Os documentos da delação de Pedro Barusco

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Organizei, para o leitor, os documentos que contêm a íntegra da delação premiada de Pedro Barusco.

O primeiro documento traz detalhes sobre as cláusulas legais do entendimento entre o Ministério Público e o réu.

Documento 1 – Cláusulas.

A advogada é a onipresente Beatriz Catta Preta. A mesma que negociou acordos semelhantes para Paulo Roberto Costa e para Julio Camargo. Pode não ser nada, mas não é um bom sinal, porque sinaliza uma ação “combinada”.

O segundo documento traz todas as provas apresentadas pelo réu: tabelas, notebook, folhas com anotações.

Documento 2 – Provas.

O terceiro documento passa a ser numerado, é o Termo de Colaboração número 1. É aí que vem as tabelas, entre elas, as que trazem siglas e seus significados, segundo Barusco.

Termo de Colaboração 1.

São bem estranhas.

1) My Way refere-se à música de Frank Sinatra, My Way. Corresponde a Renato Duque, ex-diretor de serviços da Petrobrás.

2) Mars corresponde a marshal (marechal em inglês): é usada para João Ferraz. Não explica o porque do nome.

3) Sab é Sabrina, e refere-se a ele mesmo, Pedro Barusco, que tinha uma namorada com esse nome.

4) MZP é Muzamba, e refere-se a Eduardo Musa. Não explica o porque do nome.

5) Por fim, a sigla que provocou a bomba na imprensa: MOCH, de mochila, que correspondia, segundo Barusco, ao tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, porque ele sempre andava de mochila.

Daí seguem os Termos de Colaboração 2,3,4,5,6 e 7.

Termo 2
Termo 3
Termo 4
Termo 5
Termo 6
Termo 7

No Termo 3, ao final da página 6 e começo da 7, encontra-se a “estimativa” de Pedro Barusco para o total das propinas recebidas por Vaccari:

ScreenHunter_5515 Feb. 07 10.06

 

 

A coisa é bem absurda, porque o PT seria o único partido do mundo a organizar, quase que abertamente, propinas para o partido político enquanto partido. Uma espécie de “apropriação revolucionária”.

Digo quase que abertamente porque Barusco diz, com toda a desenvoltura, que Vaccari recebia “em nome do PT”. Repete isso várias vezes em seu depoimento, como que instigado pelos interrogadores.

Em geral, propinas são destinadas para o enriquecimento ilícito do corrupto, como era o caso de todos os valores denunciados por Barusco, inclusive, e principalmente, para ele mesmo.

Essa é a corrupção “do bem”, uma corrupção privada, conforme explicou um colunista da Globo. A corrupção do PT é “do mal” justamente porque se destina a um partido.

Mas aí não é preciso provas. Basta um delator.

Barusco afirma não saber como o pagamento era feito a Vaccari, nem apresentou nenhuma prova, nenhum documento que contenha qualquer transferência, no exterior ou no Brasil.

Para todas as outras propinas, o réu dá detalhes, sobretudo para as pagas a Renato Duque, seu superior. Barusco diz que recebia propinas em nome de Duque no exterior, e o pagava em cash, dentro da empresa, de 30 a 50 mil por mês.

No termo 3, à página 4, Barusco faz ainda uma revelação intrigante:

 

ScreenHunter_5516 Feb. 07 10.19

Quer dizer, antes das regras que impõem conteúdo nacional, havia, segundo Barusco, uma espécie de “cartel”, e que “toda a iniciativa no mercado nacional era repelida”.

Isso se dá, evidentemente, antes dos governos Lula, que introduziu as regras para conteúdo nacional assim que assumiu. É interessante porque sinaliza duas coisas gravíssimas: 1) o pagamento de propinas de um cartel, para agentes públicos, 2) com objetivo de paralisar o desenvolvimento de qualquer tecnologia nacional.

Outro trecho do depoimento de Barusco que não mereceu destaque nos 20 minutos que o Jornal Nacional dedicou ao assunto fala das origens da corrupção na Petrobrás. Está no Termo 3, à página 2:

1997

 

Observe bem o que diz Barusco: “(…) o pagamento das propinas também perdurou por longos anos, enquanto o declarante ocupou o cargo de Gerente de Tecnologia de Instalações entre 1995 a 2003.”

É impressionante que um sujeito que passou a vida inteira roubando possa agora posar de heroi da mídia, ficar livre, leve e solto, após delatar, sem provas, um partido político.

