Odebrecht “peita” Moro: Lava Jato é um “reality show”

escuta

É impressionante a peça oferecida pela defesa de Marcelo Odebrecht em resposta ao “pedido de explicações” dirigido ao acusado pelo Juiz Sérgio Moro.

Claro que a imprensa, como fazem a Folha, Estadão e O Globo “puxam” para o fato de que não se “apresentou explicações” sobre as anotações do executivo.

A pergunta obvia é sobre qual o dever de apresentar explicações sobre fatos que não se constituem, em princípio, em ilícitos e nem mesmo em indícios de que possam ser ou ter relação com outros dos que o pretendem acusar.

É nenhum, em qualquer sistema de Justiça que não tenha como regras as da fábula do lobo.

Mas a dureza da peça vai além.

A comparação da Lava Jato com um “reality show faz uma evidente comparação com a “Casa do Big Moro Brasil”, onde os participantes ficam enclausurados, pressionados e monitorados enquanto são preparados para a ida ao “paredão”, onde disputarão entre si aqueles que  serão eliminados ou os que cairão nas boas graças do público.

A defesa – exercida pelos advogados Dora Cavalcanti Cordani, Augusto de Arruda Botelho e Rafael Tucherman – aliás, só comenta uma das especulações servidas para a imprensa: as sobre uma menção a “LJ” e a “ações B”, como se fossem referências à Lava Jato e a iniciativas extra-legais, afirmando que se tratam, na verdade, das iniciais do colunista da Veja, Lauro Jardim e das ações da Braskem, gigante petroquímica controlada pela Odebrecht em sociedade com a própriaPetrobras.

Mas, de fato, importa menos a defesa técnica e pontual, porque as acusações não são, em geral, também técnicas.

O texto da Odebrecht é político.

Ao questionar abertamente não apenas as acusações, mas os métodos empregados para formulá-la e a parcialidade do Dr. Sérgio Moro –  afirmando que “parece fazer ouvidos de mercador” a qualquer argumento da defesa, aos agentes da Polícia Federal e à Força Tarefa do Ministério Público no caso,  fica claro que a decisão de Marcelo Odebrecht e sua empresa é a de enfrentamento  e não a de se amoldar, via “delação” , à acusação que recebe.

O que era, aliás, a regra, antes que quatro meses de prisão “provisória” transformassem a operação num amontoado de delações de parte a parte, onde uma dúzia e meia de pessoas dizem o que a polícia e o MP querem que digam.

É claro que nem Marcelo nem sua defesa esperam que argumentos e questionamentos vão impressionar Moro.

São apenas preparatórios para outras instancias judiciais.

Se nelas vão ter algum sucesso, diante do chantageamento que sobre todas exerce a pressão midiática é outra história.

Leia a petição da defesa de Marcelo Odebrecht, publicada na íntegra pelo site Jota, especializado em cobertura de tribunais e veja se não é mais uma peça de ataque que defesa:

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PARANÁ

Pedido de Busca e Apreensão Criminal no 5024251-72.2015.4.04.7000

MARCELO BAHIA ODEBRECHT, nos autos do Pedido de Busca e Apreensão em epígrafe, vem, por seus advogados, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, em atenção ao r. despacho lançado no Evento 437, expor o quanto segue:

Desde a prisão do peticionário, há mais de um mês, teve início a caça a alguma centelha de prova que pudesse, enfim, legitimar uma segregação baseada no nada.

Depois do emprego deturpado da teoria do domínio do fato, da utilização de uma mensagem eletrônica de quatro anos atrás (que nem foi o paciente quem mandou e que Vossa Excelência mesmo reconheceu que precisa ser mais bem investigada), e da transformação da presunção de inocência e do exercício do direito de defesa em causas de encarceramento, era mesmo de se imaginar que houvesse uma busca por algo que disfarçasse a colossal ilegalidade da custódia de MARCELO.

Polícia e Ministério Público Federal engajaram-se na missão com afinco, e para tanto deixaram a razoabilidade de lado.

