Os maus bofes de Jair Bolsonaro com a Petrobras, expostos ontem nas suas declarações de que a empresa “não tem qualquer sensibilidade com a população” são a confissão de que, a caminho da privatização, a gestão de companhia cm critérios de empresa privada são um desastre para o país.
“Leis, projetos, contratos feitos no passado que transformou [sic] a Petrobras em algo, simplesmente, em Petrobras Futebol Clube, um Campeonato Brasileiro. Eles cuidam da vida deles e o resto do Brasil, mesmo na crise e com a guerra lá fora, que se vire. Lamento a atuação da Petrobras nesse episódio”
Então o homem que nomeia um general amigo para presidência da Petrobras, que nomeia a maioria dos integrantes do Conselho de Administração da empresa acha que seus homens de confiança “cuidam da vida deles e o resto do Brasil, mesmo na crise e com a guerra lá fora, que se vire” ?
É evidente que todo este jogo de cena é falso, porque nenhuma presidente da Petrobras nomeado pelo presidente da República teria se recusado a adiar por 24 ou 48 horas um reajuste do preço à espera da aprovação da lei que subsidia os combustíveis com renúncia fiscal federal ou estadual (ICMS), Ainda mais dois de virem adiando por 60 dias reajustes que acompanhassem o preço internacional.
Bolsonaro se faz de vítima de uma conspiração corporativa, mas é ele quem comanda a corporação.