Os microcéfalos

aedes

O “panelaço” contra a fala de Dilma Rousseff na TV – mesmo dizendo que não iria falar de política ou economia, mas apenas do combate ao vírus zika que, segundo os Centros de Controle e Prevenção do Governo Ameicano, atinge 30 países e agora, possivelmente, o próprio território americano, com um possível caso de transmissão sexual – foi tão pequeno quanto a capacidade intelectual dos que o promoveram.

A epidemia, disse hoje Alejandro Gaviria, o ministro da Saúde da Colômbia, devidamente direitista e ex-ministro do Planejamento  do “governo-modelo” do conservadorismo, o de Álvaro Uribe diz hoje que a expansão da doença nada tem  a ver com os sistemas de saúde dos países atingidos.

Não têm, mas terão, porque o tamanho da epidemia terá a ver com a capacidade dos governos e da população de combaterem a proliferação do mosquito, do atendimento primário e  – imaginem se é uma autoridade brasileira que diga isso – diz o que falou o ministro colombiano Uribe ao Estadão:

“Gaviria sugeriu que os casais que estejam pensando em filhos adiem o plano, orientou habitantes das áreas mais altas a não visitarem a regiões mais baixas e desaconselhou viagens a outros países com focos da infecção. Defendeu que uma gestante tem direito de abortar, em decisão conjunta com um médico, se enxergar na gravidez de uma criança com microcefalia um risco para sua saúde mental.”

Estaríamos em um clima de galhofa, de um lado, com piadas sobre sexo, bloqueios na Rio-Teresópolis e, de outro lado, uma ofensiva de pastores desejando obrigar mulheres a darem a luz – que é, aliás, um direito delas –  a crianças microcéfalas.

Há, porém, outro tipo de microcéfalos, não no sentido da atrofia física da massa cinzenta,  mas da amputação de capacidade de pensar  o suficiente para deixar os ódios políticos fora das questões de saúde pública.

Foi o que fizeram na noite de ontem, felizmente em proporções não de epidemia, mas apenas de surto.

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17 respostas

  1. Caro FB
    Se houve panelaço, onde moro, nada aconteceu, mas deve ter havido, em outros lugares, geralmente os chiques, e via mídia ganho, uma proporção gigantesca sempre em prol contra o governo, que é a meta principal dos canalhas e seus lacaios.
    Dizem que Marx morreu, os mesmos do panelaço, mas quantas evidências ocorre.
    Se acirrará mais ainda, afinal, é ano de eleição e 2018 já está ai.
    Saudações

  2. Fernando, aqui no prédio onde moro na zona sul do Rio apenas uma criatura bisonha ensaiou bater panela por duas vezes, achando que seria seguida pela manada de microcéfalos. Como essa criatura desprezível foi ignorada até pelos seus pares coxinhas, caiu no ridículo e recolheu sua panela ao devido lugar. Fora isso, dava para escutar até os barulhos de grilos tamanho o silêncio. Convenhamos, tem que ser muito pobre de espírito para fazer politicagem com uma doença, o que prova que a microcefalia já grassava por essas bandas antes do vírus Zika.

  3. Eu nunca vi ou ouvi panelaço. Ontem durante o discurso da presidente, eu estava num restaurante no interior de SP, local de refeições de trabalhadores da construção civil em grande parte, todos assistiram com atenção, sem pregar os olhos e em silêncio. depois do discurso, todos no estabelecimentos começaram a comentar sobre o assunto. Será que estas pessoas são loucas ou o Brasil é coxinha? Temos que parar de dá IBOPE a esses fascistas de bairros de classe alta da capital paulista, pois são uma MINORIA com complexo de MAIORIA.

  4. Aqui no centro de Curitiba eu não ouvi panelaço, só fiquei sabendo que tentaram algum por meio do blog. Talvez haja experança para os curitibanos?

  5. No meu bairro em Brasília tava um mini panelaço. Tive a impressão de ser uns 3 ou 4 imbecis aquoi perto de casa, ninguém deu bola.

  6. Moro na Asa Sul de Brasília, área de classe média mais ou menos besta, e não ouvi barulho de panela. Creio que a mídia amplifica o que ocorre em prédios isolados. A mídia brasileira é, sem dúvida, o maior agente de desinformação e violência em nossa sociedade.

  7. Também não vôo panelaço nenhum onde moro. Parece que, além de a direita ser incapaz de colocar pessoas na rua, agora ela não consegue fazer os cozinhas sequer saírem do facebook, pegarem uma panela e baterem na janela

  8. Não ouvi nada aqui na minha região, na cidade de SP. Fiquei sabendo por outras pessoas que um punhadinho de imbecis lascou os cascos contra os fundos de panelas lá para os lados de uma região classe média do Morumbi.

  9. O que importa não é o panelaço e sim se a panela saiu de uma cozinha Kitchens, a marca preferida pelas empreiteiras que reformam sítios e triplex sem dono. Quer dizer, já nem sei se é assim, pois no triplex o malandro já está na terceira versão e, pelas declarações do Gilberto Carvalho, parece que eles desistiram de tentar mentir sobre a propriedade do sítio. É como dizem os policiais, aperta o vagabundo que ele vai mudando a versão e acaba entregando. E, aproveitando: e o Renan, hem?

  10. Tem Ernestos e Broncos que deveriam assumir o nome que lhes e dado em Portugal: “PANELEIROS”…e, tambem, os bate panelas do Brasil…Paneleiros.
    Vejam no Google.

  11. Em BH no meu bairro, região centro sul, uns 4 ou 5 idiotas bateram panelas e um carro buzinou quando passava na rua.
    Isto é o que restou dos paneleiros.

  12. Foi um surto ou soluço de um bandozinho de imbecis paneleiros microcéfalos. Todos idiotas midiáticos. Falando sério, espírito publico eles nunca tiveram; são os dignos representantes da casa grande e assim continuarão os pobre coitados. O assunto de surto da doença é sério e preocupação mundial. O mosquito não tem ideologia e não escolhe quem vai atacar. Já no Brasil alguns desvirtuam e politizam o tema, inclusive aquela deputada paulista mal educada que se nivelou ao Paulinho sem força e meia dúzia de deputados que deveriam estar no grupo escolar para aprender boas maneiras.

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