Petrobras: nunca um “dinossauro” foi tão veloz

recorde

Os inimigos do petróleo do Brasil para os brasileiros adoram chamar a Petrobras de “dinossauro”.

“Petrossauro”, o termo criado pelo papa do entreguismo, Roberto Campos, virou palavra fácil para os seus sucessores, na longa linhagem de Joaquim Silvério dos Reis.

aguasprofundas

Pois peguei estes números aí de cima no blog Fatos e Dados para mostrar que a empresa que nossos jornais, todos os dias, sabotam, é, ao contrário do que dizem, uma das mais capazes tecnológica e operacionalmente.

O desenvolvimento exploratório do pré-sal é não apenas o mais rápido, mas o mais difícil de todos, porque se tem em comum com os demais o fato de estar localizado em águas profundas, tem características mais complexas, pelo ambiente de corrosão que a camada de sal que se cruza até os reservatórios expõe todo o equipamento.

O anúncio aí ao lado, publicado em 1994, comemorava o recorde de profundidade submarina atingido pela Petrobras: 1027 metros de lâmina d’água e 2.600 metros de profundidade total.

Hoje, a Petrobras perfura poços de até 2.700 metros de lâmina d”água e oito mil metros de profundidade total.

Aqui e lá fora, como você pode ver neste vídeo sobre o poço de Cascade 4, da nossa petroleira, no setor americano do Golfo do México.

Assista, porque isso você não vê nas televisões.

É isto o que eles querem que os brasileiros desprezem.

Para que possam entregá-la.

PS. Respondi, nos comentários de um post anterior, uma questão sobre o preço da gasolina no Brasil. Vou aprofundar o tema, assim que puder.

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6 respostas

  1. Prezados,
    Nem tanto ao céu, nem tanto à terra! Será que o mundo está errado quando reiteradamente aponta problemas nas empresa? Os economistas (quase todos) estão errados e alguns comentaristas políticos estão certos?
    Acho mais do que evidente que a empresa passa por problemas desde sua capitalização e foi usada como instrumento de política econômica, o que comprometeu seus resultados. Basta verificar o valor das ações da petroleira. Ora, será que todos os investidores estão loucos quando vendem ações a menos de 1/3 do que já valeram?
    Veja a última:- http://www.infomoney.com.br/petrobras/noticia/3152341/petrobras-tem-deficit-comercial-mais-bilhoes-2013
    A questão da Petrobras precisa ser vista com cuidado, sem ufanismos, com a velha e boa racionalidade.

    1. Fernando, não neguei os problemas da empresa, tanto que no post anterior falei que ela fazia esta travessia com água pelo pescoço. M|as fez, e você verá ao longo deste ano.

    2. Nessa linha de raciocínio, será que todos os economistas que passam os dias dizendo que o Brasil vai falir na próxima semana, e têm ampla, amplíssima repercussão na imprensa, será que estão todos errados, apesar disso se repetir fazem já uns doze anos, e o país não ter falido, muito pelo contrário?
      Meu caro, a imprensa, ainda mais a brasileira, não é, de jeito nenhum, neutra. Empresas que investem pesado, como a Petrobras, com certeza diminuem sua liquidez corrente, ainda mais se simultaneamente tiverem que sustentar preços mais baixos do que gostariam, em suas vendas. Isto não significa, necessária e obrigatoriamente, que a empresa está a caminho da falência. Aperta-se o caixa hoje, para criar grandes sobras amanhã. Isto é do interesse de quem investe NA empresa. Mas a maioria dos grandes acionistas privados da Petrobras é composta não de investidores, mas de especuladores. E esses não querem dividendos menores agora em troca de maiores depois. Querem é dividendos gordos agora, porque isso mantém os preços das ações alto e ao mesmo tempo engorda a SUA conta bancária.
      Talvez, cidadão, você devesse considerar uma outra hipótese, antes apenas cochichada nos corredores de bancos de investimento e corretoras de valores, e hoje já circulando abertamente pelo mercado financeiro: um dos maiores acionistas privados, senão o maior, é um grande grupo de comunicações brasileiro. Eles sabem que dentro de alguns anos a Petrobras será uma das empresas mais rentáveis do mundo e suas ações terão grande valorização, além de pagarem bons dividendos. Então, usam seu enorme poder de comunicação para instilar na mente do público a ideia de que a empresa corre perigo, rebaixando os preços das ações. Daqui a pouco, começam a comprar, devagar, e lá por 2018, quando o mercado finalmente se der conta de quanto a empresa de fato vale, eles estarão magnificamente posicionados para ganhar alguns bilhões de reais…

  2. O Roberto campos ainda bem que está morto.Este INIMIGO do Brasil junto a globo forom os maiores inimigos da PETRBRAS,agora falta matar o ourto inimigo.

