O voto já está migrando. E Ciro afunda no Ceará

Vai dar 1° turno? Claro que não dá para cravar, porque os 50% estão ainda no photochart e eleição não se ganha de véspera.

Mas que parece, parece. E vai parecer ainda mais se a pesquisa Ipec de amanhã mantiver ou ampliar a vantagem da rodada anterior, que já estava em 16 pontos.

Se isto ocorrer, será inevitável que o clima vitorioso entre os lulistas e o de derrota entre os bolsonaristas acelere o movimento que, embora ainda não perceptível em pesquisas mas sensível nas ruas se intensifica e produza um arraste de votos.

É que há um sentimento geral de repugnância por uma disputa política que virou um festival de barbaridades e na qual as pessoas passaram a ter medo de serem agredidas por conta de suas preferências políticas.

A percepção é de que as pessoas, cada vez mais, tem um só desejo: o de que isso acabe logo e esse é um dos mais fortes emuladores do voto útil. Se há dúvidas de que Lula terá a maioria absoluta já no dia 2, há a certeza de que, havendo 2° turnos, será mais um mês de violências, bravatas, desafios e, com muita possibilidade que morra gente com isso.

Há ainda outro fator: a candidatura de Ciro Gomes está em crise, em crise até em seu estado natal, o Ceará, onde a última pesquisa Ipec lhe dá 10% dos votos, um quarto dos 41% que recebeu lá em 2018, no 1° turno.

É o que está conseguindo em sua insana arremetida à direita e pode ficar abaixo de Simone Tebet, e não porque a senadora vá crescer.

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