São os últimos dias: acabou-se a temporada de bruscas oscilações no ânimo das bolsas e da especulação financeira.
Acabou-se porque, exceto para os transtornados, acabaram-se as eleições.
Com elas, o terrorismo econômico que vivemos, por meses a fio, que encontrou terreno fértil nos problemas econômicos reais, provocados pelas dificuldades mundiais e, também, pelas internas, sobretudo o preço da energia.
A alta da inflação, este mês, encontra seu ponto de virada, ajudada pela volta das chuvas que vai reduzir – ou já está reduzindo – preços de produtos suscetíveis à seca. Dificilmente teremos “inflação do tomate” de volta até fevereiro, quando as previsões são para chuvas abaixo do normal, ao contrário de novembro, dezembro e janeiro.
Os reajustes contratuais – a começar pelo do aluguel – serão contidos pelo seu maior indexador. o IGP-M, que não deve chegar perto dos 4% no ano ano fechado.
O reajuste de preço da gasolina, aliviado pela queda do preço do barril no mercado internacional e com menos pressão da alta do dólar, deve ser extremamente moderado, com menor pressão sobre preços internos.
É obvio que o Governo Dilma, na escolha do Ministro da Fazenda, fará movimentos para aumentar esse processo de “tá calminho, agora” do mercado.
Não haverá “boom” econômico, mas estaremos no caminho inverso daquele “é o fim do Brasil” apregoado pelos picaretas do mercado que você viu na internet, leu nos jornais e teve de aturar na campanha eleitoral.
O povão, muito mais esperto que os experts da economia, já percebeu isso.
E o resultado está na pesquisa de expectativas do consumidor divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria, que você vê lá em cima.
A política, lentamente, vai começar a se adequar à economia.
Exceto para os estúpidos.
12 respostas
Para o babaca idiota sem noção Carlos Sampaio do psdb as eleições não acabaram. Entro com representação pedindo recontagem de votos. Esse partido não aprende ser oposição e nem política. Deve ser medo do Lula 2018!
A imprensa oligopolizada é mesmo a maior porta-voz dos grandes inimigos da nossa nação.
Os pontos baixos no gráfico coincidem com as fases de notícias negativas, segundo o “manchetômetro”.
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O deputado Carlos Sampaio (PSDB SP) recorre ao TSE por recontagem de votos.
Como é que o PSDB pode agora entrar com essa petição, se na data marcada para testes ANTES das eleições, o PSDB não compareceu ao TSE ?
Como assegurar que quase uma semana depois haverá provisão a esse pedido ?
E quem detém a “guarda terceirizada” da documentação ?
Carlos Sampaio, na adianta reclamar… foi gol legal !
Sergio, eu ia comentar justamente isso, o que eles não entenderam até agora é que os votos do Aecinico não foram pelo candidato e sim pelo anti-petismo, eu to começando a desconfiar que esta pra surgir algo de muito podre no PSDB tamanho é a não aceitação da derrota nas urnas, para mim esta auditoria não passa de subterfúgio para desviar o foco, acho que se a “PF” puchar o fio da meada do depoimento do doleiro “armado” pela “VEJA” certeza que acertará altos tucanos de bico grande, principalmente de Londrina e Curitiba, daí esse desespero todo.
Perfeitamente, Alex.
Podemos ter certeza de que há a possibilidade de o PSDB ser chamado às falas.
A partir de decisão da justiça italiana, o tal “mensalão” já começa a se desfazer em pedaços, desnudando o que certamente foi / é a maior farsa da história do poder judiciário da república.
Concordo , quando você afirma que uma boa parte dos votos dados ao Aécio foram, na verdade, baseados na vontade de tirar o PT da presidência.
Vamos ver como se comportam o MPF e o STF.
E vamos ver como se comporta o próprio governo no dever de manter firme as investigações.
Valeu.
Esta ‘atitude’ do Nobre Deputado, lembra-me aquela cena onde um pretendente à motorista em uma rua de Nova Iorque sofre um ‘trancão’ do bandido do filme. Resultado, o instrutor diante do estupefato aluno (jovem, que usa óculos, traços orientais) lhe instrui: ponha a sua mão esquerda para fora, agora o braço, em seguida deixe apenas o dedo indicador em posição ereta, os demais contraia à sua palma da mão. Pronto, este é um dos mecanismos que você usará quando alguém tentar lhe passar a perna ou dizer que você é um trouxa!
Interessante esta reportagem, vejam e apoiem !
http://politica.estadao.com.br/blogs/marcelo-moraes/2014/10/30/corrente-do-pt-defende-criacao-de-jornal-de-massas-hegemonia-cultural-e-menos-pmdb/
DILMA, o Saideberg disse que se fosse o Aécio, a economia seria hoje a do Ministro perdedor.
