Há duas “reportagens”, hoje, que são de estarrecer.
A primeira, na Folha, é quase um “pé no pescoço” do novo ministro do Superior Tribunal de Justiça, Marcelo Navarro, que, diz o jornal, é visto “com reservas por investigadores da Lava Jato”.
A razão das reservas é que o relator do STJ hoje com os casos sob sua relatoria, o desembargador convocado – provisório, portanto – Newton Trisotto sempre acompanha as decisões de Sérgio Moro.
Passa-se, daí, automaticamente, a colocar sob suspeita o novo ministro, por supostas preferências políticas.
“O magistrado soube se aproximar de pessoas próximas à presidente. Ele ganhou pontos com Dilma por uma decisão favorável ao acesso de alunos sem-terra a uma universidade de Sergipe.”
A matéria cita que Navarro teve apoio de senadores de oposição como José Agripino, do DEM.
Mas não diz que Navarro foi um nome praticamente incontestado pelos senadores: 65 votos a dois por sua indicação. E não se diga que isso foi em outra época,antes da Lava-Jato. Foi há um mês, apenas.
O ministro (aliás, originário do Ministério Público Federal) , portanto, fica na situação de decidir entre se vai, simplesmente, decidir com um carimbo de “aprovado” tudo o que lhe vier das decisões de Moro ou, se entender diferente, ser apontado como “cúmplice” de corruptos e corruptores, sejam supostos ou comprovados, tanto faz.
A outra, no Estadão, é a “comemoração” pelos 100 dias de cadeia do empreiteiro Marcelo Odebrecht.
É inacreditável que se mantenha uma pessoa presa por tanto tempo sem condenação ou risco plausível à sociedade ou à investigação.
O “perigo” que Odebrecht oferece só poderia ter um nome e este não está preso: o dinheiro. Nada o impede de, por ordens aos advogados, usar esta “periculosidade”.
Igualmente não tem apoio algum na facilidade da investigação: ele foi ouvido apenas uma vez ao longo deste tempo.
Se você quer avaliar bem o significado disso, imagine, por exemplo, o que aconteceria se a Odebrecht estivesse sendo acusada de propinagem em um dos inúmeros negócios de privatização que realizou no Governo Fernando Henrique.
Aí, claro, não faltaria quem dissesse que a prisão era arbitrária e “ideológica”. Coisa de “comunista”.
Não faltaria mesmo um Gilmar Mendes para dar-lhe um “habeas-corpus canguru” e os 100 dias de cadeia seriam apenas um, como para Daniel Dantas.
A razão da prisão é uma só, simples e clara: fazê-lo acusar a quem se quer acusar, o que funcionou com a maioria dos empreiteiros presos e, ao menos até agora, não funcionou com Marcelo Odebrecht.
Na melhor “jurisprudência” não do Judiciário Federal, mas daqueles delegadozinhos “do coronel” de algum rincão sertanejo perdido no passado: “deixa em cana aí até abrir o bico”.
12 respostas
Sr.Fernando.As matéria publicadas pelos dois veículos citados,não tem leitores.Senão aquele CORRUPTO da oposição,que espera toda a semana,para ter argumentos em defesa de suas teses.De uns tempos para cá,são publicações inúteis,até para golpistas.Não merecem CRÉDITOS ,de ninguém.
Não interessam a eles os não leitores e sim usar as manchetes em tempos de campanha eleitoral. É o único propósito de a elite mater o PIG funcionando.
Há muito que se constata a ação da Mídia jogando a opinião publica contra o STF quando iniciou o desmembramento das ações da lava jato. O que se quer é intimidar o Judiciário e impor a vontade dos donos de jornais s/ os adversários políticos. Como diz Requião “Se só há um juiz honesto no país, então é hora de se fazer uma CPI sobre o sistema judicial brasileiro”.
E se o magistrado Marcelo Navarro continuar referendando as decisões do juiz Sergio Moro como faz o TRF, STJ e STF o blogueiro aqui vai dizer que tal ministro é um coxinha, tucano ou reacionário?
