O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha – ele próprio envolvido em crimes ambientais – acha que são “desinformação e sacanagem” as reações sobre criação de uma área para a exploração mineral na Amazônia, segundo disse ao site Poder360.
É forçoso reconhecer que há, sim, “desinformação e sacanagem”, mas não nas reações: na ação do Governo Temer em liberar para registro de lavra (mineração) a área da agora extinta Reserva Nacional de Cobre e Associados, a Renca.
Pode-se dizer tudo dos governos militares e especialmente de sua eminência parda, o General Golbery do Couto e Silva.
Ele esteve no centro da criação da reserva, no início dos anos 80, por conta do interesse da petroleira British Petroleum (BP), então também focada na exploração mineral. Os militares suspeitavam de um acordo entre a empresa inglesa e o lendário Daniel Ludwig, famoso pelo desastroso “Projeto Jari” – próximo à Reserva.
A “desculpa” de que o decreto “não altera a legislação ambiental” é, sim, “desinformação e sacanagem”.
É verdade que ficam protegidas dos mineradores, em tese, as terras indígenas as de unidades de conservação de proteção integral. Mas estas duassimam apenas 25% da extinta reserva ( 10,45%e 15,05%, respectivamente).
Isso que dizer que o ato de Temer abre 75% por cento dos 46 mil km² de floresta à mineração.
E mineração, na Amazônia só não tem impacto ambiental para quem trabalha com “desinformação e sacanagem”.
O decreto de Temer abre as áreas, ponto. Dizer que “não afasta a aplicação de legislação específica sobre proteção da vegetação nativa, unidades de conservação da natureza, terras indígenas e áreas em faixa de fronteira ” é um pleonasmo, porque para afastá-las seria preciso revogar leis, o que um decreto não tem poder de fazer.
Mas elas só se aplicam a um quarto da área, como se viu. E olhe lá, porque exploração ao lado de área indígena ou de conservação têm também impacto sobre elas.
A outra desculpa de Padilha, de que há mineração ilegal e devastação da floresta, francamente, é de cabo-de-esquadra.
Estas atividades, em áreas protegidas, existem, mas não em grande escala, a maior dificuldade de seu enfrentamento é a dispersão e o acesso difícil e não serão os agentes destes prejuízos os que não se meter em grandes e complexos processos de licenciamento ambiental.
Os autores da extinção da reserva, certamente, não têm nenhuma desinformação. Mas em matéria de sacanagem, estão cheios.
6 respostas
Não sei como anda o mercado, mas vender o patrimônio do povo deve render uma boa comissão. Se vender baratinho a comissão deve ser maior ainda.
É ou não é um bom negócio?
A maior sacanagem é o povo brasileiro ainda não ter enforcado esses Quintas Colunas,traidores da Nação Brasileira.
Isso sim é uma tremenda sacanagem.
Imaginemos que as leis fossem cumpridas (“iguais pra todos” como diz cinicamente o tal filmeco).Agora imaginemos que a Justiça (sic)
brasileira merecesse e honrasse o pomposo nome. Por fim, posto tudo isso, imaginemos onde estaria hoje esse tal de eliseu q..padilha .
Esse Padilha é mesmo bandido, safado e lesa pátria.Dá uma de João Sem Braço, tentando esconder um traiçoeiro do golpista Temer que extingue uma Reserva Nacional de Cobre e outros associados minerais amplamente e estrategicamente protegida e amparada por uma legislação de 1984 (decreto nº DECRETO Nº 89.404, DE 24 DE FEVEREIRO DE 1984 oriundo do governo militar de João Figueredo que no seu “Art. 2º. Os trabalhos de pesquisa destinados à determinação e avaliação das ocorrências de cobre e seus associados na área descrita no artigo 1º caberão, com exclusividade, à Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais – CPRM, que os executará com recursos próprios ou oriundos de convênios firmados com o Grupo Executivo para a Região do Baixo Amazonas – GEBAM” .remetia a CPRM a exclusividade nos trabalhos de pesquisas e avaliações sobre ocorrencias das descobertas de cobre e seus associados.E o disposto no seu ” Art. 3º. As concessões de lavra das jazidas de cobre e minerais a este associados, na área sob reserva, somente serão outorgadas às empresas com que haja a CPRM negociado os resultados dos respectivos trabalhos de pesquisa, na forma do Decreto-lei nº 764, de 15 de agosto de 1969, com as alterações introduzidas pela Lei nº 6.399, de 10 de dezembro de 1976.” É claro que o governo Temer de forma irresponsável e lesa pátria, a exemplo do Pré-Sal escancara nossas riquezas aos capitais estrangeiros a preços vis e às condições que eles impuserem.Estamos diante de uma situação absurda, um país como Brasil governado por pessoa não nascida no solo pátrio doando, leiloando e praticando o laissez-faire aos olhos impotentes, abobalhados e caolhos ou estrábicos, dos atuais militares que não se dignam a pedir explicações ou esclarecimentos dessas ações(extinção da reserva) que os seus antigos chefes em 1984 por razões estratégicas e nacionais implementaram.Não sabemos mais a quem recorrer… Será que os nossos militares estão com medo do presidente drácula?Eles têm medo de assombração?
Excelente argumentação!
Está tudo perdido! É o fim! O Ministro corrupto e ladrão dizendo que é sacanagem “contestar” o roubo do Temer à luz do dia em benefício de seu quadrilhão cujo comandante é o quadrilheiro Padilha, o arquiteto e planejador da ladroagem e assaltos aos cofres públicos e riquezas da naçåo. Chego à conclusão que nossas instituiç?es: PF, MPF, STF, deixam o Padilha solto durante o dia para que ele possa planejar, organizar e assessorar as práticas criminosas contra a Nação, em benefício direto ou indireto das citadas instituiç?es.Padilha no meio ambiente é como o Vampiro custodiando o banco de sangue!