A Petrobras divulgou hoje os dados de sua produção mensal, que oscilou negativamente em 1,5%- em razão de paradas técnicas, atrasos na operação de poços por problemas ambientais e, claro, o declínio natural das jazidas que vêm sendo exploradas há mais tempo. A marca ficou dentro da meta da empresa, que previa a possibilidade de uma queda de até 2% na produção, em função destes problemas.
Nada que não vá ser revertido já no primeiro trimestre do ano, com a entrada em operação das plataformas agregadas ao parque exploratório de empresa no final do ano passado, que estão em fase de adaptação aos poços e testes operacionais.
Até o final do ano, estas novas plataformas vão agregar cerca de 350 mil barris diários aos 2.042 mil extraídos pela empresa, somando mais 22 poços interligados.
E o pré-sal começa a deslanchar, com recordes sucessivos. Em 2013, a produção passou de 264 mil barris diários em janeiro para 350 mil por dia, em dezembro. E em janeiro, no dia 14, já atingiu um pico de 391 mil barris.
Mas no comunicado da Petrobras há uma informação muito auspiciosa, para qual pouca gente atentou.
Os oito poços em produção (sim, apenas oito, reparem) na Bacia de Santos produziram uma média de 184,7 mil barris de óleo por dia, uma média de 23 mil barris/dia por poço, mesmo com dois poços sendo mantidos em produção menor por ainda não estarem reinjetando no solo ou transferindo para comercialização todo o gás que vem associado ao petróleo.
Os 13 poços do pré-sal da Bacia de Campos, embora o número seja excelente, produziram uma média de 14,3 mil barris diários.
Isso tem um significado que vai além desta produção, em si.
É que o megacampo de Libra, que fica na Bacia de Santos, pode render mais ao Governo brasileiro.
É que o contrato de partilha prevê um bônus de participação estatal quando a produção por poço supera patamares previamente fixados. Com esta média, de 23,1 mil barris diários, a participação do Estado brasileiro no excedente em óleo – tudo o que sai do poço, menos o custo de produção – sobe de 41,65% para 44 ,35%, caso o petróleo esteja acima de US$ 100 ou 44,11% no caso de ficar abaixo deste valor e acima de US$ 80 por barril.
Ponha essa “pequena” diferença num conta de um ou até 1,4 milhão de barris diários previstos para o campo de Libra e veja o que isso representa para nosso país.
2 respostas
“veja o que isso representa para nosso país” – COMUNISTA!!!
De acordo com as regras PIGais (PHA), esse é o tipo de questionamento que leva à cadeia!!!
O certo seria: “atraindo o interesse dos investidores”
A queda no acumulado de petróleo produzido em 2013 se deve a concentração de paradas de manutenção nas plataformas, já nos últimos meses estamos observando constate crescimento na produção da Petrobras que se intensificará mais em 2014. Nada a lamentar.