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36 respostas

  1. As teclas deste piano chamado PT estão desafinadas. O único músico capaz de afiná-las é o Mastro Lula…que apesar de ter um dedo a menos…tem técnica suficiente para tocá-lo com distinção. O problema é saber se o “músico” está a fim de tocar. Sabem como é, músico é cheio de mania.

  2. O que me causa mais espécie é a primeira palavra escrita no formulário: CONFIDENCIAL. Se houvesse Ministro da Justiça neste país, O(s) SUBORDINADO(s)que vazou/vazaram o documento seria(m) severamente punido(s).

  3. VEJA, ESTA REVISTA ANTI-BRASIL, REVELA JUSTAMENTE A ESTRATÉGIA DAS FORÇAS MALIGNAS DE OPOSIÇÃO AO PT, QUE ERA TENTAR OFUSCAR O BRILHO DAS COMEMORAÇÕES DOS 35 ANOS DO PARTIDO DOS TRABALHADORES. MAS COM CERTEZA OS TRABALHADORES NÃO VÃO CAIR NO CANTO DELES ATÉ PORQUE SABEM QUE OS PARTIDOS POLÍTICOS SÃO CONSTITUÍDOS POR PESSOAS E PESSOAS ERRAM, E AQUELAS QUE ERRAM TEM QUE SER PUNIDAS PELOS SEUS ERROS, A REGRA DEVERIA SERVIR TAMBÉM PARA O PSDB, QUE VEJA E TODO PIG DEFENDE. PELO MENOS NO PT QUEM ERRA É DENUNCIADO E PAGA CARO, E O PARTIDO, O PT, CONTINUA A SUA LUTA EM DEFESA DOS TRABALHADORES E DOS BRASILEIROS. VIVA O PT! A PETROBRAS! E O BRASIL!

  4. A criação de , após o mais recente chamado ” mensalão “, um novo simulacro da verdade elaborado pela mídia . Ao repeti-lo mil vezes ,
    pretendem transformá-lo no real . A palavra chave , mãe das representações , personagens , simbologias , sinais , etc… , para o verdadeiro jogo do poder é COMUNICAÇÃO , que se não for plural e democrática , nos condena a eterna manipulação . O pior é que , tudo está dando a entender , a presidenta faltou a esta aula.

  5. Miguel e demais comentaristas, uma pergunta:
    .
    Quem era o Diretor de Exploração e Produção da Petrobras em 1997, no governo FHC, quando o bandido Pedro Barusco, que lá ‘trabalhava’, diz que começou a sua carreira de crimes na Petrobras?
    .
    Lembrando que o outro bandido, Paulo Roberto Costa, também ‘trabalhava’ na mesma diretoria à época.
    .
    O diretor não terá sido um dos que processaram Paulo Francis? Será que a quadrilha, na época, se resumia aos dois bandidos?

  6. Volta um pouco na história da formação da sociedade brasileira e vê a origem dessa gente que compõem a nata da justiça, da PF, do MPF, das famílias dominantes da grande imprensa, aí então você encontra a causa de toda essa ira contra um governo que mudou a cara do Brasil.Toda essa elite burra são lacaios dos EUA, que não vê o que eles fizeram com o México, com a Venezuela e toda a America Central e não se conformam em ser derrotados por um operário sem escolaridade,por um índio, que estão mostrando como se governa para todos. Há de se perguntar, por que o mesmo país com o mesmo povo, com o mesmo território agora se desenvolvem e ainda faz caixa com reservas de dá inveja as grandes potências mundo a fora e antes pediam esmola?

  7. Moral da história:

    #########################

    Corrupto confesso, Pedro Barusco terá liberdade após denunciar PT

    06/FEB/2015 ÀS 13:29

    Um dos maiores corruptos confessos da história do Brasil, Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras, que rouba desde 1997, no governo FHC, fechou um excelente negócio: pagará uma pequena multa diante da extensão de seus crimes e terá direito à liberdade

    (…)

    FONTE: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2015/02/corrupto-confesso-pedro-barusco-tera-liberdade-apos-denunciar-pt.html

    #################

    Moral?!

    E ‘nois’?!

    Um “lote” de ‘bananas’!

