Os impuníveis

Estadão e UOL publicam hoje que o Ministério da Justiça anulou o processo administrativo disciplinar que concluíra pela suspensão por oito dias o delegado federal Mário Moscardi Grillo, por haver conduzido de forma torta a sindicância que apurava a colocação de um grampo ilegal na cela do doleiro Alberto Youssef, ainda nos primórdios da Lava Jato.

Nem é notícia nova, porque há exato um mês Marcelo Auler o noticiou, explicando todo o embrulho que, afinal, vai “ficar por isso mesmo”

Na Veja, retrata-se o recurso de Deltan Dallagnol contra a fraquíssima punição que o Conselho Nacional do Ministério Público lhe impusera, por chamar de “panelinha” e de estimuladores da “leniência” três ministros do STF, alegando que depois das quatro ações que interpôs para adiar o julgamento, o caso estaria prescrito.

Num e noutro caso, os defensores das punições açodadas, os críticos dos recursos protelatórios, os homens que denunciam a morosidade e a impunidade saem, afinal, ilesos.

O filme cada vez mais tem novo nome: sai o “A lei é para todos” e fica “A lei é para os outros”.

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18 respostas

  1. Como disse João, em Apocalipse: haverá o tempo em que o errado tomar-se-á como certo e o certo será compreendido como errado.
    Tempos difíceis.

  2. Volto a dizer: de nada adiantará a histeria anti-moro se a estrutura da Lava-Jato for mantida. Há um número imenso de substitutos à altura da baixeza do ex-juiz, o Judiciário brasileiro padece da contaminação pelo preconceito social e demofobia há muito tempo, e se continuarem disponíveis os meios não faltarão operadores do arbítrio togado. A operação se desvirtuou há muito, hoje está irremediavelmente comprometida e precisa ter o destino da Castelo de Areia e da Satyagraha. A limpeza pode assar o marreco, mas não limitar-se a ele, sob o risco de encararmos a ira redobrada da casta de intocáveis, de posse das armas autoritárias que sempre empunharam. E, aí, com o apoio dos desmiolados que sonham com regimes de força bruta como playgrounds da própria truculência.

  3. A melhor coisa desse novo brazeell é q máscaras estão no chão.
    O impecável caríssimo judiciário, q só tinha o pecado de ser caro e moroso, mostra q em primeiro lugar é um dos lufares q mais q pratica corrupção, q, no antigo Brasil, era exclusivo dos políticos.
    Está sendo mais fácil “descriminalizar” a política criminalizado os outros. Vai brazeeellll

  4. E ele nem precisava impetrar tantos recursos.
    Bastaria ter pedido desculpa ao ser parça, o ex-juiz!

  5. Quanto a suspensão da punição ao delegado, é bom lembrar que o Ministério da Justiça é comandado pelo maior gângster da atualidade que é Sergio Moro.

  6. Eu duvido que em qualquer outro país, em qualquer época da história, pessoas tão insignificantes tenham se tornado tão poderosas, quanto ocorreu com essa escória da “república de Cu ritiba”. Um país gigantesco e riquíssimo, sob o império desses Zé Ninguém.

  7. E os Coxas Paneleiros leem essa notícia com os pipizinhos durinhos, e depois pensam: meu sonho é passar num concurso!

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