Sabe-se pouco sobre as causas do vazamento de óleo que emporcalha 2 mil km de praias nordestinas.
Mas estamos vendo muito sobre aquilo que está fazendo com que o Estado brasileiro não cumpra o seu dever e combater e mitigar os efeitos deste desastre imenso, que não é só sobre o meio-ambiente, mas sobre a economia do Nordeste, à beira de iniciar sua temporada turística.
Não é preciso mais que citar um estudo do Ministério do Turismo em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), de 2013, que aponta as atividades ligadas ao turismo como responsáveis por 9,8% do PIB da região.
Tal como aconteceu com as queimadas na Amazônia, observou-se uma completa incapacidade de reação. ausência absoluta de coordenação e, pior, uma perversa tentativa de ideologização de um desastre.
Passamos quase um mês sem nenhum tipo de alarme nacional e, a seguir, mais uma quinzena atrás da bobagem de que “o óleo veio da Venezuela”, o que qualquer pessoa deveria saber que é uma impossibilidade, dado o sentido das correntes marítimas e do regime de ventos dominantes da região nordeste.
Muita gente, inclusive este blog, mostrou que seria impossível que um vazamento na Venezuela andasse na “contramão” do mar e do ar para chegar até o litoral do Nordeste. O modelo computacional feito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, reproduzido aí em cima detalha o obvio, mostrando que a origem do óleo é o alto-mar, justo na região onde se concentram (pontos escuros) as rotas de navegação da região atlântica, à altura do Saliente Nordestino.
Portanto, o óleo veio de um navio e, por isso, importa pouco para enfrentar o vazamento de onde tenha sido extraído, mas sim quem o transportava.
Depois, passamos ao “mistério dos barris” sem que haja, um mês após eles darem à praia com seus rótulos bem legíveis, com o numero do lote e a data de enchimento perfeitamente claros, uma resposta da fabricante, a Shell, informação sobre para quem foram vendidos. Mesmo que o comprador não seja o responsável, sempre devem haver registro de quem recebeu e reutilizou os barris e qual embarcação pode ser a responsável do seu lançamento ao mar.
Que tenha vindo a público, nada sobre isso.
Se foi um vazamento durante transporte ou transbordo de petróleo não comunicado é praticamente impossível saber, mas é absolutamente necessário agir.
Por fim, vem o palpite presidencial de que o óleo é para “sabotar” megaleilão do nosso pré-sal, marcado para o próximo mês. Fundamento da denúncia? “Eu acho, talquei?”
Agora, quase dois meses depois da detecção das primeiras manchas de óleo, outra coisa fica clara: o governo brasileiro não tem a menor capacidade de coordenar esforços diante de um acidente de grandes proporções e desta natureza.
O óleo começou a dar à praia no dia 2 de setembro e só agora se começa a perceber um número maior de pessoas – e muitas delas voluntárias – dedicado à recolher o material.
A primeira nota da Marinha a respeito só veio a público no dia 27 de setembro e o inquérito para apurar o caso foi aberto um mês depois dos primeiros avistamentos.
Extintos por Bolsonaro, órgãos que integravam o Plano Nacional de Contingência para Incidentes de Poluição por Óleo em Água (PNC), criado em 2013, desfalcaram a reação estatal ao desastre, sem falar que o Ibama sobre, desde o início de governo, um processo de desmonte.
Enquanto isso, a turma do “Mito tem sempre razão” diz que não se protesta contra o vazamento como se protestou contra as queimadas.
O governo faria a fineza de dizer contra quem se deve protestar?
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Seguindo a linha do bozo é possível pensar então que o ocorrido tenha sido para sabotar o NE na alta temporada de Turismo. Afinal ele não gosta dos nordestinos ( paraibas) porque eles são Lulistas( comunistas) e então nada melhor do que destrui-los.
Falando serio: quando é que teremos um governo de fato no Brasil? Até agora somente fanfarronice, corrupção alaranjada, entreguismo descarado, jogo dos ricos contra os pobres e mais nada, exceto o apoio luxuoso de 90% da mídia que se locupleta com verbas para promover o fanfarrão Minesio.Que falta faz Lula!!!!
Era o que eu ia dizer. O governo não foi o responsável pelo vazamento, mas com absoluta certeza é o responsável tanto pela extinção de órgãos, como pela completa incapacidade de reação e ausência absoluta de coordenação. Tudo que esse governo sabe fazer e sempre faz com incrível rapidez é ideologizar os problemas, culpando a esquerda, o comunismo, o PT, enfim, o pacote de sempre.