  8. FALA PREMIADA

    Por delação, Barusco se sujeita a regime aberto e multa de R$ 3,2 milhões

    Por Felipe Luchete – para o Conjur

    Prisão em regime aberto, prestação de serviços à comunidade, relatórios bimestrais e multa de R$ 3,2 milhões. Essas serão as penas aplicadas ao ex-gerente de serviços da Petrobras Pedro Barusco, caso seja condenado. Ele aceitou firmar delação premiada para apontar a existência de fraudes em contratos da empresa. Os termos do acordo foram divulgados nesta quinta-feira (5/2), quando o juiz federal Sergio Fernando Moro avaliou que o sigilo não era mais necessário.
    (…)

    FONTE: http://www.conjur.com.br/2015-fev-05/delacao-barusco-sujeita-regime-aberto-multa

    ####################

    ‘Bananas’:

    somos ou não somos?!

  9. Cadê as provas da delação? corrupção das propinas das privatizações que é tema proibido pelos jornalões é corrupção boa porque se destinou ao bolso de Verônica Serra e Burghois.

  10. Fernando,

    Bloqueia essa tal de Luiz Gonzaga com penacho de índio dos comentários, pois o mesmo não passa de um troll canalha. Ele vive no blog 247 xingando e ofendendo as pessoas, sempre com os mesmos toscos argumentos contra a corrupção do PT, a ditadura bolivariana e outras bobagens. Basta ir lá e conferir..

  11. O Barusco disse que a corrupção na petrobras é institucionalizada. Disse também que existe desde o gov. fhc.
    Então, quem institucionalizou a corrupção na petrobras?
    Com a palavra o próprio Barusco ou o Merval.

  12. Beatriz Catta Preta ver que é especialista de delação premiada contra PT…. RECOMENDO ler sobre essa figura e como age em BH CUJO PAI FOI INDICADO POR aecio PASRA SER DESEMBARGADOR

  13. O que há em comum em todos os delatores da Lava Jato:

    Todos tentam incriminar um partido, sem apresentar provas.

    Tudo isso acontece ao mesmo tempo em que as evidências apontam na direção contrária.

    O julgamento está politizado, e a mídia em geral está acobertando esse fato, dando credibilidade a denúncias vazias com o simples intuito de por na cabeça dos brasileiros, que o PT não presta.

    Isso não é golpe. Isso é manobra de massas, algo bem pior, estão alienando o povo pra que na hora do golpe, não ocorra nenhum tipo de resistência.

    Não vai acontecer golpe agora, afinal de contas, tirar a Dilma é dar ainda mais poder ao PMDB (Temer + Cunha, amarrados até a morte), FHC deu a dica: “Neste momento o impeachment não é matéria de interesse político”, a famosa teoria do sangramento 2.0 em prática.

    1. “Isso não é golpe. Isso é manobra de massas, algo bem pior, estão alienando o povo pra que na hora do golpe, não ocorra nenhum tipo de resistência.”

      Por Alexandro Souza

      Síntese esplêndida!

      Parabéns!

      E o que poderá ser mais trágico e condoído:

      as massas – além de não resistir (numa atitude de indiferença) – participarão ativamente do movimento de ‘desentronização’ do [“absolutamente corrupto”] governo petista!

      E as massas, na trincheira, ao lado “dos imaculados homens de bem deste país”!…

  14. Beatriz Catta Preta ESTÁ POR TRÁS DESSAS DELAÇÕES DESTINADAS AO PT NA QUAL ELA É ESPECIALISTA

    FERNANDO PROCURE SABER QUEM É E FICARAS ABISMADO COM A ARMAÇÃO. Temos de agradecer ao mensalão que agora a historia se repete como farsa e sabemos como e quem

  15. Estamos assistindo o mesmo filme do dito ” mensalão “. Judiciário, PIG e a direita, entreguista do Brasil, fazem todo o roteiro para criminalizar e destruir o PT. Agora é para colocar a Dilma e o Lula no chilindró e deixar o Brasil para eles entregarem aos seus patrões nacionais e internacionais. E o que faz o governo e o PT? Nada. Espera pelas sentenças, já preparadas. Nunca pensei que o PT e este governo fosse tão covarde e incompetente. Apenas uma pergunta; o que ainda faz o senhor Zé Cardoso no ministério da Justiça???? Como diz o Nassif, quando a Dilma e o governo acordarem, se é que vão, tem delegado de Curitiba com algemas para todos.

