Os impuníveis

Estadão e UOL publicam hoje que o Ministério da Justiça anulou o processo administrativo disciplinar que concluíra pela suspensão por oito dias o delegado federal Mário Moscardi Grillo, por haver conduzido de forma torta a sindicância que apurava a colocação de um grampo ilegal na cela do doleiro Alberto Youssef, ainda nos primórdios da Lava Jato.

Nem é notícia nova, porque há exato um mês Marcelo Auler o noticiou, explicando todo o embrulho que, afinal, vai “ficar por isso mesmo”

Na Veja, retrata-se o recurso de Deltan Dallagnol contra a fraquíssima punição que o Conselho Nacional do Ministério Público lhe impusera, por chamar de “panelinha” e de estimuladores da “leniência” três ministros do STF, alegando que depois das quatro ações que interpôs para adiar o julgamento, o caso estaria prescrito.

Num e noutro caso, os defensores das punições açodadas, os críticos dos recursos protelatórios, os homens que denunciam a morosidade e a impunidade saem, afinal, ilesos.

O filme cada vez mais tem novo nome: sai o “A lei é para todos” e fica “A lei é para os outros”.

Fernando Brito:

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  • DOIS DELINQUENTES.
    SÓ DOIS, DA IMENSA QUADRILHA DE GOLPISTAS SAFADOS.

  • Como disse João, em Apocalipse: haverá o tempo em que o errado tomar-se-á como certo e o certo será compreendido como errado.
    Tempos difíceis.

  • Todo agente da CIA é um canalha por definição.

    Canalha não pensa em lei, pensa apenas CANALHICE!

  • Volto a dizer: de nada adiantará a histeria anti-moro se a estrutura da Lava-Jato for mantida. Há um número imenso de substitutos à altura da baixeza do ex-juiz, o Judiciário brasileiro padece da contaminação pelo preconceito social e demofobia há muito tempo, e se continuarem disponíveis os meios não faltarão operadores do arbítrio togado. A operação se desvirtuou há muito, hoje está irremediavelmente comprometida e precisa ter o destino da Castelo de Areia e da Satyagraha. A limpeza pode assar o marreco, mas não limitar-se a ele, sob o risco de encararmos a ira redobrada da casta de intocáveis, de posse das armas autoritárias que sempre empunharam. E, aí, com o apoio dos desmiolados que sonham com regimes de força bruta como playgrounds da própria truculência.

  • A melhor coisa desse novo brazeell é q máscaras estão no chão.
    O impecável caríssimo judiciário, q só tinha o pecado de ser caro e moroso, mostra q em primeiro lugar é um dos lufares q mais q pratica corrupção, q, no antigo Brasil, era exclusivo dos políticos.
    Está sendo mais fácil "descriminalizar" a política criminalizado os outros. Vai brazeeellll

  • E ele nem precisava impetrar tantos recursos.
    Bastaria ter pedido desculpa ao ser parça, o ex-juiz!

  • Ele espera obter absolvição da parte do mesmo STF que ele ofendeu? Hahahaha... só rindo.

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