E devem estar mesmo comemorando o prejuízo que o Nordeste vai ter com o turismo, porque eles só governam para seus aliados. Eles pensam que governar um país é um jogo onde o governo, ao invés de governar para a nação e para a população, favorece seus aliados e sabota seus opositores. Jogo onde, cedo ou tarde, todos perdem.
E o Sul Maravilha não perde por esperar: a turma dos brothers, que levou destruição e morte ao Alaska e ao Golfo do México, está chegando para furar o pré-sal quase de graça e levar seus passaportes para o futuro - quanto mais canudinho e frenesi, melhor.
Esse tipo de visão só enfraquece o debate. Por essa lógica o afundamento da P-36 poderia ser argumento contrário à sua lógica.
Não entendo o que quer dizer. Não discuti de onde o óleo foi extraído, porque não seia menos danoso de fosse árabe ou do Texas. Isso importaria se tivesse vazado na extração. Vazando em transporte, importa qual navio e armador foi. O atraso e a precariedade no combate às consequencias, sim, estes estão bem determinados e claros.
Se teu comentário diz respeito ao Brito, a resposta dele já está aí. Se for resposta ao meu comentário e pelo que pude entender dele - que um desastre ambiental no mar do Sul Maravilha pode ser causado pela PetrobraX do entreguista FHC (caso P-36), agora retomada e piorada pelo lesa-pátria Bolsonaro -, em que isto diminui a possibilidade das oil sisters and brothers internacionais repetirem aqui o que fizeram no Alasca e no Golfo do México? Difícil entender tua lógica terraplanista de defesa das petroleiras internacionais.
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PS: O próprio Fernando Brito, aqui no Tijolaço, já desmascarou, há poucos anos, um desastre ambiental já ocorrido no mar do Sul Maravilha pela Chevron, que andou testando criminosamente enfiar uns canudinhos no nosso solo marinho, no que foi uma amostra até pequena do que pode vir por aí no território neo-colonial em que o bolsonarismo e suas criminosas milícias civis e militares transformaram o país, com suas proteções ambientais totalmente esfrangalhadas.
Isso quem pode ver é a bosta da Marinha com ajuda de pescadores q circulam pela regiao
Kkkk so fala merda, seus comentarios sao mais negativados que o português do weintraub. Cai fora da esquerda, vai procurar sua turma de nazistas, seu ridículo. Vaza, dá linha, xo, passa, cao sarnento.
E pensar que os irmãos Kock e seus comparsas tiveram de gastar milhões de dólares ao largo de décadas em lobby e em guerrilha política e ideológica através de suas "doações" a entidades "sem fins lucrativos" ou "objetivos políticos" (o famoso dinheiro nas sombras dos think tanks que move a política nos ultimos 50 anos daquele pais). Aqui bastou meia dúzia de baguas das araucárias, uma dúzia estelionatários mirins e um senador ex-governador candidato derrotado em eleições presidenciais "italiano" da Mooca. Mais barato impossível.
E a filhota é uma da mais ricas do BRASIL....É foidis...
Governo entreguista, governo sabotador, governo destruidor, governo do Coiso, o troço nojento e imundo chamado Bozo, vulgo Jair Messias Bolsonaro. Este ser abjeto merece o mesmo destino de Mussolini (ele e sua corja de oportunistas). Esse troço é inimigo da humanidade e tem que ser julgado urgentemente pelos crimes que vem cometendo contra a humanidade.
Brito, mais uma vez muito brilhante seu artigo sobre esta questão.
Corrija, por favor, no antepenúltimo parágrafo "(...) sem falar que o Ibama sobre, desde o início de governo, (...), que imagino deva ser substituído por "sofre". Assim, tudo fica perfeito. Parabéns!
E condizente com seu artigo, Brito, sobre a inoperância "premeditada" do governo quanto aos vazamentos de óleo nas costas nordestinas, a Central Unica da Pesca, sediada em Recife, reproduz vídeo abaixo sofre a defesa voluntária (e forçosa) dos atingidos pela tragédia ante a inépcia dos órgãos do (des)governo federal.
https://twitter.com/i/status/1185245501060452354
https://twitter.com/i/status/1185347049660792832
Ambos foram replicados pelo twitter de Leando Barbosa e, o segundo, pelo Portal DCM.
de onde vem o petróleo? ..de que BACIA ? é do BRASIL ? Há controle de produção ? é possível o CONTRABANDO sem que haja inspeção e controle das autoridades ? Afinal, como se dá a contabilização destas riquezas em prol do país e se, SE estivermos diante de ROUBO de óleo ?