  16. É preciso pensar uma estratégia para enfrentar decisivamente a grande mídia bandida, mercenária e os canalhas golpistas. O governo Dilma e o PT, ao que parece, estão aguardando o fim das investigações. Enquanto isso o Juizo conduz o processo com morosidade de modo a causar o maior desgaste possível à Petrobrás, ao governo e ao PT. Observe que o depoimento do gerente criminoso, corrupto, Barusco foi colhido em novembro/14 e somente agora veio a público, como sempre, numa 5ª feira de modo a alimentar a mídia golpista bandida durante o final de semana. Essa corja pensa que engana os brasileiros. Quanto à condução coercitiva descabida do sr. Vacari foi mais um ato ignóbil dessa justiça desprezível. A pseudo operação “lava jato” é uma tragicomédia onde um criminoso corrupto, ladrão confesso, de repente vira herói e vai ficar fora da cadeia, ao acusar sem provas, um partido histórico, que mudou o Brasil. Essa palhaçada já está cansando a nossa paciência. Esses empregados do serviço público, que pensam que são importantes, deviam ter vergonha na cara e deixar de ser vassalos da direita oligarca dos tempos do onça. Estão dando boa vida aos criminosos e criminalizando falsa e porcamente o PT. A mídia bandida, vil e manipuladora, juntamente com os canalhas reacionários, golpistas, não vencerão! Vamos à luta!

  17. A oposição não pode mostrar o seu projeto, porque é antinacional, aí apela para o ódio, diariamente, criminalizando o PT, com o apoio da mídia e da lavajato… Sem dúvida é o mesmo “esquema” usado na Síria, na Líbia, no Afeganistão… tanto que os EUA , UE, Israel… financiam o estado Islâmico para gerar desordem… nos países onde o Petróleo e o gás estão em discussão… no Brasil é a partilha do pre sal que incomoda. Logo, a onda de ódio + os homens contratados pela oposição , aos moldes dos que vão lutar na Ucrânia, já devem estar em São Paulo, Paraná e Santa Catarina…Aos que desejam uma Ucrânia aqui no Brasil… devem seguir os ditames da mídia.

  18. Esse negócio de “delação premiada” é antigo. Jesus Cristo foi vítima da tal Delação premiada. Tiradentes também (Joaquim Silvério dos Reis obteve isenção fiscal como “pagamento”).

  19. http://br29.com.br/leviano-empreiteiras-da-lava-jato-foram-as-mesmas-que-atuaram-em-mg-no-governo-aecio/
    Leviano? Empreiteiras da Lava Jato foram as mesmas que atuaram em MG, no governo Aécio
    O líder do governo na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Durval Angelo, se reuniu nesta sexta-feira (6) com o Diretório Nacional da sigla para discutir os rumos do partido e comemorar os 35 anos de sua fundação; o parlamentar comentou as denúncias de corrupção na Petrobras e aproveitou para falar sobre a auditoria que está sendo feita no estado em relação às gestões tucanas: “elas são estarrecedoras”

    (Por Ivan Longo, de Belo Horizonte via portal Metropole)

    O Partido dos Trabalhadores (PT) comemora, nesta sexta-feira (6), 35 anos de sua fundação. Um grande ato, que deve acontecer no Minascentro a partir das 18h, em Belo Horizonte, foi preparado para a militância. Mas, antes, líderes partidários do Diretório Nacional, incluindo o ex-presidente Lula, vão se reunir com o intuito de discutir as comemorações e, principalmente, os rumos do partido diante da crise aberta com as denúncias de corrupção na Petrobras.

    Com previsão para começar no início desta tarde, a reunião, realizada no Hotel Ouro Minas, contará com a presença de lideranças de todos os estados. Durval Angelo, deputado estadual da sigla e líder do governo Pimentel na Assembleia de Minas Gerais, já está no local. O parlamentar, feliz por comemorar os 35 anos do PT, afirmou que denúncias de corrupção mancham a imagem do partido e que a única solução, diante dessa situação, é colocar em prática o princípio de verdade e transparência que, segundo ele, rege a sigla.

    “Eu acho que só tem um jeito de melhorar a imagem do partido: a verdade, as coisas têm que ser transparentes. Na ultima reunião do Diretório Nacional, nós definimos e publicamos um documento aprovado por unanimidade que qualquer membro do partido comprovadamente envolvido em corrupção tem que ser desfiliado.