O Parquet adotou estratégia tão clara quanto intolerável: tudo que surgisse relacionado a qualquer executivo de empresas do grupo Odebrecht seria, automaticamente, imputado também ao requerente. Por tudo, leia- se tudo mesmo – desde documentos velhos de autenticidade duvidosíssima, engavetados para serem usados a conta-gotas, até uma artificiosa correlação entre telefonemas e depósitos bancários lógica e cronologicamente estapafúrdia, e sempre sem qualquer liame com MARCELO.

A Polícia Federal não ficou atrás. Chegou mesmo a violar o sigilo da comunicação entre o preso e seus advogados, transformando um bilhete com tópicos para a discussão de Habeas Corpus – entregues aos defensores por um agente penitenciário, depois de ter sido a ele passado pelo requerente! – em uma esdrúxula ordem voltada ao cometimento do que seria o mais impossível dos crimes: destruir fisicamente aquela mesma mensagem eletrônica, há muito estampada no relatório policial, no decreto prisional e em dezenas de páginas de internet Brasil afora.

Já em despacho do último dia 21, Vossa Excelência instou a defesa a se pronunciar sobre o novo capítulo da tentativa de coonestar a prisão do peticionário. Dessa feita, a autoridade policial apresentou, em anexo ao Relatório Parcial do Inquérito 5071379-25.2014.4.04.7000, um relatório de análise de notas contidas em telefone celular apreendido na residência do requerente.

Em seu afã de incriminar MARCELO a todo custo, a Polícia Federal nem se deu ao trabalho de tentar esclarecer as anotações com a única pessoa que poderia interpretá-las com propriedade – seu próprio autor. Ao reverso, tomou desejo por realidade e precipitou-se a cravar significados que gostaria que certos termos e siglas tivessem.

E, mais uma vez, transformou as peculiaridades do processo eletrônico em sua aliada na tática de atirar primeiro e perguntar depois. Sabedora de que a livre distribuição de chaves eletrônicas tornou os processos da Lava Jato uma espécie de reality show judiciário, a polícia lançou no mundo as anotações pessoais de MARCELO e as tortas interpretações que deu a elas, e aguardou que fossem quase instantaneamente noticiadas como verdades absolutas.

Houvesse tido a cautela que sua função exige, e a Polícia Federal teria evitado a barbaridade que, conscientemente ou não, acabou por cometer: levou a público segredos comerciais de alta sensibilidade em nada relacionados aos pretensos fatos sob apuração, expôs terceiros sem relação alguma com a investigação e devassou mensagens particulares trocadas entre familiares do peticionário, que logo caíram no gosto de blogs sensacionalistas.

Lamentavelmente, a obstinação investigativa e persecutória de autoridades que atuam na Lava Jato parece ter turvado sua compreensão de que o país não se resume a um caso criminal. Há indivíduos, famílias, empresas, finanças, obras e empregos em jogo – no caso das empresas do grupo Odebrecht, são mais de 160.000! –, que deveriam impor um mínimo de cuidado na análise e divulgação de documentos e informações por parte dos agentes públicos, ao menos até que bem esclarecidos seu conteúdo e eventual pertinência com as apurações.

Com a intimação lançada no Evento 437, a defesa até imaginou que esse MM. Juízo decidira impor alguma ordem às coisas. Não obstante já então houvesse sinalizado que estava tendente a encampar as desatinadas interpretações da autoridade policial, ao menos optara por ouvir previamente a defesa sobre as anotações que, conforme vossas palavras, estavam todas sujeitas a interpretação.

Todavia, a inobservância injustificada da contagem de prazo do processo eletrônico para a defesa se manifestar, bem como a iniciativa de Vossa Excelência – estranha ao sistema acusatório que vigora em nosso país – de dragar documentos de inquérito que estava com vista ao Ministério Público Federal para oferecimento de denúncia já faziam prever o que viria.

Um dia depois de conceder o prazo que se esgota na data de hoje, Vossa Excelência não esperou os esclarecimentos da defesa para decretar de novo a prisão do peticionário, com fundamento exatamente naquelas anotações sujeitas à interpretação!

Escancarado, desse modo, que a busca da verdade não era nem de longe a finalidade da intimação, a defesa não tem motivos para esclarecer palavras cujo pretenso sentido Vossa Excelência já arbitrou.

Inútil falar para quem parece só fazer ouvidos de mercador.

