Pandemônio na pandemia

Dediquei o vídeo desta semana no TV Afiada – salve, Paulo Henrique Amorim! – aos conflitos entre Jair Bolsonaro e Luiz Henrique Mandetta e ao que ela nos legou: a ameaça diária de que se afrouxe mais o que já está para lá de frouxo: as medidas de isolamento social.

Assista e repasse, é preciso manter a pessoas com a consciência de que só mantendo alta nossa guarda é que temos chance contra este vírus.

Exatamente o contrário do que faz, infelizmente, o governo Bolsonaro.

Fernando Brito:

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  • No Japão, o Asahi Shimbun faz duro editorial contra o primeiro ministro. Entre muitas críticas, finaliza dizendo que ele tem mesmo um histórico de esconder fatos importantes. Exige que documentos sejam preservados, para o bem das futuras gerações....Parecido com alguém?
    Só o finalzinho do editorial:

    http://www.asahi.com/ajw/articles/13280642
    ********
    The Abe administration has a track record of concealing and obfuscating information it doesn't want the public to know.

    The prime minister is now being tested on whether he is capable of speaking openly to the public--even about dismal forecasts--and living up to his responsibility.

    The government has designated the pandemic as “a historic emergency,” requiring the taking of minutes and the preservation of documents and materials.

    Within the government, however, there is a move to limit the scope of official documents for preservation.

    The possibility of an outbreak of new infectious diseases is quite high. Everything must be documented in minute detail so that future generations can examine what is happening now and learn lessons from it.

    The Diet, as the organ that monitors the administrative branch, bears a heavy responsibility for judging whether the government is taking appropriate actions under the declaration of a state of emergency.

    --The Asahi Shimbun, April 8

  • Brito, tendo a concordar com essa visão de que o Mandeta não "ganhou" a briga ao falar em relaxamento da quarentena para cidades com menos de 50% dos leitos ocupados, mas vejo também outros analistas relevantes (como o Nassif, só para citar um) dizendo que essa situação de menos de 50% dos leitos ocupados simplesmente não existe nem em situação normal, então esta seria uma fala mais para acalmar ânimos bolsonaristas que algo de efetivo, já que na prática não mudaria nada. Abraço.

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