  3. Editorial odioso e golpista do Wall Street Journal contra a Argentina
    Quem ler a descrição que a jornalista do Wall Street Journal faz de Buenos Aires, terá a nítida impressão de que ela fala da Buenos Aires da crise de 2001-2002.

    por Emir Sader em 15/01/2014 às 13:44

    3

    A A+
    Emir Sader

    Quem lesse a descrição que a jornalista do Wall Street Journal faz de Buenos Aires, teria a nítida impressão de que ela fala da Buenos Aires da crise de 2001/2002: “Uma sensação de premonição se abatia sobre a cidade. A economia estagnada, a inflação em alta, o capital saindo do país e os portenhos de todos os âmbitos preparados para uma tormenta e resignados às penúrias que chegariam a essa cidade portenha”.

    E continua a sensível jornalista norteamericana: “A infraestrutura da cidade também parecia abatida. Os amplos bulevares e grandiosos edifícios do século XIX estão cansados e enferrujados e as ruas cheiram mal. Os grafitis (enardecidos) e os cartazes despedaçados desfiguram as paredes, o que intensifica uma sensação generalizada de decadência sem lei.”

    Até que chega o diagnostico dessa dramática situação: “Destruir a riqueza de uma nação leva um tempo longo, mas (e aí vem a surpresa) uma década de kirchnerismo, de governos encabeçados por Nestor Kirchner e por sua atual viúva, Cristina Fernandez de Kirchner, parece estar conseguindo isso.”

    Aí vem a confusão. A descrição alarmante da situação de Buenos Aires não se refere às calamidades que o país viveu quando implodiu o modelo – cantado em prosa e verso pelo FMI e pelo próprio Wall Street Journal – neoliberal na versão menemista da paridade da moeda argentina com o dólar. Quando a expropriação massiva de grande parte da população argentina pelo fim da paridade levou o país ao pior retrocesso da sua história – comparável, por Eric Hobsbawn, ao que viveu a Rússia com o fim da URSS – se podia viver imagens inimagináveis até ali.

    Somado aos níveis mais altos de desemprego que a Argentina teve – país que viveu o pleno emprego em períodos anteriores -, o empobrecimento de amplos setores das classes médias e a disseminação da população de rua, Buenos Aires viveu os piores momentos da sua história. Algo incomparavelmente pior do que a jornalista do Wall Street Journal descreve.

    Foi a partir dessa crise, do maior retrocesso que a economia argentina tinha vivido, que Nestor Kirchner primeiro, Cristina em seguida, puderam recuperar economicamente o país, para níveis altos de expansão econômica, apesar da pesada herança de desindustrialização, de privatização de empresas públicas – a começar pela YPF, que tinha propiciado a autossuficiência em recursos energéticos para o país -, a miséria, a exclusão social.

    Foram dez anos de recuperação sistemática da economia, com níveis de crescimento altos, redução drástica do desemprego, que permitiram que os Kirchner ganhassem três eleições seguidas. No entanto, a jornalista fala de “destruição da riqueza de uma nação pelos Kirchner”. Certamente ela não conhece a herança recebida dos governos Menem e de la Rua, que dilapidaram a economia do país. Certamente ela não passou por Buenos Aires povoada pelos cartoneiros, gente inclusive de classe média, que vinha à capital para recolher tudo o que pudesse revender, reciclar, usar, populações no abandono quando implodiu a suicida política da paridade, tanto elogiada pelo Wall Street Journal.

    No final do artigo a jornalista prognostica uma “explosão social”, fato que efetivamente aconteceu no final dos governos Menem e de la Rua. Tivesse ela reescrito seu artigo para aquele momento, até mesmo nisso ela teria acertado

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