O peticionário deplora, isso sim, o rematado absurdo de se considerar anotações pessoais a si mesmo dirigidas, meras manifestações unilaterais de seu pensamento, como atos efetivamente executados ou ordens de fato passadas. Ainda que o conteúdo dos registros fosse aquele nascido das criativas mentes policiais, rematado absurdo, nada indica que eles de algum modo tiveram repercussão prática, ou seja, que foram de fato implementados ou determinados a terceiros.

De mais a mais, o relatório de análise condensa anotações inseridas no campo “tarefas” do programa Outlook ao longo do tempo, umas em sobreposição a outras, sem qualquer ordem cronológica, muitas delas inclusive com seu conteúdo cortado automaticamente pelo programa por limitações de espaço no campo em que digitadas.

Impressiona, igualmente, a dubiedade do discurso de Vossa Excelência. De um lado, quando intima a defesa, assevera que “tudo está sujeito à interpretação”. De outro, porém, antes mesmo de ouvir explicações, prende novamente quem já está preso dando por certo aquilo tudo que estava sujeito a interpretação!

Isto é: mesmo sem poder assegurar o sentido das anotações, e muito menos se elas surtiram efeito prático, Vossa Excelência não hesitou em empregá-las para o mais drástico propósito.

Ademais, esse ínclito Magistrado acabou por encampar o indecoroso uso que a Polícia Federal fez daquilo que a r. decisão tachou de “o trecho mais perturbador” das anotações.

Nos dizeres do relatório policial, quando o requerente escreveu “dissidentes PF”, ele estaria se referindo à Polícia Federal, e teria “a intenção de usar os ‘dissidentes’ para de alguma forma atrapalhar o andamento das investigações”. E mais: “se levarmos em consideração as matérias (grampos na cela, descoberta de escuta, vazamento de gás, dossiês) veiculadas nos vários meios de comunicação, nos últimos meses, que versam sobre uma possível crise dentro do Departamento de Polícia Federal, poder-se-ia, hipoteticamente, concluir que tal plano já estaria em andamento”.

A perfídia é inominável.

Às voltas com denúncias reportadas por seus próprios integrantes de que membros da Força-Tarefa teriam plantado uma escuta ilegal na cela de presos, e depois tentado acobertar fraudulentamente esse gravíssimo fato, o Delegado de Polícia Federal que assina o relatório do inquérito insinua que por trás disso estaria…o peticionário! E não só desse fato, como também de um “vazamento de gás” nas dependências daquele Departamento!

Ao que parece, quem tem um “plano em andamento” é uma parcela da própria Polícia Federal: expiar seus aparentes pecados à custa de MARCELO, para tanto subvertendo o sentido de palavras e adivinhando o significado de siglas na forma que lhe convém.

Aliás, será que Alberto Youssef, que desfruta de infinita credibilidade perante a Polícia, Ministério Público e esse MM. Juízo Federal, também faz parte do “plano em andamento” levianamente atribuído ao requerente?

Afinal, não custa lembrar que foi o eterno delator quem revelou a existência da escuta em sua cela, e afirmou categoricamente que sabia estar sendo monitorado desde o primeiro dia de prisão pela escuta que a Polícia Federal, até hoje, afirma que se encontrava desativada àquele tempo…

Ora, uma leitura minimamente neutra das anotações selecionadas pelo agente policial que figurou como analista destacaria também as inúmeras passagens que revelam a preocupação do peticionário em esclarecer sociedade e mercado, além de dar guarida a medidas de investigação independente e de apuração interna (Evento 124, Anexo 11, pp. 3, 4 e 8, por exemplo).

Preferiu-se, entretanto, tomar “LJ” por Lava Jato ao invés de Lauro Jardim, e “ações B” como providências do submundo, e não como alusões justamente à nota sobre a auditoria interna da Braskem publicada na mesma coluna:

Economia – Nova postura

Desde que as investigações, grampos, depoimentos de presos e delações premiadas foram envolvendo a Odebrecht na roubalheira da Petrobras, a empresa manteve uma postura imutável: negava tudo em comunicados escritos em tom peremptório, beirando o raivoso. Foram dezenas de textos escritos neste diapasão.

