Os teóricos do gerontocídio

A Folha, usando os dados do Ministério da Saúde, publica que, dada a prevalência entre os mortos, na maioria idosos por coronavírus ser de cardiopatas, hipertensos e diabéticos, sugere que os “especialistas” usarão estes dados para moldar as ordens restritivas de isolamento social.

Teme-se – e não sem razão – que isso seja a “deixa” para o tão sonhado “isolamento vertical” desejado pelos bolsonaristas: isolar os velhos, à espera da loteria da morte.

Eles são improdutivos, previdenciários, causadores do déficit do INSS e, afinal, nem pouco úteis à máquina do “dinheiro acima de tudo”.

Aliás, o que já se adotou na reforma previdenciária.

Será que vamos adotar o método mental de Jair Bolsonaro, que diz que o problema da Itália é como o de Copacabana, “está cheia de velhinhos”?

Não assisti nada mais parecido ao nazismo.

Nada mais próximo de tornar os hospitais e as UTI uma espécie de forno crematório viral.

Os bolsonaristas, empresários da aventura, dizem que “vamos isolar os nossos idosos”.

Como se fosse possível separar ou eliminar o contato com os velhos ou se gente não idosa não fosse morrer pela falta de estruturas onde sejam cuidado.

Razões pseudocientíficas sempre sustentaram os genocídios. É a fatalidade ou a necessidade, como numa Esparta do dinheiro.

Não são, apesar disso, razão que se levante em qualquer lugar do mundo, porque é, sem disfarces, nazista.

Não há possibilidade de que a comunidade médica e científica vá assumi-la .

Muito menos nossos filhos e netos o farão.

As sociedades poderosas, desde Roma, ou antes, somam a energia dos jovens à experiência dos velhos.

Não somos monstros como os que nos governam.

Fernando Brito:

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  • "Não somos monstros como os que nos governam."
    Ou somos?
    Ou, são???

  • O primeiros a serem isolados são o Capitão Chifrudo que tem quase 70 anos, e todos os generais do governo que estão nessa faixa ou até mais alta.

    • Quinta feira o Nassif comentou sobre isso,a partir de um artigo postado no site defesa.net.Hoje chega a informação da Argentina ,por meio do excelente jornalista Verbitski .
      Nada que surpreenda.Eles (os fardados) não podem deixar seu filho mal parido ( O GOLPE) morrer nas mãos do miliciano

  • Falam abertamente e descaradamente, como a induzir o restante da população a não se sentir importunada pelas mortes dos velhinhos. Somos um país sem rumo que caminha para o ocaso. A escuridão nos aguarda. Não existe futuro para uma nação que não valoriza as gerações mais antigas.

  • Esse virus maldito tería que ser seletivo,pegar só os canalhas.Com certeza o número de mortos no Brasil sería imenso.

  • Tá difícil. Parte da sociedade também não está querendo colaborar plenamente. É até difícil entender porque ainda não explodiu o número de vítimas. Porque o de infectados pode já ser gigantesco. Conheço uma família onde três pessoas tiveram os sintomas, menos os respiratórios, em casa e se curaram naturalmente. Acho impossível, considerando as certezas científicas que se tem até agora, prever o que acontecerá.

  • Tá difícil. Parte da sociedade também não está querendo colaborar plenamente. É até difícil entender porque ainda não explodiu o número de vítimas. Porque o de infectados pode já ser gigantesco. Conheço uma família onde três pessoas tiveram os sintomas, menos os respiratórios, em casa e se curaram naturalmente. Acho impossível, considerando as certezas científicas que se tem até agora, prever o que acontecerá.

  • Éh! Já estão ensaiando a criação de um campo de concentração para 25.000.000 de velhinhos. O governo é nazi-facista, o mercado é nazi-facista, 90% da elite também é nazi-facista. Não falta mais nada. Só uma canetada. E ainda vão colocar no campo de concentração os beneficiários do BPC, moradores de rua...

  • Terraplanistas fora, o que falta um pouco agora é desenhar o que aconteceria mesmo que o vírus não matasse ninguém, ninguém mesmo. O problema persistiria, portanto a discussão de mortes, por mais desgaste que traga, ainda não vai ao ponto. Vinte porcento de infectados precisando de hospital não é pouca coisa, com ou sem morte é um colapso a contornar. Os números têm sido gentis conosco. Mérito dos governadores e da população. Poderia melhorar, mas diante da ameaça calamitosa representada pelo pseudoargumento econômico, continuar assim já seria uma vitória.

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