    Ao mesmo tempo, o PT é o único partido que tem um código de ética, aprovado no último congresso nacional do partido”, afirmou, ponderando, contudo, que é a favor de todo e qualquer tipo de apuração e punição para os responsáveis, inclusive em casos de corrupção na estatal que, de acordo com os delatores, já aconteciam antes das gestões petistas.

    “Todos os depoimentos dos diretores mostram que a corrupção serviu aos governos FHC ou até anteriores, mostrando que esse esquema é uma tônica permanente na Petrobras, o que é lamentável que tenham continuado no período do PT. Eu acho que a Comissão Parlamentar de Inquérito tem que acontecer. Eu assinaria, entraria na comissão e pediria a apuração, inclusive do período anterior. E a atual presidente já disse: doa a quem doer”, ressaltou.

    Tucanos na Lava Jato

    O deputado petista, ainda que defenda a punição de eventuais membros do seu partido envolvidos em casos de corrupção, aproveitou para ressaltar que o PSDB compactuou com o mesmo tipo de escândalo e que não deve passar impune.

    “Alguém vai achar que essas empreiteiras só fazem corrupção na Petrobras? Foram as mesmas que construíram aqui a Cidade Administrativa, que fizeram as grandes obras em Minas Gerais…Ou será que só pagavam propina a governos vinculados ao PT ou parlamentares do PT?”, analisou.

    Durval Angelo foi além e adiantou que o governo de Fernando Pimentel está realizando uma série de auditorias em contas das gestões anteriores em Minas Gerais, afirmando que tem “certeza absoluta” que empresas investigadas na operação Lava Jato atuaram em esquemas de corrupção compactuados com o governo do senador Aécio Neves (PSDB).

    “Se vocês olharem as auditorias que estão sendo feitas em Minas Gerais, eu tenho certeza que não vão ter o mesmo destaque por ser o Aécio Neves e o PSDB. Eu, como líder do governo, não estou autorizado a divulgar as auditorias, mas elas são estarrecedoras. Como também em outros estados, e a gente vai ver que são as mesmas empreiteiras que estão envolvidas na Lava Jato. Agora, o PT não é um partido que agrada as grandes elites nesse país, inclusive as elites que controlam os meios de comunicação”, afirmou.

    Leviano

    Marcos Pestana, deputado federal e líder do PSDB em Minas Gerais, rebateu as acusações do parlamentar petista. Seguindo os mesmos traquejos do correligionário Aécio Neves, Pestana afirmou que Durval Angelo, em suas declarações, é “leviano”. “O deputado não pode medir todos por sua regra e seu compasso ético. Não tente transformar todos em iguais, somos diferentes. É preciso ser responsável na divulgação de informações. Não é possível jogar ao vento acusações graves como essas”, disse.

  20. Incrível que as pessoas não se dão conta do que significa em termos de volume um valor desses. Carregar em mochilas? Deve ser brincadeira. Essa é muito pior que crer que cem mil dólares cabem em uma cueca!

  21. Luiz Gonzaga
    Bom mesmo era no tempo de FHC. A roubalheira comia solta e você não dava um pio, né seu canalha?

    1. Apoiado! Esses vândalos de hoje, que vão para a porta das pessoas proferir insultos não teriam coragem de fazer o mesmo na porta dos generais torturadores.

  22. So tem um jeito de dar um back no pig, globo, band e SBT, e arrumar um acordo com a Record, e fazer matérias como a própria record fez contra a globo, lembram quando a record fez guerra contra a globo, e a unica saída. mostrando as noticias verdadeiras, mostrando aquilo que as emissoras do pig não mostram, como esta que foi postada aqui.

  23. O mais ridículo de tudo é golpistas mandar um bi leitinho para a globo e lido por dois empregados da mesma no noticiário do jornal sensacional de sábado dia 07/02/2015 ás 08:00, negando o que o marginal de carreira de terno e gravata Pedro barusco disse. Que estava envolvido em propina na Petrobras desde de 1997. porque um golpista que chama aposentados de vagabundo, levou o Brasil ao fmi por mais de duas ou três vezes e vendeu o Brasil através das privatizações, sai correndo as presa para se justificar?
    Se a operação lava-jato for a fundo e deixar de lado o ódio , o roncou e a prepotência, não tem justificativa de golpista que venha esconder a verdade na Petrobras desde de 1997.Perguntar não ofende, quem era o presidente do Brasil na data citada? com a palavra os golpistas.