O Wilia Rack, falou mal da DILMA..
O jornal da noite e pura informação para nossos Empresários,que já andam com a VEja debaixo do braço.
Me lembro que meu patrão dizia para ler a VEJA, que isto era bom para os negocios..
FHC, tirou o Banco e a Fabrica dele…
Sempre tive uma curiosidade, as empresas que fazem estas pesquisas de satisfação, de confiança no governo, de expectativas do “mercado”, etc. e tal, são as mesmas que fazem as pesquisas de intenção de voto?
Não adianta tucanalhas, as urnas não confirmaram
as pesquisas fraudulentas da Veritá e Sensus.
O povo não quer o PSDB no poder.
Aceita que dói menos.
Dilma, se tiver paciência e der ouvido as opiniões sensatas dará um baile na mídia golpista e asseclas.
A mesma não demora a chegar aa mais de 50% de aprovação popular .
Assim sendo poderá dar um certo basta ao Congresso, que só deseja legislar em benefício própria com suas poucas excessões .
Para que existe esse tal de TSE ???
Sejamos coerentes também companheiros… Banco Central aumentou a taxa de juros para 11,25%.
Voto de confiança? Em Dilma?
Escrito por Percival Puggina | 08 Dezembro 2014
Artigos – Governo do PT
A grande verdade de 2014: não são os pobres que precisam do PT, mas é o PT que precisa dos pobres em estado de pobreza. Para quem não se deu conta, essa é a nova relação de causa e efeito da miséria no Brasil.
“Não creio que seja hora de torcer contra nem de ficar cobrando pelo que foi dito em campanha”.
Economista Roberto Teixeira da Costa, em artigo publicado no jornal “O Globo” em 30 de novembro.
O texto em questão leva um título bem alinhadinho e elegantemente palaciano: “Voto de confiança”. O quê? Voto de confiança? Quer dizer que não se deve cometer a leviandade de cobrar o que foi dito em campanha? Ora, leitor, isso me parece moral com agendamento, com data de vigência, segundo calendário eleitoral. A propósito: calendário eleitoral tem foto de mulher pelada, como folhinha de borracharia? Quer dizer que a presidente pode se eleger dizendo uma coisa até o dia 26 de outubro e fazer o oposto a partir do dia 27? E quem apontar a desonestidade de tal conduta torce contra o país?
O autor do referido artigo crê que a presidente deve receber um voto de confiança. Quanta infelicidade em apenas três palavras! Tenho certeza de que ele não daria esse voto de confiança para fazer dela gerente de seus próprios negócios. Aliás, pergunto: qual grande empresário, desses que despejaram quase R$ 400 milhões na campanha da candidata Dilma Rousseff, cometeria o desatino de admiti-la como executiva, mesmo em escalões inferiores de suas empresas? Os motivos para não o fazerem são tão evidentes que dispensam análise minuciosa, seja de currículo, seja de desempenho, seja – para usar a palavra do texto em análise – de confiança. Mas para presidir a República e gerir os recursos dos pagadores de impostos, ela lhes convém.
Convém, sim, claro. E merece “voto de confiança”. Mesmo que tenha chantageado os miseráveis espalhando, de inúmeras maneiras, que o Bolsa Família seria extinto se fosse eleito seu adversário. Logo o seu adversário, que propôs a transformação do referido benefício em programa de Estado e não contou, para esse fim, com o apoio dela e de seu partido, exatamente porque perderiam a capacidade de chantagear a miséria nacional. Esse fato torna evidente a grande verdade de 2014: não são os pobres que precisam do PT, mas é o PT que precisa dos pobres em estado de pobreza. Para quem não se deu conta, essa é a nova relação de causa e efeito da miséria no Brasil.
O texto que comento aqui afronta o bom senso e os mais elementares princípios morais. Não se pode dar voto de confiança a quem mentiu e mente tanto, e há tanto tempo, que não pode mais distinguir verdade de mentira. Dilma ocultou dados, dissimulou estatísticas, iludiu o mercado e o eleitorado. Criou a contabilidade criativa. Na contramão, injuriou seus adversários acusando-os de intenções tão malévolas quanto a de entregar a área financeira do governo a bons economistas do odioso “mercado”. E o pior é que, de tanto mentir, de tanto conviver e comandar partidos com raízes cravadas no submundo da corrupção, acabou por corromper milhões de brasileiros que já não se importam de ser guiados por ladrões. Contanto que também levem seu quinhão.
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