Agora, há algo de novo no ar. A Braskem, sociedade entre a Odebrecht e Petrobras, mandou à CVM um comunicado em que “à luz das alegações de supostos pagamentos indevidos para seu favorecimento em contratos celebrados com a Petrobras “, admite que “deu início a um procedimento de investigação interna”.

Certamente, não por vontade própria, mas por uma obrigação com o mercado de ações – não só brasileiro, pois a Braskem tem também ADRs negociadas na Bolsa de Nova York.

Informou também que contratou “escritórios de advocacia no Brasil e nos EUA com reconhecida experiência em casos similares para conduzir a investigação”. Não disse, porém, que escritórios são esses.

Por Lauro Jardim

Tags: Braskem, Lava-Jato, Odebrecht

Braskem: investigação interna

Enfim, uma vez oferecida a denúncia, e porventura recebida em parte ou na sua integralidade, cumpre respeitar-se daqui em diante o rito do Código de Processo Penal, reservando-se o interrogatório do acusado para o final da instrução.

Esse o contexto, além de lamentar que o empenho em se lhe aplicar pena sem processo tenha chegado a esse ponto, o peticionário requer o imediato desentranhamento dos autos do inquérito policial de informações, notas ou conversas privadas que não possuam relação com o caso, de modo a evitar a indevida exposição de terceiros alheios à apuração.

Requer ainda seja prontamente determinado à Polícia Federal que se abstenha de lançar, neste ou em quaisquer outros autos do sistema e- proc, documentos físicos ou eletrônicos sem prévia definição de pertinência com o objeto dos autos. Na eventual impossibilidade de assim se proceder, de rigor sejam gravados daqui em diante com grau mais elevado de sigilo os documentos carreados para os autos, na medida em que o nível atual de sigilo do processo eletrônico em tela não tem logrado impedir reiterados vazamentos na imprensa.

Termos em que,
Pede deferimento.

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23 respostas

  1. Eu entendi mal ou a advogada chamou a lava jatos de palhaçada e o moro de palhaço (pf e mpf incluidos)?
    Começou a debacle do judiciario brasileiro. Se eu fosse o odebrecht usava minha grana para perseguir o moro e toda a canalha da policia federal em curitiba. Ja deu pra notar que essa canalha tem verdadeiro pavor de serem denunciada em cortes internacionais por violação de direitos humanos. Passam a ser equiparados a lideres tribais africanos. Eles surtam. Eu se tivesse a grana do odebrecht ja tinha enfiado denuncias em todos os orgãos de controle do judiciario (mesmo que não aconteça nada). Metia processo por danos morais emateriai sem dono. em cada um dos palhaços da lava jatos.

    1. Registre-se que Moro É um palhaço de toga, juízes de verdade não se comportam como ele está se comportando.

  2. A advogada em momento algum foi desreipeitosa com o ministério público e muito menos com o juizo. Acontece que o produto das supostas investigações é de um ridículo infantilóide. Custa crer que pessoas normalmente engajadas em cargos de tanta responsabilidade, as produzisse. Cavocar emória de celular para ficar extraindo suposições tão estúpidas, faz-nos crer que o fizeram não por serem ineptos, mas o fizeram de propósito. Como assim? Ora, extraíram um montículo de suposições idiotas dado à premência de abastecer a mídia com alguma matéria comprida e confusa e aparentemente muito comprometedora contra a Odebrecht. Esta premência vem do fato de que o tempo urge e o setor seguinte da linha de montagem do golpe está esperando ansioso pelo material que teria de vir da prisão-Odebrecht para dar seguimento a seus trabalhos. Este material seria uma delação premiada, que de algum modo ou de alguma maneira comprometesse Lula e/ou Dilma, por mínimo que fosse este comprometimento. A lnha de montagem e a mídia se encarregaria de ampliá-la até às estrelas. A linha de montagem tem pressa antes que seu contra-mestre seja preso ou demitido. Acontece que a Odebrecht se movimenta de modo superior, até agora, apesar das ameaças de tortura, o que em sí já é uma tortura.