  24. Denúncias
    Paulo Moreira Leite: Por que FHC cruzou os braços à denúncia de Paulo Francis?
    Por que FHC cruzou os braços?

    por Paulo Moreira Leite, em seu blog

    Hoje capaz de pedir punição dos mais altos hierarcas na Lava Jato, Fernando Henrique cruzou os braços em 1996, quando Paulo Francis denunciou corrupção na Petrobrás e seu governo poderia virar alvo

    Confesso que ando cada vez mais espantado diante das homenagens a Paulo Francis em função das acusações de corrupção na Petrobras, feitas em 1996, no programa Manhattan Conection.

    A convicção generalizada é que Francis estava absolutamente correto em suas denúncias e, ameaçado por um processo de US$ 100 milhões na Justiça de Nova York, acabou sofrendo um enfarto que provocou sua morte. Em função disso, não paramos de ouvir elogios à sua visão como jornalista e à sua argúcia como analista. Mas se Francis falou a verdade, a pergunta real é saber por que nada se fez diante do que ele disse, o que transforma as homenagens de hoje num caso exemplar de silêncio e covardia, a espera de uma investigação responsável e exemplar.

    Em 1996, o país tinha um presidente da República eleito, Fernando Henrique Cardoso, empossado há dois anos no Planalto, com apoio da mais fina flor do baronato brasileiro — e até uma fatia potentados internacionais. Tinha um vice, Marco Maciel, que trazia o apoio do mundo conservador do PFL e dos herdeiros da ditadura. Também tinha um ministro das Minas e Energia, Raimundo Mendes de Brito, afilhado de Antônio Carlos Magalhães, vice-Rei da Bahia. Na Polícia Federal, encontrava-se Vicente Chelloti como diretor. O procurador geral da República era Geraldo Brindeiro, que logo faria fama como engavetador.

    Nenhuma dessas autoridades veio a público para esclarecer as acusações, fosse para mostrar que Paulo Francis tinha razão, ou para dizer que estava errado. Ninguém correu riscos, não fez perguntas, nem trouxe respostas, nem confrontou Joel Rennó, o presidente da Petrobras que entrou com ação na Justiça contra o jornalista porque se considerou ofendido pelas acusações.

    Paulo Francis falou a verdade? Mentiu? Exagerou? Estava de porre? Não sabemos.

    A gravação está disponível na internet. Referindo-se a contas secretas na Suíça, Paulo Francis fala com o desembaraço de quem está fazendo delação premiada para o juiz Sergio Moro. Diz que “todos os diretores da Petrobras têm conta lá.” Alguns jornalistas presentes dão sorrisos maliciosos. Nada que lembre a indignação de hoje. Um deles adverte, sem que se possa ver seu rosto: “olha que isso dá processo…” Em outro depoimento, também disponível na internet, Paulo Francis afirma que os diretores da Petrobras são muito queridos na Suíça, onde têm contas de 50 e 60 milhões de dólares.

    Fernando Henrique Cardoso não deixou sequer um palpite sobre o caso. Estimulado por José Serra, o presidente mobilizou-se para convencer Joel Rennó para desistir da ação.

    E a denúncia?

    Se hoje FHC enche o peito para dizer que a Justiça deve fazer aquilo que os militares não podem mais, sem poupar os “mais altos hierarcas”, eufemismo para chegar a Dilma e Lula, não custa perguntar por que se calou quando tinha vários instrumentos do Estado na mão. Se hoje as denúncias são uma forma da oposição tentar atingir Dilma, em 1996 e 1997 era seu governo que poderia se tornar alvo.

    Não havia nada para ser investigado, nem para com auxílio da Justiça da Suíça?

    Soube-se ontem que, em 1997, o ano em que Paulo Francis morreu, o gerente da Petrobras Pedro Barusco, que, em 2015, se tornaria um dos personagens principais do inquérito da Lava Jato, já tinha um bom cargo na empresa. Naquele ano, passou a receber, além do salário e demais benefícios legais, uma propina mensal entre US$ 20 000 e US$ 50 000 de uma empresa holandesa com interesses específicos na área sob seus cuidados.

    Em 1998, pouco depois dos primeiros pagamentos feitos a Barusco, os interesses privados, que no mundo inteiro são a mola principal de iniciativas de corrupção em empresas estatais, ganhavam novo impulso na Petrobrás. Neste caso, FHC teve um papel fundamental.

