racionamento de água no maior centro urbano da América Latina – bem como as responsabilidades pelo problema – mereceria muito mais atenção de um jornalismo sério. O escândalo do cartel de trens em São Paulo, já em fase adiantada de investigação, inclusive com políticos do PSDB sendo investigados pelo STF, esse sumiu de vez.

    Ao deputado André Vargas poder-se-ia contrapor Robson Marinho, homem forte do tucanato paulista no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e que está envolvido até o pescoço no escândalo dos trens paulistas, mas continua trabalhando normalmente. Ou poder-se-ia contrapor o caso de Pimenta da Veiga, muito mais grave. Mas o JN faz suas escolhas…

    O que impressiona é a presidente Dilma ter achado – se é que a matéria de Monica Bergamo é verdadeira – que poderia chamar um dos irmãos Marinho à razão. Aliás, melhor dizendo, chamá-lo à responsabilidade, já que, por ser uma concessão pública, a faixa do espectro radioelétrico que a Globo ocupa não pode ser usada com fins político-partidários.

  5. A pessoa que exerce o cargo de presidente de uma grande empresa e permite que essa empresa sofra uma enorme tentativa de desmoralização, sem qualquer reação é o quê? E se a empresa é estatal, a ausência de informação oficial ao grande público, permitindo, propositalmente, a formação de um sentimento de reprovação por parte desse público é o quê? A resposta à segunda questão, a meu ver, é irresponsabilidade. A da primeira é incompetente.

  6. O ataque não é político! Aliás, a procuradoria do Tribunal de Contas vai pedir que Dilma e os conselheiros respondam por Pasadena. É o começo do fim de Dilma Rousseff. Foram 4 anos perdidos para o Brasil. Dessa eleição ela não passa. Só resta saber se ela vai voltar a morar no Rio Grande do Sul ou se volta pra Minas, local que ela diz que ama, mas que não recebe nem uma conta de luz em seu nome.

    1. Vai sonhando meu caro. Não há verdade nos ataques. Pasedena dá lucro,foi um excelente negócio. 4 anos perdidos só nas mentes globotomizada como a sua.

  7. Desmoralização maior do que ir, nem vejo qual seria. Se tivesse falida, até que devia, mas ainda tem lucro, quando estatal nunca foi para ter isso, mas apenas servir ao povo e ninguém reclama de falta de gasolina nos postos.

  8. Concordo,volta GABRIELI,este nâo deixava sem resposta,no senado está de parabens a senadora GLEISY,agora que marasmo o suplicy em minusculo para mostrar a grande falta de vontade com o partido que o fez crescer,é de uma omissão até no caso do DIRCEU,seu grande amigo,pense que voce está no fim de carreira,ainda dá para fazer alguma coisa pelo teu amigo,voce como senador pode se manifestar junto ao stf.

  9. Cansei de esperar uma atitude corajosa deste governo. Amanhã tenho certeza de que a Graça vai nos decepcionar.Existe uma pequena fagulha de otimismo em mim. Mas em 4 anos a lógica idiota do controle remoto tomou conta dos integrantes deste governo. Dona Dilma foi toda serelepe na Ana Maria Braga, foi prtestigiar a festinha da Veja e parecia uma boba com o Ratinho. Dona Dilma não se ligou que de certa forma nos traiu. Vai ter que se esforçar muito pra conseguir meu voto de novo. Quero ver amanhã se a Graça vai enquandrar a imprensa mau carater.

  10. Dilma quer ministros silenciadinhos e silenciou ela mesma. Eta autocensura! Creio estarmos em uma estrada sem retorno…

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