É tão insana a presente análise que parece ter saído de mm hospício.
Vejamos:
Marcelo Odebrecht está preso porque assim prevê o ordenamento penal e não para pegar o Lula. O Lula já foi delatado, vai ser ouvido e preso em poucas semanas.
É fingida pretensão insinuar que a Operação Lava-Jato que prendeu dezenas de corruPTos de várias matizes e partidos e desarticulou a quadrilha que assaltou mais de 80 bilhões a Petrobrás só foi feita essa Operação para pegar o Lulinha.
Me bata um caminhão de abacates.
O azar do Odebrecht e do Lula é que o Brito e sus tijoleiros não estão cuidando da Operação. Eles iriam liberar geral essa gentalha amiga do dinheiro do povo.
Você sabe demais. Não se peje de dar-nos um pouco de esmola do seu inesgotável tesouro de informações. Você odeia o Odebrecht porquê? Por ter sido ungido com o óleo que distingue os paladinos combatentes da mística corrupção? Não acredito. Lula vai preso em poucas semanas? Você opera com a Lava Jato ou é amigo de palratório de alguém da Lava Jato? Alguém aqui – não os tijoleiros – é amigo do dinheiro do povo e não suporta estar separado dele já por mais de doze anos.
Esperar o que de uma Ju$tiça que deita com a advogada da oposição golpista…nem que pra isto pare o Brasil, o importante é cumprir a obrigação com o cliente, afinal é paga pra isto…
Sugiro a todos os leitores do site entrarem na página de http://www.vivaimoveis.com.br e perguntarem ao corretor de plantão, se há imóveis em Cuba, já que o proprietário, senhor paulo angelim, minúsculo mesmo, quer mandar todas as pessoas que pensam diferente da mente fascista dele, para lá.
Não tem mais como negar, a Lava Jato é um novo Supremo, não apenas o elemento, geograficamente limitado, investigador e distribuidor de sentenças em processos determinados. Trata-se do próprio balisamento máximo da justiça no Brasil, instituído por grupos de elite com o patrocínio e as bênçãos da mídia conservadora brasileira. É o Supremo Tribunal da extrema direita de todo o Brasil, e tem seus princípios que se chocam abertamente com os princípios da justiça consagrados na tradição brasileira. E seu alcance é tão amplo que as leis constitucionais internas e secretas da Lava Jato proíbem sumariamente coisas tais como que alunos sem-terra tenham acesso a qualquer universidade federal do país. E a verdade é que a opinião pública sabe quais as leis da Lava Jato, porque as televisões e os jornais as propagandeiam dia e noite, enquanto desconhecem os meandros dos grandes tribunais do país. Constrangimento midiático não é exclusividade do governo federal. O golpe tem alcances em diversas instancias, não se restringe ao poder executivo. Como estarão trabalhando o golpe entre os militares? Espero que o nacionalismo resista, pois o golpe é rasteiramente americanófilo, como o é confessamente o próprio senhor Juiz Moro.
O Moro poderia ter feito um grande bem ao Brasil se REALMENTE estivesse focado na roubalheira descoberta na Petrobras.
Mas preferiu o reles papel de cabo eleitoral do PSDB. Ele e seu “grupo” fizeram um corte temporal nas investigações, “esqueceram” a lista de Furnas. Tal parcialidade pune a seriedade que se impõe a um juiz.
Afora, as delações pressionadas por prisões preventivas extensas e sem sentido.
E, ainda pior, começam a surgir, ligações entre firmas de advogados e familiar seu com vinculações políticas.
No andar que vai, aquilo vira um circo.
Lava jato ou monturo de excrementos?
Talvez o juiz seja até tucano, já que foi aprovado por quase unanimidade no Senado e vem do Ministério Público, maciçamente composto por simpatizantes do PSDB. A manipulação da “reportagem” é somente uma forma de demonstração de força preventiva, a costumeira chantagem da grande mídia anti-petista ameaçando manchar reputações, caso o juiz resolva não se submeter.
Duas delações provam que Dilma nomeou Navarro para melar a Lavajato