    Atentem para o seguinte fato, todos vocês, senhores legisladores e do judiciário. O Brasil não é um país que cobra minúcias em perfeição de funcionamento em nada. Vai avançando de modo impreciso, mas tem seu equilíbrio social interno muito bem estabelecido em instituições e normas centenárias. Ventanias midiáticas são passageiras. Se por alguma minúcia injustificável o eixo da democracia for quebrada, por obra de verdadeiros bandidos que desistiram do, ou nunca se adequaram ao embate político e empregam toda a sua inteligência e esperteza para tentarem chegar ao poder sem voto popular e baseados em pesquisas fajutas de seus próprios institutos de pesquisa, vocês todos que hoje se calam diante do avanço desta tempestade fascista serão responsabilizados.

    1. Se “serem responsabilizados” for levarem pau…tô dentro. A nossa menina Democracia e direito dos eleitos exercerem o mandato vencedor, “eles” não vão ESTUPRAR! Aguentamos 8 anos de roubalheira comprovada do Príncipe da Privataria e seus asseclas, vendendo e quebrando o Brasil por 3 vezes e os derrotamos democraticamente nas urnas. No golpe não levam…podem apostar.Nem com Moro, PF, MPF e PIG!

  3. Esta turma do paraná corrompe a constituição, corrompe o código penal, corrompe o processo legal, corrompe as garantias civis, corrompe os delatores, corrompe as informações e querem combater a corrupção?

  4. Finalmente alguém pôs o dedo na ferida. São tantas fanfarronices que qualquer letrado com segundo grau incompleto pode detectar o arbítrio imposto aos acusados.
    A bem do estado democrático de direito, Parabéns!

    1. Lamentavelmente tem gente escrevendo BRASIL com “Z”. Essa gente quer entregar o Brasil para os ianques!

      1. Eu mesma já escrevi Brasil com z, para que os verdadeiros brasileiros sinta o que será quando nos PERDERMOS O BRASIL para o outro continente. Vejam como vivem os panamenhos, hondurenhos, colombianos, paraguaios, povos que vivem como apátridas em suas próprias terras. Alguém imagina que os EUA vai desejar que os brasileiros tenham autonomia em sua própria terra?

  5. A partir do momento que direcionaram as investigações para Curitiba, começou a armação da máfia tucana. Após isso, o juiz tucano Moro, que tem estreitas ligações com Álvaro Dias e outros demotucanos, terminou de ser cooptado pela turma de malfeitores, com a premiação da Globo. O que vemos agora é uma perseguição política aos partidos aliados ao atual governo federal e, como sempre aconteceu, a conivência e cumplicidade de órgãos públicos e imprensa com seus aliados, os demotucanos.

    As empreiteiras envolvidas na Lava-Jato sempre apoiaram e mantiveram relações promíscuas com tucanos e seus aliados, são comparsas. Se enriqueceram por décadas a base de licitações ilícitas e contribuiram para que políticos demotucanos(PDS, PFL, PSDB, PP, PR) fizessem grandes fortunas. Agora, numa jogada de oportunismo barato e de má fé, querem jogar toda a responsabilidade em cima dos adversários. Cansamos de ser enganados! Essa operação é uma grande armação. Os que estão atuando nela trabalham por outros interesses que não os de combater a corrupção. Onde estão os picaretas demotucanos???

  6. O tucano juiz Moro está ligado a integrantes da máfia tucana, possui estreitas relações com Álvaro Dias que, por sua vez, é amigo e progenitor de Youssef. Além disso, acabou de ser cooptado pela não menos perigosa Rede Globo ao, como um pop star babaca e vislumbrado, recebeu um prêmio. Cansamos de ser enganados. Os grandes sócios dessas empreiteiras por décadas, os que fizeram grandes fortunas a custas de muita roubalheira e da fome do povo, são os demotucanos.

    P.S.: A advogada dos acusados faz parte também da armação e só serviu para empurrá-los para a delação, fugindo para Miami em seguida.

  7. Ministério público foi contaminado pela máfia demotucana. Está infestado por pessoas partidarizadas e que trabalham a favor de demotucanos. Vários outros órgãos públicos estão dominados por corruptos e partidários. Veja o caso do TCE de Minas com cumpincha de Aécio na presidência, a esposa de um dos maiores gangsteres da atualidade: Clésio Andrade . Quem irá investigar esse crápula e toda a corja tucana? Que irá prender ex-presidente da CEMIG, amigo de Aécio e outros???