    Num decreto assinado por Fernando Henrique Cardoso, e preparado pela subchefia para Assuntos Jurídicos da Presidência da República, cujo titular era Gilmar Mendes, hoje ministro do STF, aprovou-se a criação de um “procedimento licitatório simplificado da Petrobrás”. O texto do decreto 2.745 pretendia agilizar os investimentos da empresa, o que não está errado, por princípio.

    Mas o procedimento “simplificado” está na origem intelectual do hoje célebre “clube das empreiteiras,” denunciado em tom de escândalo.

    Haviam se passado apenas dois anos da acusação de Paulo Francis e a alteração ocorrida não foi pequena. Em vez de submeter as obras milionárias da empresa as disputas duras e complicadas de uma licitação pública, autorizou-se a chamada de interessadas pelo sistema de carta-convite, o caminho mais fácil para a seleção de amigos e exclusão de inimigos. É uma situação tão escandalosa que nunca faltaram críticas ao decreto e mesmo ações questionando sua legalidade. O decreto do “clube das empreiteiras” mantém-se em vigor através de liminares. Uma delas, ironicamente, foi concedida pelo próprio Gilmar Mendes, que, já como ministro do STF, julgou o trabalho da subchefia que estava sob sua guarda quando servia ao governo FHC.

    Em vários países, as empresas estatais, particularmente de petróleo, vivem uma situação contraditória. De um lado, expressam a vontade política de soberania nacional — que justifica sua existência — diante de reservas de valor estratégico. De outro, são alvo permanente de pressões do setor privado, interessado em transferir ganhos em escala formidável para seus cofres particulares. O resultado é um universo de muita tensão.

    A PDVSA venezuelana foi ocupada, historicamente, pela elite econômica do país, aquela que é conhecida por manter um patrimônio maior em Miami do que em Caracas. Depois da posse de Hugo Chávez, cuja vitória criou uma situação política inédita, a alta burocracia da empresa tornou-se aliada da oposição conservadora e chegou a tentar promover um golpe de Estado, impedindo a distribuição de petróleo num país onde o mais refinado produto local é a cerveja e depois o refrigerante.

    Na Itália, a estatal ENI servia para enriquecer as campanhas da Democracia Cristã e do Partido Socialista, num tempo em que o Partido Comunista era o demônio da Guerra Fria. Após a Mãos Limpas, ocorreu um desfecho que vale como advertência ao que pode se passar no Brasil, quando se recorda que o modelo de trabalho do juiz Sergio Moro foi a operação italiana: a ENI foi privatizada — e não há dúvida de que os escândalos e o trabalho de jornais e revistas ajudaram a adoçar a ideia.

    Num país onde a Petrobras sempre foi alvo de ataque feroz por parte do empresariado conservador e seus aliados externos, após a democratização não houve um governo que não tivesse enfrentado uma investigação em torno de desvios e irregularidades. (É certo como 2+2=4 que havia esquemas sob a ditadura, mas nunca vieram a público).

    Em 1989, no governo de José Sarney, a descoberta de um milionário esquema de desvios que levou ao afastamento do presidente da BR Distribuidora e seu principal auxiliar. Em 1992, uma tentativa de intervenção de PC Farias na direção da empresa levou à saída do advogado Luiz Octávio da Motta Veiga, que preferiu ir embora em vez de atender aos pedidos do tesoureiro de Fernando Collor.

    A ideia de que os esquemas de corrupção na Petrobras nasceram a partir de 2003, com a chegada de Luiz Inácio Lula da Silva no Planalto, é falsa mas tem uma utilidade política óbvia: ajuda a transformar uma operação policial num instrumento de destruição política, cujo alvo final é o governo Dilma Rousseff e o Partido dos Trabalhadores. Também permite acobertar responsabilidades passadas, o que é sempre conveniente em campanhas de moralismo seletivo. Mas o preço é apagar a memória histórica, o que impede qualquer debate sensato sobre o caso.

  25. Miguel, quando irá disponibilizar estes documentos no slidshare? creio que seja completo né? quero guardar estes documentos. aliás, todos atente para algo importante, todos estes documentos, referentes a lava jato, os depoimentos dos “colaboradores” deveremos guardá-los todos em local seguro, pois após o golpe de estado que se avizinha, o futuro Ditador Aécio Neves, irá mandar dá sumiço em todos e os “colaboradores” serão enviados para o exterior para não dar com a lingua nos dentes, vocês me entendem né ;)
    abraços!

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