Vc não acha que tb seriam reflexões válidas ainda mais que BUROCRATAS totalitários estão privatizanado BILHÕES de barris com potencial de suprir o planeta pelos próximos 50 anos diante das perspectivas geológicas já conhecidas ??
Tenho repulsa de gente que ainda apóia este lixo que desgoverna esta terra. Triste fim para um país chamado Brasil, que agoniza, sendo que brevemente ainda poderá ser esquartejado, dada a sua fraqueza, a estupidez e ignorância de grande parte de seu povo, que permanece deitado eternamente em berço esplêndido.
Brito, essa sim é uma matéria à altura do Tijolaço. Foi cirurgicamente ao âmago da questão. Realmente o mais impressionante é a total inépcia do governo em dar combate às consequências do derramamento. O governo exige total prontidão dos empreendedores mas ele mesmo está totalmente despreparado para combater eventos dessa magnitude.
O Bozo tem ir pra Bahia e procurar o Jaches Wagner e mandar fazer um descarrego. Primeiro foi as consequência funesta de Brumadinho, em seguida as queimas do Amazonia e agora este derrame de óleo nas praias do Nordeste.
O Bozo só dá fora. Vai ser azarado na pq´. Talvez seja talvez para que em torno de uma multidão eles falam : Bolsonaro, vtnc.
Não se diz que o óleo é DA VENEZUELA, mas sim que "TALVEZ" seja de "ORIGEM VENEZUELANA", por ser de natureza similar ao que é extraído naquele país. Há uma grande diferença conceitual aí. O óleo pode simplesmente ter vazado de um navio venezuelano (ou de outro país qualquer), não se afirmou em momento algum que ele tenha vindo do território ou da plataforma continental do país vizinho... Quanto à arte apresentada, ela está correta, mostrando o movimento das duas correntes oceânicas (Equatorial Sul e a Do Brasil) que vêm paralelas desde a África e divergem próximo a Fernando de Noronha... No acidente em alto mar, no meio do Atlântico, a Corrente Do Brasil poderia levar o óleo para Pernambuco, Alagoas e Bahia, enquanto a Sul Equatorial o conduziria para o Nordeste Setentrional (Ceará, Rio Grande do Norte, etc.). Fernando de Noronha, que fica no meio, não foi atingida, e deveria ter sido a primeira a ser... Se o óleo vazou na região marítima entre o arquipélago e o continente, o óleo deveria ter seguido em apenas um sentido, ou Sul ou Norte. Se fosse um vazamento acidental ou mesmo um afundamento de navio, COM CERTEZA ele teria sido reportado mas, e se foi um vazamento premeditado, uma sabotagem?... Não quero levantar nenhuma suspeita, mas a GUIANA FRANCESA, está prospectando petróleo desde o começo do ano, e a bacia petrolífera ali é a mesma da Venezuela, ou seja, o petróleo deve ser de tipo similar. Teve esse "affair" recente de Macron com Bolsonaro... Sei não...
felizmente o povo nordestino ajudou como pode. enquanto isso uns ficam inventando teorias sobre a origem.
A sabotagem foi da parte do eleitorado que escolheu esse energúmeno presidente.
Você acaso ajudou?
Continuamos achando que este óleo pode ter vindo de algum acidente nas ilhas de Ascensão ou Santa Helena ou nas rotas marítimas que por lá passam e vão até as Ilhas Malvinas, outra possessão britânica nas proximidades da Antártida.
Elas, sobretudo Ascensão, têm grande importância estratégica para britânicos e americanos. Ascensão abriga importantes bases militares e gigantescas estações de monitoramento de informações do Hemisfério Sul. Situa-se no meio do Atlântico entre o Brasil e a África, bem no centro deste rastro de correntes mostrado pela ilustração da postagem, em plena área de influência das correntes marítimas que de lá vêm ao Nordeste e por essa razão, embora seja possível que nada tenham a ver com este caso misterioso, são naturalmente suspeitas deste derramamento de óleo que certamente não vem de um único navio que tenha jogado ao mar a sujeira de seus porões.