  8. Mais uma vez: judiciário (incluso mp, minúsculos, mesmos!) é o pior Poder da República.
    Digo isto há tempos.

  9. Quando nós denunciávamos o uso do Dmínio do Fatoo para condenar gente sem provas, os endinheirados faziam cara de paisagem.Se um dos Marinho fosse preso, talvez veríamos a Rede Globo criticar os métodos da Justiça Brasileira.O Brasil tem sede de JUSTIÇA.

    Estamos desperdiçando a chance de liquidar a corrupção brasileira por causa da intenção essencialmente política das investigações.

    Que a defesa da Odebrecht não nos ouça, mas seu chefinho seria solto imediatamente se passasse a criticar o PT…

  10. Faz tempo que esse juiz de meia tigela se transformou num palhaço tucano e sua vara apesar de ter o numero 13 num circo , o pior é ver um cara desse fazer as suas pilantragens e o nosso corrupto judiciário fazer de conta que não vê , o tempo vai por essa gangue do Moro no seu devido lugar , a cadeia , juiz não é Deus e a imprensa golpista já perdeu o poder faz tempo.

  11. EM TEMPO$$$ FASCIGOLPISTA$$$, HORA DO RECREIO!

    Ó que engraçado:
    ‘as penas amestradas’ dos Marín(nhos) da GloboNews das organizações criminosas Globo do FIFALÃO &$ da sonegação bilionária especulam e se arvoram a desvendar o significado “de tudo que é sigla vazada da Lava Jato”!
    Exceto, sobretudo, “umazinha”!
    A sigla JS!
    Incrível!
    A mesma sigla providencialmente (sic) ocultada por uma “indecifrável” tarja preta!
    RESCALDO: o perigo é se ‘as penas amestradas’ a $oldo dos Marín(nhos) passarem a especular que JS é a abreviatura de Jô Soares!
    Pausa para rir!
    Ademais, a caixa registradora não pode parar: plim plim!
    Jornalismo ou entretenimento delinquente?!…

  12. Justiça, agentes secretos em missões especiais, políticos, empresas criando comitês pela libertação desse ou daquele país,assessores financeiros e técnicos em petróleo são ingredientes e tanto, ainda mais quando retratam fatos que realmente aconteceram. Nunca consegui assistir o filme Syriana completo,com direção do americano Stephen Galghan. É bem complexo o filme, mas deixa a realidade do lava jato a descoberto, se ousarmos comparar algumas falas de personagens da ficção com as falas da republiqueta do Paraná.Anbição, traição, delação ou deduragem, como queiram, é um show de deliquência política, reunião de péssimos caráteres, onde tudo se resume a uma só palavra: negócios. Umas poucas frases selecionadas do filme são suficientes para comparar com a situação de caos vividas nesse momento por ” nós. Quando o agente da CIA que caiu em desgraça procura um poderoso num restaurante, ouve o seguinte: “Nessa cidade você é inocente até ser investigado”. Quando um promotor vai atrás de um empresário que está sendo acusado de corrupção, o fulaninho se defende dizendo: ” A corrupção é boa para o mercado, é boa para nós, americanos. É a corrupção que nos faz vencedores.”.Em relação às delações,o promotor exige mais nomes para investigar, o delator diz: Se você cavar um buraco, você encontra um corpo. Se cavar mais fundo, pode encontrar quatro ou mais corpos.” Quem é dedurado, é descartado, notem só a semelhança. Quase no final, depois de várias tragédias e mortes , no discurso de premiação de um empresário texano sujo atá a alma, ligado aos negócios do petróleo, diz triunfal: “O cliente verdadeiro snomos nós, o povo americano.”
    Perdi ainda o ínicio do filme, vou rever.

  13. Abaixo a impunidade!
    O Brasil mudou! Hoje corruptos e corruptores estão indo para a cadeia e seus bens sendo confiscados. Agora precisamos de uma grande mobilização, um abaixo assinado com milhões de assinaturas para que o combate à corrupção inclua todos os partidos, todas as empresas, inclusive as de comunicação, todos os políticos, juízes etc. Que o combate à corrupção seja compatível com o lema: “Brasil – Um país de todos.”
    Os procuradores que hoje compõem a força tarefa da operação Lava Jato formavam um grupo, na década de 90, conhecido como “Tuiuiús”, que, no governo de Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, combatiam ferozmente o Procurador Geral da República, Geraldo Brindeiro, nomeado por FHC, conhecido como “Engavetador Geral da República”. Lamentavelmente, esses procuradores que cobravam o combate à corrupção no governo de FHC, hoje, na operação Lava Jato, fazem investigação seletiva, por exemplo blindando, deixando de fora, a era FHC na Petrobrás e eximindo de investigação os parlamentares do PSDB.
    No governo de FHC, a Procuradoria Geral da República, os serviços públicos, MPF, a Polícia Federal estavam esvaziadas e inoperantes em todos os sentidos, principalmente por falta de renovação dos quadros, dada a inexistência de concurso público. Na Polícia Federal, por exemplo, a imprensa denunciava os carros parados por falta de gasolina e os telefones cortados por falta de pagamento. Agora a história é outra, o governo federal deu estrutura material e os órgãos investigativos gozam de ampla autonomia, o tempo dos engavetadores acabou!
    Mas ainda precisamos de um amplo abaixo assinado e uma grande mobilização para acabar com setores impunes no país.
    Por exemplo, a única empresa de peso investigada por corrupção é a Petrobrás. Por que não investigar outros também?
    A Globo está envolvida em sonegação por não ter pago o Imposto de Renda da transmissão da Copa do Mundo de 2002; também é a principal suspeita na corrupção da Fifa. Seu sócio, na TV TEM, de São Paulo, é réu confesso no escândalo da FIFA; a Globo possui também conta no HSBC da Suíça, no escândalo conhecido como Swissleaks, contas essas para lavagem de dinheiro.
    O grupo Gerdal, um dos maiores do país, teve seu proprietário, Jorge Gerdau, citado como maior envolvido no escândalo conhecido como Zelotes (esquema ilegal para reduzir ou cancelar dívidas com o Fisco). O escândalo Zelotes envolve valores muito maiores do que a corrupção na Petrobrás. Segundo matéria da revista Carta Capital, de 12/04/15, esse escândalo envolve cifras quatro vezes maior que o da Petrobrás.
    Furnas é apontada pela existência de um escândalo conhecido como a “Lista de Furnas”. Nessa lista, envolvendo mais de cem pessoas entre juízes e políticos, o ex-governador Aécio Neves do PSDB é denunciado por ser o controlador de uma das diretorias de Furnas, e de receber propina através de sua irmã.
    E não é só isso, precisamos nos mobilizar para acabar com a impunidade no país para alguns setores imunizados. O caso da impunidade do PSDB, por exemplo, lembra aquela série na TV “Vale a Pena Ver de Novo”, pois os parlamentares do PSDB ficaram de fora do julgamento da AP 470, conhecido como mensalão, com o agravante de que o mensalão tucano foi anterior ao do PT. O mais triste é que enquanto parlamentares de outros partidos, principalmente do PT, foram presos, os do PSDB nem sequer julgados foram e os crimes estão prescrevendo. E agora, no Lava Jato, assistimos à mesma novela do mensalão, ou seja, a blindagem do PSDB, já que os ex-governadores de Minas Gerais, do PSDB, Aécio Neves e Antonio Anastasia, foram citados em delação premiada e estão livres leves e soltos. Enquanto isso, grandes empresários, políticos de vários partidos presos e nenhum tucano na gaiola.
    É verdade, nunca antes neste país assistimos a corruptos e corruptores indo para a cadeia. Agora precisamos acabar com a impunidade de alguns!
    Brasil – um país de todos.

    OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

    Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).

    Rio de Janeiro, 28 de julho de 2015

    http://emanuelcancella.blogspot.com.br/

  14. Achei incrível como a imprensa se portou quando ele disse sobre “anular LJ”. Se for a LavaJato é horrível, mas controlar um colunista (CENSURA) pode, parece até coisa comum, por isso não mereceu destaque… TRISTE!!

  15. Achei ótimos não só o texto genial da defesa da Odebrecht como a estratégia de enfrentar e não se submeter ao juiz de Guantánamo.

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